Google Pixel 3 passa por teste de câmera e empata com iPhone XR

Segundo DxOMark, novo celular do Google é o melhor Pixel até agora (e o melhor Android com câmera única)

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Google Pixel 3

É a vez do smartphone premium do Google passar pelos testes de câmera do DxOMark. O Pixel 3, um dos poucos celulares high-end no mercado a ainda contar com uma câmera única na traseira, se deu bem na avaliação do laboratório, atingindo 101 pontos, mesma marca do iPhone XR. Ele também avançou em relação ao Pixel 2, sendo considerado o melhor Pixel até agora e o melhor Android com uma lente.

A câmera do Pixel 3 tem resolução de 12,2 megapixels em um sensor de 1/2,55 polegada. Ela é equipada com uma lente de abertura f/1,8 com estabilização ótica de imagem e flash LED duplo. Diferente de quase todos os lançamentos de 2018 na mesma categoria, não há uma segunda lente: o Google se baseia em truques de software para fazer o efeito de desfoque de fundo (bokeh) em retratos e dar zoom digital com qualidade superior.

Foto com Google Pixel 3 (Foto: DxOMark)

Foto com Google Pixel 3 (Foto: DxOMark)

Foto com Google Pixel 3 (Foto: DxOMark)

Nos testes, ele se destacou pelo foco automático “extremamente rápido”, pelo desempenho do flash e pela “preservação de detalhes muito boa na maioria das situações”. Mas os maiores avanços estão no pós-processamento: tanto o zoom digital quanto o bokeh foram considerados “melhores que qualquer outro smartphone com câmera única”.

Em relação ao Pixel 2, o Pixel 3 apresenta maior nível de detalhes em fotos com zoom digital de 5x: enquanto o antecessor deixava o telhado de uma casa “chapado” e perdia os detalhes dos tijolos em uma parede, o novo celular do Google faz um bom trabalho, com “alguma perda de detalhes finos, mas ruído bem controlado”. Além disso, o bokeh está com um desfoque mais natural, e o recorte ficou mais preciso.

Pixel 2 (à esquerda) e Pixel 3 com zoom de 5x

Pixel 2 (à esquerda) e Pixel 3 com zoom de 5x

Pixel 3 perde em ruído com baixa iluminação e subexposição de cenas

É claro que a câmera do Pixel 3 não é perfeita: entre os pontos negativos apontados pelo DxOMark estão o ruído visível e os problemas de uniformidade de cores em condições de baixa iluminação, bem como alguns artefatos e fantasmas visíveis em determinadas situações.

Além disso, o smartphone do Google pode perder detalhes em áreas de sombra. “As exposições foram geralmente precisas, com bom alcance dinâmico, embora às vezes as imagens estivessem um pouco subexpostas”, diz o DxOMark. E, embora as cores sejam fiéis à realidade na maioria dos casos, o Pixel 3 pode aplicar um balanço de branco mais frio quando “comparado às cores mais precisas e ligeiramente mais quentes do iPhone XS”.

Foto com Google Pixel 3 (Foto: DxOMark)

Ainda assim, o veredito é que o aparelho tem “uma câmera muito versátil que as pessoas podem usar com confiança na maioria das situações sem qualquer configuração manual ou ajustes”. O Pixel 3 é o melhor Android com câmera única e bate quase todos os celulares em termos de filmagem, com bom alcance dinâmico, ótima redução de ruído com baixa iluminação e estabilização de movimento eficiente.

Com 101 pontos, o Pixel 3 empatou com o iPhone XR, que custa US$ 50 a menos nos Estados Unidos. O aparelho do Google não é vendido oficialmente no Brasil. Ele ficou atrás dos smartphones de múltiplas câmeras lançados em 2018, como o Huawei P20 Pro (109), iPhone XS Max (105) e Galaxy Note 9 (103), mas à frente do Pixel 2 (98), OnePlus 6T (98) e iPhone X (97).

Nas especificações, o modelo traz processador octa-core Snapdragon 845, tela OLED de 5,5 polegadas (2160×1080 pixels), 4 GB de RAM LPDDR4x, armazenamento de 64 GB (US$ 799) ou 128 GB (US$ 899), bateria de 2.915 mAh e sistema operacional Android 9.0 Pie de fábrica com atualizações prometidas para até 2021. Confira o que os reviews dizem sobre o Google Pixel 3.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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