Concept Ori e Duet: os notebooks futuristas da Dell

Notebook dobrável e outro com duas telas são os conceitos da Dell na CES 2020

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 mês
Dell Concept Ori e Duet

Direto de Las Vegas — CES é lugar de apresentar produtos futurísticos e a Dell fez justamente isso. O Concept Ori e o Concept Duet são dois conceitos que mostram como os notebooks podem se parecer nos próximos anos: com outra tela no lugar do teclado, ou com uma única tela dobrável e diversos modos de uso.

Dell Ori e Duet em vídeo

Concept Ori

O Concept Ori é o notebook com tela dobrável da Dell (ou tablet com tela dobrável, depende do seu ponto de vista). Diferente da Lenovo, que já definiu preço e data de lançamento para o ThinkPad X1 Fold, a Dell tem apenas um conceito — não sabemos os detalhes do hardware, quanto tempo dura a bateria ou mesmo se algum dia ele será vendido. E, enquanto o dobrável da Lenovo tem couro e fibra de carbono, o Concept Ori é quase todo de plástico, parecendo até um pouco “barato” (apesar de sabermos que a tecnologia ainda é muito cara).

Dell Concept Ori e Duet

Isso não impediu o público de ir ao delírio na apresentação da Dell em Las Vegas. Como o Ori (cujo nome vem de Origami) ainda não é um produto comercial, a Dell se preocupou mais em mostrar o que seria possível fazer com uma tela dobrável de 13 polegadas que roda Windows 10. A principal aposta parece ser em produtividade para profissionais que carregam um notebook para todo lugar (e que de vez em quando estão no escritório, com acesso a um teclado e mouse externos, já que o Ori é todo tela).

Dell Concept Ori e Duet

O dobrável da Dell pode ser usado como um mini notebook: na metade de cima fica o software que você quer usar; na metade de baixo, um teclado virtual. A vantagem é que o computador fica mais compacto que um notebook tradicional de 13 polegadas, podendo ser colocado em uma bolsa pequena ou até no bolso de alguns casacos.

Dell Concept Ori e Duet
Dell Concept Ori e Duet

Também dá para pensar no Concept Ori como um tablet gigante: você pode assistir a uma série no avião, ler um livro mostrando duas páginas lado a lado, ou navegar na web de forma mais confortável que em um celular. E, se você conectar um teclado e mouse externos, o Concept Ori se transforma em uma tela que pode ser colocada em uma base, funcionando como uma espécie de monitor.

Dell Concept Ori e Duet

Concept Duet

Enquanto isso, o Concept Duet é um conceito mais “pé no chão”, pelo menos se pensarmos em custos: duas telas ainda são mais baratas que uma tela dobrável. A ideia é parecida com a do Microsoft Surface Neo, já que também é um notebook de duas telas com uma dobradiça no meio e um teclado que se fixa magneticamente à metade inferior.

Dell Concept Ori e Duet

As duas telas são de 13,4 polegadas, têm resolução Full HD e bordas muito mais finas que no Concept Ori. Ele se parece com um Dell XPS 13, mas a área que antes abrigava um teclado e um trackpad foi totalmente substituída por uma segunda tela. As utilidades são basicamente as mesmas de um dobrável — mas no Concept Duet é possível girar a tela 360 graus, resultando em um tabletão para assistir a vídeos sem nenhum vinco no meio da tela.

Dell Concept Ori e Duet
Dell Concept Ori e Duet

Nem o Concept Ori e nem o Concept Duet têm preço definido, especificações ou data de lançamento, mas não é difícil imaginar a Dell lançando esses produtos em um futuro não muito distante — até porque as concorrentes já estão começando a trazer produtos semelhantes ao mercado. A dúvida é: será que o notebook tradicional, com tela e teclado físico unidos por uma dobradiça no meio, vai sumir nos próximos anos?

Paulo Higa viajou para Las Vegas a convite da Consumer Technology Association (CTA).

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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