Match é processado por usar contas falsas para atrair assinantes

Do mesmo proprietário do Tinder, o Match teria conseguido 499 mil novas assinaturas com a prática

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses

O site de relacionamento Match está sendo alvo de um processo nos Estados Unidos por supostamente fazer combinações entre usuários e contas falsas. O serviço, que é mantido pelo mesmo proprietário do Tinder, teria adotado a prática para conseguir novas assinaturas.

A acusação é feita pela Comissão Federal do Comércio (FTC, na sigla em inglês). De acordo com o órgão, o Match obteve 499.691 novas assinaturas entre junho de 2016 e maio de 2018 por meio de e-mails que informavam as pessoas sobre o interesse de terceiros em seus perfis.

Como o Match oferece uma conta gratuita que impede os usuários de verem novas mensagens, é preciso assinar o serviço para descobrir a identidade da outra pessoa.

Quando isso acontecia, o serviço simplesmente informava aos usuários que a suposta pessoa que havia se interessado por eles havia sido banida. Ao pedirem um reembolso, a mensagem era de que não havia nenhuma irregularidade.

Agora, a FTC tenta busca uma compensação financeira aos usuários que foram prejudicados. Segundo as autoridades, o Match permitiu o envio de notificações falsas centenas de milhares de vezes para usuários de sua versão gratuita.

O órgão afirma que, por outro lado, a empresa realizava uma análise mais cuidadosa das combinações de assinantes para garantir que elas eram autênticas.

Segundo o The Verge, o CEO do Match, Hesam Hosseini, afirmou em e-mail para executivos da empresa com contestações ao processo da FTC. Ele teria afirmado que a empresa identifica e neutraliza 95% das contas falsas em até um dia.

Hosseini também teria questionado a denominação da FTC sobre contas fraudulentas. Para ele, o Match não poderia ser responsabilizado, por exemplo, por bots, spam e pessoas que usam a plataforma para vender produtos ou serviços para os usuários.

“A FTC provavelmente fará alegações ultrajantes que ignoram todos os esforços da Mach para priorizar a experiência do cliente, incluindo nossos esforços para combater fraude”, afirmou. “Acredito que a FTC tenha interpretado mal nosso trabalho aqui e pretendemos combater qualquer alegação”.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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