São Paulo anuncia pagamento de tarifa de ônibus com celular ou cartão NFC

É possível usar cartões de crédito, débito e pré-pago no pagamento contactless; há suporte a Apple Pay, Google Pay e Samsung Pay

Felipe Ventura
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
NFC em ônibus em São Paulo

A cidade de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (12) que está iniciando um projeto-piloto para pagamento contactless de tarifas de ônibus: é possível usar cartões de crédito, débito e pré-pago, celulares, smartwatches ou pulseiras com NFC. A iniciativa envolve as bandeiras Mastercard, Elo e Visa; nesta primeira fase, a tecnologia estará presente em cerca de 200 veículos municipais operando em 12 linhas. No entanto, ela não oferece a integração tarifária do Bilhete Único.

O sistema é compatível com as carteiras digitais Apple Pay, Google Pay e Samsung Pay. São aceitos cartões emitidos no Brasil ou no exterior; dessa forma, os 2 milhões de turistas estrangeiros que visitam São Paulo a cada ano poderão utilizar seus cartões para pagar a tarifa de ônibus.

Para pagar a passagem de ônibus com um cartão contactless, basta encostá-lo no validador e passar a catraca. Será cobrada a tarifa atual de R$ 4,30. Não haverá integração tarifária: se o passageiro pegar outro ônibus, terá que pagar mais R$ 4,30; o mesmo vale para metrô e trem. O Bilhete Único seguirá existindo.

Quanto à segurança, os cartões contactless permitem realizar pagamentos de até R$ 50 sem digitar senha, no máximo 5 vezes ao dia; por isso, o validador do ônibus nem possui um teclado para a senha. No caso do celular, você terá que desbloquear o aparelho via digital ou Face ID para liberar o Apple Pay, Samsung Pay ou Google Pay.

O projeto-piloto vai durar por três meses ou até atingir o limite de 500 mil transações. “Talvez, no futuro, isso se torne a principal forma de uso aqui em São Paulo”, disse o prefeito Bruno Covas em evento.

Estas são as 12 linhas que participam da primeira fase do projeto, cobrindo cerca de 200 ônibus:

  • 2590/10 — Pq. D. Pedro II/União de Vl. Nova
  • 4031/10 — Metrô Tamanduateí/Pq. Sta. Madalena
  • 6030/10 — Term. Sto. Amaro/UNISA – Campus 1
  • 917M/10 — Metrô Ana Rosa/Morro Grande
  • 2002/10 — Term. Bandeira/Ter. Pq. D. Pedro II
  • 715M/10 — Lgo. da Pólvora/Jd. Maria Luiza
  • 908T/10 — Butantã/Pq. D. Pedro II
  • 9300/10 — Ter. Pq. D. Pedro II/Ter. Casa Verde
  • 9500/10 — Pça. Do Correio/Term. Cachoeirinha
  • 5129/10 — Term. Guarapiranga/Jd. Miriam
  • 807M/10 — Shop. Morumbi/Term. Campo Limpo
  • 675R/10 — Metrô Jabaquara/Grajaú

Ônibus em São Paulo

Jundiaí e Rio de Janeiro adotam pagamento contactless

Um dos maiores exemplos de sucesso dessa tecnologia é Londres: 55% das viagens realizadas no metrô da capital britânica são pagas via NFC. Isso corresponde a mais de 21,6 milhões de usos a cada semana. Nova York, Sydney e Miami também adotaram o pagamento por aproximação no transporte público.

A cidade de Jundiaí (SP) foi a primeira da América Latina a implementar o sistema de pagamento contactless em 100% da frota de ônibus. Assim como em São Paulo, não é possível usar a integração do bilhete único local; ao entrar em outro ônibus, é necessário pagar outra tarifa.

No Rio de Janeiro, é possível usar cartões e celulares com NFC para comprar passagens de metrô. Essa forma de pagamento não permite aproveitar a integração tarifária com outros modais, oferecida pelo Bilhete Único Carioca ou Bilhete Único Intermunicipal.

No entanto, desde o início de 2018, a integração entre metrô e ônibus na capital fluminense foi restrita a poucas linhas de integração expressa e a algumas estações do BRT. Na linhas municipais restantes, todo mundo paga a tarifa cheia, mesmo com o bilhete único.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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