Como escolher a sua bicicleta elétrica

Descubra o que é preciso saber antes de comprar uma bicicleta elétrica: os componentes, os tipos, e avalie as suas necessidades

Ronaldo Gogoni
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• Atualizado há 6 meses
sipa / bicicleta elétrica / Pixabay

Muito se fala hoje na bicicleta elétrica como a solução para o transporte individual. Em cidades cada vez mais abarrotadas de carros e onde o transporte público nem sempre funciona a contento, investir numa magrela movida a baterias pode ser um bom negócio. Antes de comprar, porém, é preciso pensar muito e pesquisar ainda mais.

Qual a diferença entre uma bicicleta elétrica e uma comum?

A óbvia e principal diferença entre uma bicicleta comum e uma elétrica é a presença de dois elementos adicionais: um motor elétrico e uma bateria. O motor é encarregado de gerar energia, através das pedaladas do ciclista, enquanto a bateria fica encarregada de armazenar a energia criada.

Existem dois tipos de motores, que diferem conforme a propulsão oferecida:

  • Pedal Assistido: também chamadas Pedelec, são as bikes cujo motor ativa o modo de propulsão conforme o ritmo das pedaladas cai, fornecendo um impulso adicional. Assim, para usar a aceleração, o ciclista precisa continuar pedalando;
  • Acelerador: são motores mais completos, que fornecem propulsão sem a necessidade de pedalar. Assim, com a bateria carregada, o ciclista pode controlar a aceleração na manopla, e poupar o fôlego.

A legislação brasileira define, através da Resolução Nº 465/2013 do Contran (PDF), que uma bicicleta elétrica com Pedelec deve ter uma bateria de até 350 W, e não pode exceder a velocidade máxima de 25 km/h, para ficar isenta das cobranças de IPVA e Seguro Obrigatório (DPVAT).

Já as com acelerador são enquadradas como ciclomotores, exigindo Carteira de Habilitação categoria A do ciclista, emplacamento e recolhimento de imposto.

Como escolher a melhor bicicleta elétrica?

lioneltgta / bicicleta elétrica (detalhe) / Pixabay /

Antes de mais nada, é preciso definir quais as suas necessidades particulares. Hoje em dia, muitos procuram uma bike do tipo para fazer o trajeto diário entre casa e o trabalho, mas é importante considerar a distância a ser percorrida, e o tempo médio que você levará do ponto A ao ponto B. Por mais saudável que pedalar possa ser, cobrir 80 km todos os dias, por exemplo, pode ser bem cansativo.

A seguir, você deve escolher o tipo de bicicleta que deseja utilizar. Como já explicado, as Pedelec não exigem CNH ou emplacamento, e são as opções mais baratas para a maioria dos usuários. Se você não deseja custos adicionais, esta é a melhor opção.

Sobre a bateria, há os modelos de chumbo-ácido, que são mais baratas, porém mais pesadas, com menor vida útil e que demoram mais para carregar, e as de íons de lítio (como as de celulares, mais rápidas, mais leves e que duram mais, mas que são bem mais caras). Numa comparação direta, uma bateria de chumbo pode custar em torno de R$ 350, e uma de lítio, R$ 850.

Converter uma bicicleta comum numa elétrica vale a pena?

Muita gente costuma considerar a conversão, transformando uma bicicleta comum numa elétrica uma opção melhor do que comprar uma pronta, mas há pontos que precisam ser levados em conta. Em geral, kits de conversão homologados pelo Contran custam entre R$ 1.499 e R$ 2.999 no Brasil e, além de caros, podem fazer a bike virar um ciclomotor, passando a exigir habilitação, emplacamento e recolhimento de impostos.

De novo, é preciso saber exatamente o que você quer de uma bicicleta elétrica, antes de partir para a conversão. Comparar preços de modelos disponíveis e de kits conversão.

Quais os modelos disponíveis no Brasil?

GTSM1 / pedelec / bicicleta elétrica
GTSM1: modelo de Pedal Assistido (Pedelec)

No Brasil, é possível encontrar modelos tanto Pedelec, como a GTSM1 acima, que custa em torno de R$ 3.999, quanto modelos com acelerador, como a Inmotion P1F abaixo, que pode ser encontrada por um valor sugerido de até R$ 4.999. A vantagem da segunda é seu tamanho compacto, podendo ser dobrada e transportada facilmente, enquanto a primeira é, sob todos os aspectos, uma Mountain Bike com motor e bateria.

Entretanto, a GTSM1 não exige CNH para ser usada.

Inmotion P1F / bicicleta elétrica
Inmotion P1F: modelo com acelerador

No fim, antes de escolher sua bicicleta elétrica, é preciso definir como você vai usa-la, e quanto você está disposto a pagar por ela; só então, decidir entre os modelos que mais lhe agradam.

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Ronaldo Gogoni

Ronaldo Gogoni

Ex-autor

Ronaldo Gogoni é formado em Análise de Desenvolvimento de Sistemas e Tecnologia da Informação pela Fatec (Faculdade de Tecnologia de São Paulo). No Tecnoblog, fez parte do TB Responde, explicando conceitos de hardware, facilitando o uso de aplicativos e ensinando truques em jogos eletrônicos. Atento ao mundo científico, escreve artigos focados em ciência e tecnologia para o Meio Bit desde 2013.

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