Foi publicado no Diário da União, nesta quarta-feira (26), o decreto presidencial 9.854/2019 que institui o Plano Nacional de Internet das Coisas e cria a Câmara de Gestão e Acompanhamento do Desenvolvimento de Sistemas de Comunicação Máquina a Máquina e Internet das Coisas, resumida para Câmara IoT. O MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) vai ajudar a realizar projetos nas áreas de saúde, cidades e indústria.
No decreto, a Internet das Coisas é descrita como “sistemas de comunicação máquina a máquina”, com exceção de máquinas de cartão de crédito e débito. Eles servem para “transmitir dados a aplicações remotas com o objetivo de monitorar, de medir e de controlar o próprio dispositivo, o ambiente ao seu redor ou sistemas de dados a ele conectados por meio dessas redes”.
As áreas de aplicação do Plano no país serão definidas por prioridade, a partir de critérios de oferta, demanda e capacidade de desenvolvimento local. Elas serão selecionadas pelo MCTIC nas áreas de saúde, cidades, indústria e rural.
Os temas que integrarão o Plano Nacional de Internet das Coisas são:
- ciência, tecnologia e inovação;
- inserção internacional;
- educação e capacitação profissional;
- infraestrutura de conectividade e interoperabilidade;
- regulação, segurança e privacidade;
- viabilidade econômica.
Essas ações deverão estar alinhadas com as ações estratégicas definidas na Estratégia Brasileira para Transformação Digital, dispostas no decreto 9.319/2018.
Caberá à Anatel a fiscalização desses sistemas de telecomunicações, considerando as normas do MCTIC. O ministério também coordenará projetos para facilitar a implementação do Plano: trata-se do Centro de Competência para Tecnologias Habilitadoras em Internet das Coisas, Plataformas de Inovação em Internet das Coisas, e Observatório Nacional para o Acompanhamento da Transformação Digital.
O plano lista como objetivos: melhorar a qualidade de vida; promover ganhos de eficiência e geração de empregos; aumentar a produtividade e fomentar a competitividade de empresas brasileiras; e buscar parcerias entre os setores público e privado.
Câmara IoT
A Câmara de Gestão e Acompanhamento do Desenvolvimento de Sistemas de Comunicação Máquina a Máquina e Internet das Coisas (ufa!) será responsável por monitorar e assessorar a implementação do Plano Nacional de IoT.
Compete à Câmara IoT as seguintes funções:
- monitorar e avaliar as iniciativas de implementação do Plano;
- promover e fomentar parcerias entre entidades públicas e privadas;
- discutir os temas do plano com órgãos e entidades públicas;
- apoiar e propor projetos mobilizadores;
- atuar com órgãos e entidades públicas para estimular o uso e o desenvolvimento de soluções de IoT.
Como colegiado não deliberativo, as reuniões e votação de matérias da pauta dispensam o quórum mínimo. A Câmara IoT será presidida pelo MCTIC e terá a participação dos ministérios da Economia, Agricultura, Saúde e Desenvolvimento Regional.
Com informações: Teletime.
Comentários
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Político do Brasil sendo político.
Dá preguiça de ler qualquer comentário quando o assunto aborda política.
E o PT?
Inovação, ciência e tecnologia já não combina com o Brasil, com esse governo composto por jumentos, antas, capivaras e cheirados de goiaba, pior ainda. Esperando alguém aparecer pra falar "E o PT".
Elas só reclamam da instalação de ERBs nos centros das grandes cidades, que é onde elas querem estar o tempo todo. Nos rincões e nas periferias elas estão lá só porque são obrigadas.
Eu sou ateu, rs... mas estou por repensar a situação e começar a rezar todos os dias para que comentaristas aprendam a ler, e tenha familiaridade - por mínima que seja, alguma intimidade com coisas básicas como: contexto, capacidade de reconhecimento de discurso e figuras de linguagem. rs... Porque, PQP, "num tá fácio"... rs
Fale-me mais sobre o boom das telecomunicações na somália, onde o estado é mínimo. :)
O decreto não fala de geladeiras cara. Ele trata de comunicação de maquina - maquina.
se uma empresa vai fazer esse tipo de geladeira é decisão do consumidor se vai comprar ou não.
Sabe quanto custou o PNBLE que já tem 11 anos e ainda não foi plenamente implementado (acima de 95%)? Se há uma coisa excludente na administração pública chama-se ORÇAMENTO. rs...
Caverna, é complicado... Tem uma galera que só quer ter razão, mas nem sabem bem sobre o que... Confesso que também deixei tudo muito vago, rs... Mas, obrigado pela defesa rs.... então deixa eu fundamentar:
Lá no longínquo 2008 o Brasil lançou com pompa e circunstância o O PBLE - Programa Banda Larga nas Escolas (https://www.fnde.gov.br/ind...
Como um dos coordenadores da Gestão de TI das bandas daqui fui entusiasta e trabalhei duro pra colocar a direção de cada escola em contato com os setores e pessoal responsável nas empresas de telefonia., (além de preparar a infra das escolas a gente fazia esse meio-campo).
Foram 5 anos de idas e vindas, com empresas e pessoal fingindo desconhecer a lei, companhias criando dificuldades para vender facilidades, e além de toda sorte de infortúnios numa cidade que, a época tinha menos da 30% da infra atendida por adsl).
As dificuldades que tivemos aqui foram replicadas e até ampliadas em cidades menores (menos de 50 mil habitantes), que não tinham infra nenhuma, e as telefônicas mesmo com a obrigação legal de prover o serviço não tinham a obrigação de preparar a infra da cidade e das escolas para receber o projeto... Resultado, 11 ANOS depois de lançado a cobertura do PNBLE, rebatizado de Política Nacional de Inovação Educação Conectada, cobriu apenas 78% das escolas em áreas urbanas e menos de 20% das escolas da Zona Rural.
E agora os caras querem conectar geladeiras, rs...
O nome disso é 4º revolução industrial
Sim, mas estamos falando do Brasil... Pega a rede de celulares por exemplo, há uns 5/10 anos atrás estávamos bem atrás, hoje já temos uma qualidade "aceitável" no 4g, mas ainda tem muito que melhorar (só que aí ao invés de focarem mais em melhorar a estrutura, ficam mais no "5g revolucionário" sendo que mal lá fora isso tá começando a ser implementado. Fora vários outros exemplos aí,
Infelizmente,
Cara, na boa... rs. Ás vezes, só às vezes, é preciso pensar um pouquinho, e quando até isso não for o suficiente, fazer algumas perguntas. Tipo:
Você já ouviu falar de PBLE e Política Nacional de Inovação Educação Conectada?
Pelo teor do seu comentário, não... Por isso não faz a mínima do que eu estou falando, não sabe quando do SEU e do MEU dinheiro o GOVERNO já enterrou nisso, e mesmo assim está aqui fazendo das tripas coração para TER RAZÃO, embora nem saiba sobre o quê, rs...
Ata. Entendi. As empresas priorizam despoluição ambiental, saneamento e bem estar social, eu tinha esquecido disso.
tah serto tanben
Leia minha resposta até o final que tu vais ver outro exemplo: saneamento e despoluição ambiental...
Tem vários deste tipo... só pesquisar um pouco.
Tipo as telefônicas, que só expandir as suas redes porque foram OBRIGADAS por metas propostas... pelo Governo? ;)
É que não vamos precisar, no futuro, de pessoas capacitadas para operar. Tudo estará conectado e resolvido. :D
Aí você o exemplo de uma multinacional, que prioriza o lucro pra argumentar o que o cara colocou. Ele tá falando do básico. Se seguir sua lógica, nem precisa se preocupar com a saúde e alimentação básicas, é só investir em agrotóxico e planos de saúde.
tah çerto.
Imaginem só... o mundo todo estaria atrasado segundo a lógica do José. Enquanto não ter cobertura 3G em todo o canto do planeta, nem pensar em desenvolver a próxima geração...
O argumento continua fraco e falho.
Quer um exemplo de como isto é ilógico?
Vamos lá, pensa assim:
"Ainda não conseguimos que todas as áreas rurais tenham telefonia mas já estamos implementando tecnologia 5G!"
Viu?
Não é porque algo básico ainda não foi plenamente feito (saneamento é outro exemplo) que não possamos pensar em "algo mais difícil" ou "mais caro" (projetos de despoluição de rios e baías, vide Tietê e Guanabara).
;)
Qual a tua solução?
Não ter plano algum? Desistir? ;)
É um raciocínio torpe, de gente que não entende o mínimo de gerenciamento de projetos. :(
É o clássico "tanta gente morrendo de fome na África e estamos preocupados com a merenda das crianças brasileiras". ;)
Não são duas coisas mutuamente exclusivas.
Tu podes fazer ambas ao mesmo tempo.
Aliás, é assim que projetos (qualquer que seja a área dos mesmos) devem ser.
O setor de tecnologia não funciona assim.
Tu não podes ficar "parado, arrumando as coisas que já temos" e daí pensar em pesquisa e adoção de novas tecnologias.
É este tipo de pensamento que nos ferrou com a reserva de mercado de Informática.
Uma dica: dá para fazer as duas coisas ao mesmo tempo!
"arrumar a casa" e pensar em como evoluí-la.
Não são coisas mutuamente exclusivas: elas podem... E DEVEM acontecer ao mesmo tempo!
40%? Eita otimismo...
Vamos fazer uma coisa que seria bem legal (não só com isso, mas com tudo relacionado a tecnologia e até outros assuntos também): vamos arrumar/melhorar o que temos, pra depois partir com tendências/tecnologias novas? todos agradecem.
Mas ele não falou que uma coisa tem a ver com a outra.
Eu entendi o comentário dele da seguinte forma: se ainda não conseguimos fazer o mais fácil e prioritário, ligado à educação, imagina então fazer algo mais difícil e mais caro.
Ora, você não acha que esse seu comentário seria muito mais útil se fosse direcionado aos gestores das escolas que você conhece próximas a você, e que se encaixam nessa sua crítica, ao invés de reclamar em um blog de tecnologia? Só uma reflexão.
Concordo com o José, o congresso deveria se focar em expandir o acesso a tecnologia que já é considerada uso comum, e deixar a implementação de ponta pra quem sabe o que faz
Será que algum deles já pensou que um monte de políticos ignorantes sobre o funcionamento da tecnologia discutindo numa sala não vai magicamente implementar nada?
E ainda dificultam a vida das empresas de tecnologia que de fato querem desenvolver e implementar com legislações exdrúxulas que inviabilizam o MVP de uma nova tecnologia, e sem MVP nunca vai existir um produto maduro
Todo mundo já sabe o que vai acontecer futuramente.
"10 anos depois desse plano lançado, apenas 40% do propósito foi atingido.".
Ainda não conseguimos conectar escolas a internet, mas o governo já pensa em conectar nossas geladeiras... Prioridade é isso! rs