O webdesigner norte-americano Paul Ceglia entrou com um processo na Corte de Nova York contra o Facebook afirmando que seria ele, e não Mark Zuckerberg, o verdadeiro proprietário da rede social com 500 milhões de usuários espalhados pelo mundo.

De acordo com o processo protocolado no último dia 30 de junho, em abril de 2003 Ceglia teria sido contratado por Zuckerberg para criar e desenvolver o site da rede social, recebendo em troca módicos US$ 1000 e 50% da ações da empresa como forma de pagamento. O detalhe sórdido é que o contrato também especularia que o webdesigner receberia outros 1% de ações a cada dia de trabalho extra a partir de 1º de janeiro de 2004, o que na prática o tornaria o feliz proprietário de 84% das ações do Facebook, já que o site só foi inaugurado no dia 4 de fevereiro daquele ano – e hoje é avaliado em cerca de US$ 65 bilhões.

Como era de se esperar, o Facebook rejeita quaisquer acusações, as classificando de “frívolas”. Como aponta o Wall Street Journal, as datas apresentadas por Ceglia são conflitantes em relação às datas da criação do Facebook, já que entre outubro de novembro de 2003 Zuckerberg havia lançado um site chamado facesmash.com e que o domínio thefacebook.com só seria registrado em janeiro do ano seguinte.

Além disso, Ceglia não é santo. Em 2009 Andrew M. Cuomo, procurador geral do estado de Nova York, o acusou de desviar US$ 200 mil de consumidores em um esquema que envolvia uma suposta empresa que produzia combustíveis a partir de fontes vegetais, como madeira, por exemplo.

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João Brunelli Moreno

João Brunelli Moreno

Ex-redator

Formado em comunicação e jornalismo pela Universidade Metodista de Piracicaba, João Brunelli Moreno é redator, blogueiro, roteirista e produtor de conteúdo. Venceu mais de 100 prêmios de publicidade, incluindo o 40° Profissionais do Ano realizado em 2018. Foi autor no Tecnoblog entre 2009 e 2012 cobrindo assuntos relacionados a gadgets, computadores, Apple, Google, Microsoft, entre outros.

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