Twitter usa BitTorrent nos servidores para atualizar site

Rafael Silva
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• Atualizado hoje às 21:23

Por ser um site usado por milhões de pessoas todos os dias, o Twitter não pode se dar ao luxo de sair do ar. Vez ou outra a baleia aparece para alguns usuários, mas em geral ele está sempre disponível para a maioria deles. E hoje um post no blog de engenheiros do site divulgou como eles conseguem se manter na ativa e ao mesmo tempo implementar novas linhas de código: usando BitTorrent.


Antes dele, o time de engenheiros do Twitter usava um sistema chamado Git, mas o crescimento da rede acabou tornando esse meio inviável. Enquanto que o Git era eficiente para dezenas de servidores, quando esse número chegou a centenas (mais precisamente em janeiro desse ano) ele foi perdendo em performance. Foi então que um conjunto em esforço de toda a equipe, liderada por Larry Gadea, criou o Murder: um sistema feito de scripts de Python e Ruby que usa BitTorrent para espalhar novo código no site.

Larry apresenta o Murder em conferência

O projeto foi implementado de vez em maio desse ano e pouco depois o Twitter resolveu torná-lo open source. De acordo com Larry, uma atualização no código do site que antes poderia levar até 40 minutos foi reduzido para meros 12 segundos com o uso do protocolo de compartilhamento de arquivos.

Outro site que também declarou recentemente o uso de BitTorrent nos servidores para implantar código novo é o Facebook, mas seu líder de engenharia Tom Cook não disse se eles também criaram um sistema próprio ou se usam o mesmo do Twitter.

Você que achava que BitTorrent só servia para baixar filmes, séries e programas, está surpreso em descobrir que ele é essencial para duas das maiores redes sociais do mundo? Eu certamente não estou. 😉

Com informações: Twitter Engineering blog.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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