OnePlus 6T ganha do iPhone X e perde do Galaxy S9+ em ranking de câmeras

OnePlus 6T marcou 98 pontos no DxOMark, mesma pontuação do Google Pixel 2. Ruído pesou na avaliação

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
OnePlus 6T

O OnePlus 6T é mais um celular topo de linha (mas não tão caro) a passar pelos testes do DxOMark. Com câmera dupla de 16 e 20 megapixels na traseira para tirar fotos com fundo desfocado, ele atingiu 98 pontos, ficando à frente do iPhone X e atrás do Galaxy S9+ no ranking do laboratório especializado. Houve um pequeno avanço em relação ao OnePlus 6, anunciado em maio, que havia marcado 96 pontos.

A câmera traseira do OnePlus 6T é composta por dois sensores. O principal é um Sony IMX519, com resolução de 16 megapixels e tamanho de 1/2,55 polegada, equipado com uma lente de abertura f/1,7 com estabilização ótica. Já a segunda câmera possui um sensor Sony IMX376, ligeiramente menor (1/2,8 polegada), com lente de abertura f/1,7 sem estabilização.

Nos testes, o OnePlus 6T tirou fotos com “amplo alcance dinâmico, cores agradáveis e boa preservação de detalhes em quase todas as condições testadas”. O DxOMark comenta que o foco automático é rápido e confiável, e o modo bokeh é capaz de produzir resultados decentes nos desfoques de fundo. Além disso, os tons de pele são bem representados ao tirar fotos com flash.

Sample do OnePlus 6T (Foto: DxOMark)

Sample do OnePlus 6T (Foto: DxOMark)

Sample do OnePlus 6T (Foto: DxOMark)

Sample do OnePlus 6T (Foto: DxOMark)

Em situações de baixa iluminação, o OnePlus 6T capturou fotos com brilho notavelmente maior quando comparado ao iPhone XS e Galaxy Note 9, mantendo o ruído sob controle. Boas imagens também foram vistas em cenários de alto contraste, como ao enquadrar um fundo muito claro com o smartphone embaixo de uma área de sombra.

Câmera do OnePlus 6T perde pontos por ruído e textura

E quais as fraquezas da câmera? Ele perdeu pontos no quesito textura por abusar do filtro de sharpening no pós-processamento para tentar aumentar a nitidez da cena e apresentou inconsistências no balanço de branco em todos os cenários, sempre pendendo para o violeta. Fotos com zoom também não surpreenderam — o que era esperado para um smartphone que não possui zoom ótico.

Excesso de sharpening no OnePlus 6T (Foto: DxOMark)

O aparelho também apresentou ruído em fotos com áreas uniformes, como um céu azul, e acabou se saindo pior que o antecessor: o OnePlus 6 bateu 68 pontos no quesito ruído, enquanto o OnePlus 6T ficou estacionado nos 64 pontos. Por fim, nas cenas de amplo alcance dinâmico, alguns fantasmas, halos e inconsistências em cores puxaram a pontuação para baixo.

O OnePlus 6T ficou na 11ª posição no ranking de câmeras de smartphones do DxOMark, com os mesmos 98 pontos do Google Pixel 2. Ele perdeu da maioria dos celulares ultracaros de 2018, como o ainda líder Huawei P20 Pro (109), iPhone XS Max(105) e Galaxy S9+ (99), mas à frente de topos de linha passados e intermediários, como o iPhone X (97), iPhone 8 (92) e Asus Zenfone 5 (90).

Ele não é vendido oficialmente no Brasil. No exterior, o modelo custa entre US$ 549 (128 GB de espaço e 6 GB de RAM) e US$ 629 (256 GB de espaço e 8 GB de RAM), abaixo de outros aparelhos premium, normalmente com preços a partir dos US$ 800. O aparelho é equipado com processador Snapdragon 845, painel AMOLED de 6,4 polegadas (2340×1080 pixels), bateria de 3.700 mAh e leitor de impressões sob a tela.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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