Desmanche do Galaxy Note 10+ mostra novo motor no lugar da entrada para fone

Samsung Galaxy Note 10+ é o primeiro da linha Note sem entrada de 3,5 mm para fone de ouvido

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Galaxy Note 10 (Foto: iFixit)

O Samsung Galaxy Note 10 só dará as caras no Brasil em 2 de setembro, mas as primeiras unidades já estão começando a ser entregues ao redor do mundo. Como de costume, o iFixit desmontou o lançamento da Samsung, em sua versão 5G, para mostrar o que há dentro dele: parafusos padronizados, muita cola na bateria e um novo motor de vibração no lugar da antiga entrada de 3,5 mm para fones de ouvido.

Este é o primeiro celular da linha Note sem entrada P2 (ou P3): a Samsung explica que removeu o componente para aumentar a capacidade da bateria em 100 mAh, um incremento de 2% a 3%, dependendo do modelo. Além disso, o espaço adicional teria permitido à empresa melhorar o motor de feedback tátil.

No canto onde antes ficava o P2, o iFixit realmente encontrou um novo motor de vibração: ele é quadrado (em vez de circular) e maior que o das gerações passadas. A mudança indica que a Samsung teve mais cuidado com a tecnologia háptica, que era criticada por ser barulhenta demais: “Você consegue ouvir o motor de vibração, o que acaba com o propósito de colocar o telefone em modo de vibração”, diz o SamMobile.

Galaxy Note 10 (Foto: iFixit)

Novo motor de vibração no lugar da entrada para fone de ouvido

A Apple fez uma mudança semelhante no iPhone 7, que ganhou um motor de vibração chamado Taptic Engine e também aposentou a entrada de 3,5 mm para fones de ouvido. Na época, a Samsung criou propagandas tirando sarro da decisão da Apple. As peças publicitárias foram removidas do YouTube pela própria Samsung no início de 2019, meses antes do anúncio oficial do Galaxy Note 10.

Já o desmanche do Galaxy Note 10+ 5G não mostra grandes novidades. O iFixit comemora o fato de muitos componentes serem modulares e substituíveis de forma independente; apesar disso, o fim da entrada P2 pode significar um desgaste maior na porta USB-C. Há uma grande quantidade de cola na tampa traseira de vidro e principalmente na bateria, o que torna sua troca “mais difícil do que nunca”.

Galaxy Note 10 (Foto: iFixit)

O módulo de antena do Galaxy Note 10+ 5G

Por dentro, vemos uma bateria enorme de 16,56 Wh e capacidade típica de 4.300 mAh que pesa 59,1 gramas (quatro a mais que a do Note 9), uma memória flash eUFS 3.0 de 256 GB da Samsung, uma RAM LPDDR4X de 12 GB da Samsung, um processador Qualcomm Snapdragon 855 (o Brasil receberá a versão com Exynos) e um retângulo verde que pode ser o Qualcomm QTM052, um módulo de antena 5G mmWave.

Do lado positivo, o Galaxy Note 10+ possui parafusos do mesmo tamanho, então você só precisa de uma chave de fenda. No entanto, por causa do excesso de cola e da forma como o celular é montado, reparos simples, como a troca de tela, exigem um desmanche completo. Por isso, o aparelho ganhou nota 3/10 no índice de reparabilidade — ou seja, é mais difícil de consertar que o Galaxy Note 9, com nota 4/10.

Galaxy Note 10 (Foto: iFixit)

O Galaxy Note 10 e o Galaxy Note 10+ serão anunciados no Brasil em 2 de setembro. A versão com 5G inicialmente não será vendida por aqui. A Samsung ainda não divulgou os preços locais. Nos Estados Unidos, os smartphones custam a partir de US$ 949 (Note 10) e US$ 1.099 (Note 10+).

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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