Huawei Mate 30 Pro bate Samsung Galaxy Note 10+ em ranking de câmeras

Novo celular da Huawei alcança 131 pontos em fotografia no DxOMark, cinco pontos a mais que o antigo líder, o Galaxy Note 10+

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Huawei Mate 30 Pro

O DxOMark publicou nesta quinta-feira (26) uma análise das câmeras traseiras do Huawei Mate 30 Pro e, como esperado, ele quebrou mais um recorde: com 121 pontos, o topo de linha da marca chinesa superou com folga o Samsung Galaxy Note 10+ 5G, ultrapassando também o Huawei P30 Pro, que já chegou a liderar o ranking no começo do ano.

O Mate 30 Pro tem quatro sensores na traseira: uma câmera principal de 40 megapixels (f/1,6); uma ultrawide de 40 megapixels (f/1,8) com campo de visão de 120 graus; uma telefoto de 8 megapixels (f/2,4) com zoom óptico de 3x; e um sensor de tempo de voo para capturar profundidade. As imagens são processadas pelo chip Huawei Kirin 990, que usa inteligência artificial para reduzir o ruído e aumentar a definição.

Huawei Mate 30 Pro / DxOMark

Huawei Mate 30 Pro / DxOMark

A pontuação de fotografia do Mate 30 Pro foi 131, cinco acima do Galaxy Note 10+ 5G, enquanto a filmagem bateu 100 pontos, um a menos que o concorrente da Samsung. Segundo o DxOMark, a novidade da Huawei “oferece resultados excelentes em quase todos os quesitos de fotografia, mas realmente brilha em textura e ruído”. Isso não é algo comum, já que um ruído baixo pode estar associado a uma perda de definição.

O alcance dinâmico do Mate 30 Pro melhorou em comparação com o P30 Pro, que tendia a subexpor as cenas, escondendo detalhes em áreas de sombra. Apesar disso, o Galaxy S10 5G ainda apresenta resultados melhores nesse quesito: no exemplo abaixo, o celular premium da Samsung consegue capturar o azul do céu, enquanto o Mate 30 Pro estoura parte do quadro.

Huawei Mate 30 Pro / DxOMark

O destaque fica para o balanço entre textura e ruído: para o DxOMark, o Mate 30 Pro “não apenas renderiza os melhores detalhes que já vimos em um smartphone até agora, com boa preservação de texturas finas, sem excesso de nitidez ou artefatos; além disso, ele também controla extremamente bem o ruído da imagem”.

Em ambientes noturnos, o Mate 30 Pro obteve a melhor pontuação entre os smartphones já testados, com “boas exposições até em níveis de luz muito baixos”. A crítica ficou por conta da saturação, mais alta que a média, o que pode gerar resultados pouco naturais em determinados cenários.

Huawei Mate 30 Pro / DxOMark

Se o Mate 30 Pro superou a concorrência com folga em fotografia, ele chegou perto em filmagem, com 100 pontos; o Galaxy Note 10+ 5G, com 101 pontos, continua na frente. O aparelho da Huawei apresentou a melhor exposição de vídeo, apesar de não ter HDR, além de boa saturação e balanço de branco, tendo como ponto negativo alguns artefatos em tons vermelhos ao filmar em ambientes internos ou com baixa iluminação.

Câmera frontal do Mate 30 Pro fica só na quinta colocação

Huawei Mate 30 Pro

O P30 Pro já havia quebrado o recorde do DxOMark com sua câmera traseira, mas a frontal foi apenas “ok”. A história se repete com o Mate 30 Pro: com 93 pontos, ele se posicionou somente em quinto lugar com a câmera de selfie de 32 megapixels, atrás do Galaxy Note 10+ 5G (99 pontos), Zenfone 6 (98), Galaxy S10 5G (97) e Galaxy S10+ (96).

O grande defeito da câmera frontal do Mate 30 Pro é o foco fixo, o que gera imagens com menos definição a uma distância de 30 centímetros. O foco ideal fica entre 55 e 80 centímetros — se isso for respeitado, as imagens têm amplo alcance dinâmico, boa definição em todas as condições de iluminação e ruído controlado mesmo em ambientes internos.

O Mate 30 Pro ainda não tem data de lançamento. A Huawei enfrenta sanções dos Estados Unidos e não pode negociar com empresas americanas, o que impede a fabricante de embutir a Play Store em seus novos smartphones.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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