Apple é processada em US$ 1 bilhão por jovem acusado de roubar loja

Ousmane Bah foi preso após ser confundido com ladrão; ele alega que Apple usou reconhecimento facial em loja

Lucas Lima
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses

A Apple foi processada em US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 4 bilhões) por um jovem de 18 anos de Nova York por conta de uma prisão indevida, que ele alega ter ocorrido devido a um sistema de reconhecimento facial. Ousmane Bah foi preso após ser associado a uma série de roubos de Apple Stores em Boston, New Jersey, Delaware e Manhattan. A empresa diz que não usa reconhecimento facial em suas lojas.

Apple Store em Nova York, na Quinta Avenida

No momento do roubo da loja de Boston, em 31 de maio de 2018, Bah diz que estava em sua formatura do ensino médio em Manhattan. E segundo o detetive que analisou as filmagens de segurança, o jovem não aparentava em nada com o bandido.

Ainda assim, ele foi preso em Nova York em novembro do ano passado, acusado de roubar US$ 1.200 em produtos da loja de Boston. O mandado de prisão incluía uma foto que não se parecia com Bah. “Ele foi forçado a responder a múltiplas alegações falsas que levaram a estresse e dificuldades severas”, diz o processo judicial.

Acredita-se que o verdadeiro ladrão usou uma identidade sem foto de Bah, com nome, endereço e outras informações pessoais. A ação alega que a Apple programou o sistema de reconhecimento facial de suas lojas para associar o rosto do criminoso aos detalhes de Bah.

Um porta-voz da companhia informa ao Engadget que a Apple não usa reconhecimento facial em suas lojas. Além disso, vale lembrar que nem mesmo o Face ID guarda imagens do rosto: o iPhone salva apenas uma representação matemática parcial, impedindo que alguém possa reconstruir a identidade caso os dados sejam expostos.

Com informações: Bloomberg, New York Post.

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Lucas Lima

Lucas Lima

Editor-assistente

Lucas Lima trabalha no Tecnoblog desde 2019 cobrindo software, hardware e serviços. Pós-graduando em Data Science, formou-se em Jornalismo em 2018 e concluiu o técnico em Informática em 2014, mas respira tecnologia desde 2006, quando ganhou o primeiro computador e varava noites abrindo janelas do Windows XP. Teve experiências com comunicação no poder público e no setor de educação musical antes de atuar na estratégia de conteúdo e SEO do TB.

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