Produtos da Apple custam o dobro no Brasil que em outros países, mostra ranking

The Mac Index obtém preços da Apple Store em 40 países; iPhone, MacBook, iPad e Apple Watch custam o dobro no Brasil

Felipe Ventura
Por
• Atualizado há 1 ano
iPhone 8 Plus e iPhone XS
iPhone 8 Plus e iPhone XS

Não é novidade que a Apple cobra caro por seus produtos no Brasil. No entanto, será que a diferença de preço é tão grande assim se comparada a outros países? A resposta é sim. Isso fica claro ao consultar o Mac Index, que mostra o preço de diferentes produtos da Apple ao redor do mundo — incluindo iPhone, MacBook, iPad e Apple Watch.

O site The Mac Index obtém o preço de diversos produtos vendidos pela Apple Store online de quase 40 países. Então, ele converte os valores para a moeda que você escolher (reais, dólares, euros etc.) e cria um ranking do mais barato para o mais caro.

E, sem muita surpresa, o Brasil cobra os preços mais caros — mais que o dobro que em alguns países. A diferença é notável: por exemplo, o novo MacBook Air de 256 GB custa o equivalente a R$ 5.211 em Hong Kong. Ele chega a R$ 7.394 na Hungria. No Brasil, o valor salta para R$ 11.999.

O novo iPad Pro de 11 polegadas também sofre com esse salto nos preços. O modelo Wi-Fi de 64 GB custa o equivalente a R$ 3.032 em Hong Kong, e chega a R$ 3.700 nas Filipinas. Enquanto isso, no Brasil, o tablet custa R$ 6.799.

Quanto ao Apple Watch, vemos a mesma coisa. O Series 4 com caixa 40 mm de alumínio custa R$ 1.515 em Hong Kong e R$ 2.106 na Turquia. Se você quiser comprá-lo no Brasil, ele sai por R$ 3.999.

E em relação aos iPhones, a Apple cobra quase os mesmos preços na Turquia e no Brasil. No entanto, eles continuam mais caros por aqui. Por exemplo, o iPhone XR de 64 GB sai por R$ 5.030 na Turquia e R$ 5.199 no Brasil. O menor valor é no Japão: R$ 2.908, ou quase a metade.

Criador do ranking sugere não comprar Apple no Brasil

O Mac Index foi criado por Wafiq Rodzuan, desenvolvedor de software da Malásia, para encontrar produtos baratos no exterior. “Como eu viajo muito… eu precisava descobrir onde comprar brinquedos caros da Apple a um preço um pouco mais suportável”, ele explica ao The Next Web.

Por isso, a lista informa em destaque o valor sem o imposto de vendas, nos países em que um turista pode pedir reembolso. (Os valores que listamos acima sempre incluem o imposto, para efeito de comparação.)

“Para as pessoas no sudeste da Ásia, na América Latina e outras, a diferença de preço é significativa”, explica Rodzuan. E ele tem uma dica para viajantes: não “comprar produtos da Apple no Brasil”.

Um dos motivos para o preço alto é a tributação. Filipe Espósito, editor-chefe do iHelpBR, descobriu que 40% do valor pago em um iPhone X corresponde a impostos. Esses dados constam no portal de privacidade da Apple, que fornece uma cópia de todos os dados que a empresa tem sobre você.

No caso de Espósito, um iPhone X adquirido por R$ 5.949 paga cerca de R$ 2.300 em impostos. Ainda assim, o valor líquido do celular é alto: são R$ 3.623,73.

https://twitter.com/filipekids/status/1087376251998875650

Confira abaixo alguns preços de produtos da Apple, classificados do mais barato para o mais caro. Todos eles incluem impostos (o Mac Index dá destaque para os valores sem imposto de vendas, por ser voltado para turistas).

iPhone XR de 64 GB (lista completa)

  • Japão: R$ 2.908
  • Emirados Árabes Unidos: R$ 3.212
  • Hungria: R$ 3.996
  • Turquia: R$ 5.030
  • Brasil: R$ 5.199

MacBook Air de 256 GB (lista completa)

  • Hong Kong: R$ 5.211
  • Japão: R$ 5.378
  • Turquia: R$ 7.342
  • Hungria: R$ 7.394
  • Brasil: R$ 11.999

iPad Pro de 11 polegadas, Wi-Fi, 64 GB (lista completa)

  • Hong Kong: R$ 3.032
  • Japão: R$ 3.080
  • Filipinas: R$ 3.700
  • Brasil: R$ 6.799

Apple Watch Series 4, caixa 40 mm de alumínio (lista completa)

  • Hong Kong: R$ 1.515
  • Taiwan: R$ 1.550
  • Turquia: R$ 2.106
  • Brasil: R$ 3.999

Receba mais sobre Apple na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

Relacionados