WhatsApp deverá revelar se empresas fizeram disparos em massa nas eleições

O TSE quer saber se os números identificados por operadoras tiveram alguma ação suspeita durante a campanha

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
WhatsApp

A Justiça Eleitoral obrigou o WhatsApp a indicar se certos números de celular realizaram um disparo em massa de mensagens nas eleições de 2018. Os números são de pessoas físicas e jurídicas relacionadas às empresas Quickmobile, Yacows, Croc Services e SMSMarket.

As empresas são suspeitas de prestarem este serviço para a campanha do hoje presidente Jair Bolsonaro (PSL). Segundo a Folha de S.Paulo, elas enviaram mensagens durante a campanha e foram contratadas por empresas privadas que apoiaram o candidato eleito.

A ordem para informar se o disparo realmente aconteceu partiu do corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Og Fernandes. Em decisão publicada na quinta-feira (7), ele cita números de celular apontados por Vivo, Claro, Tim, Algar e Oi.

O corregedor-geral também pediu para o WhatsApp esclarecer se adotou alguma medida para bloquear ou banir as contas citadas pelas operadoras entre 14 de agosto e 28 de outubro de 2018. A ação tomada pela Justiça Eleitoral, no entanto, não deverá ser tão eficaz para a investigação.

Isso porque as empresas teriam usado centenas de chips que estavam registrados em nomes de terceiros, como também indicou a Folha. A apuração sobre o disparo em massa de mensagens durante as eleições de 2018 faz parte de uma ação de investigação judicial eleitoral (Aije) ajuizada pelo PDT.

Em outubro, o próprio WhatsApp chegou a confirmar que o período eleitoral contou com os disparos em massa de mensagens. A declaração foi feita por meio do gerente de políticas públicas e eleições globais da empresa, Ben Supple.

Segundo ele, na última eleição brasileira, “houve a atuação de empresas fornecedoras de envios maciços de mensagens, que violaram nossos termos de uso para atingir um grande número de pessoas”. O WhatsApp diz ter banido centenas de milhares de contas por conta dessa prática.

Com informações: TSE, Folha de S.Paulo.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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