Uber teve prejuízo de US$ 1,8 bilhão em 2018

Uber reduziu prejuízo (foram US$ 4,5 bi em 2017) antes de estrear na bolsa de valores; empresa quer depender menos de carros

Felipe Ventura
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Foto via Stock Catalog/Flickr

A Uber fechou mais um ano no vermelho, sofrendo prejuízo de US$ 1,8 bilhão em 2018: é uma perda bem menor que no ano anterior — foram US$ 4,5 bilhões em 2017! — e um indício de que a empresa está caminhando rumo ao lucro, ainda que aos poucos. Ela planeja fazer uma estreia na bolsa de valores este ano.

A Reuters explica que a Uber ainda tem prejuízo devido à forte concorrência com rivais ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Ela compete na América Latina com a chinesa Didi Chuxing, dona da 99; com a Ola na Índia; e com a Careem no Oriente Médio.

Isso faz com que a Uber baixe o preço das corridas em alguns países — oferecendo cupons de desconto, por exemplo — além de aumentar o pagamento a motoristas e investir mais em marketing.

Boa parte dos custos da Uber está em marketing, gastos administrativos (como salários) e pesquisa e desenvolvimento. Manter uma infraestrutura global para conectar passageiros a motoristas ainda custa mais caro que o valor obtido nas corridas e entregas; de cada US$ 1 recebido, a empresa fica em média com US$ 0,23.

Uber quer depender menos de carros no futuro

A Uber registrou US$ 50 bilhões em corridas e entrega de comida em 2018, alta de 45% em relação ao ano anterior. Desse valor, a empresa ficou com US$ 11,3 bilhões; o restante foi para os motoristas e entregadores.

“Em 2018, a divisão de corridas manteve a liderança da categoria em todas as regiões que atendemos”, diz o diretor financeiro Nelson Chai em comunicado. Além disso, ele acredita que o Uber Eats se tornou o maior serviço online de delivery fora da China.

O executivo também menciona que as bicicletas elétricas da Jump estão em mais de uma dúzia de cidades; elas chegarão este ano a São Paulo. O objetivo da Uber é depender menos de carros no futuro: o CEO Dara Khosrowshahi acredita que, em dez anos, metade da receita global virá de serviços como o Uber Eats, bicicletas, patinetes e transporte de carga por caminhões (Uber Freight).

E a Uber vem se aventurando em transporte público. A empresa está informando rotas e horários de ônibus e trem em Denver (EUA), e permitirá comprar passagens direto do celular. Há ainda o Uber Bus, serviço de micro-ônibus para até 20 pessoas que começou a operar no Egito.

Com informações: Reuters, TechCrunch.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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