Hacker que derrubou PSN, Steam e Xbox Live é condenado a 27 meses de prisão

Ataques DDoS ocorreram entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014, quando empresas não tinham proteção adequada

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
PSN

Parece que a PlayStation Network e a Xbox Live sempre caem no Natal e Ano Novo — e normalmente é por causa de um ataque distribuído de negação de serviço (DDoS). Um hacker dos Estados Unidos, apontado como o responsável por ter derrubado servidores de games entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014, não escapou da justiça: ele foi condenado a 27 meses de prisão e multa.

O hacker tem 23 anos, é do estado americano de Utah e lançou ataques DDoS contra PSN, Xbox Live, Steam, Nintendo, Dota 2 e League of Legends no Natal de 2013. Austin Thompson era conhecido na internet como DerpTrolling e foi um dos primeiros a derrubar servidores de games no final do ano, justamente quando há mais pessoas jogando.

Depois de DerpTrolling, outros grupos fizeram ataques DDoS em 2014, 2015, 2016 e 2017, como o Lizard Squad, sempre no período entre o Natal e o Ano Novo, mas cada vez com menos sucesso, à medida que as empresas adotavam mais proteções de segurança. Na época dos ataques de 2013, DerpTrolling dizia em sua conta no Twitter que derrubava os servidores “para estragar o feriado de todo mundo”.

O procurador Robert Brewer diz que “ataques de negação de serviço custam milhões de dólares todo ano às empresas e indivíduos”, e que a justiça está “comprometida em processar hackers que atrapalham intencionalmente o acesso à internet”.

De acordo com o ZDNet, que obteve acesso à sentença, Austin Thompson ficará 27 meses na prisão, a partir de 27 de agosto, e terá que pagar US$ 95 mil à Daybreak Games, anteriormente conhecida como Sony Online Entertainment.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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