Como funciona uma carteira de bitcoin de hardware

Descubra o que é uma carteira de bitcoin de hardware, e quais as suas vantagens e desvantagens em comparação à de software

Ronaldo Gogoni
Por
• Atualizado há 2 anos e 2 meses
Bitcoin / Andre Francois / Unsplash

Quando um usuário compra ou minera um bitcoin, pode armazena-lo em uma carteira digital, que serve também para realizar as operações financeiras. Existem dois tipos: as de software, na forma de aplicativo (mais populares) e as de hardware, mais seguras.

MichaelWuensch bitcoin / carteira bitcoin

O que é uma carteira de hardware de bitcoin?

Uma carteira de hardware é um tipo especial de uma carteira digital de bitcoins, que da mesma forma que a versão em software, disponível em apps para computador ou celulares, serve para armazenar os bitcoins que você minerar ou comprar.

A diferença crucial para uma carteira de software, é que a de hardware é uma solução física, semelhante a um pendrive ou um token digital. Combina elementos da carteira de software, de modo que precisa estar conectada na hora de uma operação financeira. 

Como uma carteira de hardware de bitcoin funciona?

Ledger Nano S / carteira bitcoin

Ledger Nano S, um exemplo de carteira de hardware de bitcoin

Uma carteira de hardware armazena as chaves criptográficas de seus bitcoins em um ambiente offline, de modo que elas nunca saiam do dispositivo externo.

Elas funcionam em conjunto com uma carteira de software, em um computador ou celular. É esta que fará as transações com bitcoins, mas não as assina, pois as chaves estão na carteira de hardware.

A carteira de software então redireciona a operação, para que a carteira de hardware assine e valide a transação. Feito isso, ela manda de volta a operação assinada para a carteira de software, que finaliza a transação. Dessa forma, a carteira de hardware é mais protegida contra ataques e malwares que tentam roubar os seus bitcoins.

Em termos gerais, uma carteira de hardware:

  • Armazena as chaves criptográficas em um microcontrolador protegido, que não transmite dados em aberto;
  • É praticamente (mas não totalmente) imune a malwares que atacam carteiras de software de bitcoin, em computadores ou celulares;
  • Podem ser usadas até mesmo com dispositivos supostamente infectados.

Quais as carteiras de hardware de bitcoin mais seguras?

Trezor One / carteira bitcoin

Trezor One, outro exemplo de carteira de hardware

As carteiras de hardware se assemelham a pendrives ou tokens, e as mais seguras trazem uma tela, que exibe as informações da transação ao usuário.

Os modelos mais seguros, e bastante populares são:

  • Ledger Nano S: uma das mais populares e razoavelmente acessível, custando R$ 229. Ela conta com uma série de camadas de segurança e é bastante pequena, sendo fácil de transportar;
  • Trezor One: ela foi a primeira carteira de hardware a ser lançada no mercado em 2014. Custa o equivalente a R$ 310 (cotação do euro – 13/02/2019), e pode armazenar todas as suas operações com bastante segurança.

As carteiras de hardware de bitcoin são 100% seguras?

Não, e aliás, é sempre bom manter em mente: nenhum sistema é 100% seguro. Ainda que não seja nada simples hackear uma carteira de hardware, especialistas em segurança já demonstraram que sim, é possível fazê-lo. No entanto, o atacante precisa ter acesso físico ao gadget, inclusive vendendo versões adulteradas.

Por isso, o usuário deve tomar os seguintes cuidados:

  • Só compre carteiras de hardware dos fornecedores oficiais, ou de lojas confiáveis;
  • Ao recebê-la, verifique se não há sinais de adulteração.
    Caso haja suspeita, abra a carteira e verifique se não há elementos extras soldados à placa. Em caso positivo, não a use;
  • Guarde a sua carteira de harware em local seguro e não permita que pessoas que você não confia façam uso dela;
  • Utilize softwares de criptografia em seu computador ou celular, de modo a proteger o software que se comunica com a carteira de hardware.
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Ronaldo Gogoni

Ronaldo Gogoni

Ex-autor

Ronaldo Gogoni é formado em Análise de Desenvolvimento de Sistemas e Tecnologia da Informação pela Fatec (Faculdade de Tecnologia de São Paulo). No Tecnoblog, fez parte do TB Responde, explicando conceitos de hardware, facilitando o uso de aplicativos e ensinando truques em jogos eletrônicos. Atento ao mundo científico, escreve artigos focados em ciência e tecnologia para o Meio Bit desde 2013.

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