Há alguns anos que o grafeno vem sendo taxado com a solução para diversos problemas tecnológicos, principalmente no âmbito das baterias. O problema é que esse futuro promissor nunca chega. Bom, uma empresa chamada Real Graphene quer mudar essa percepção. Entre as soluções prometidas está a G-100, bateria portátil (powerbank) de 10.000 mAh que pode ser recarregada em 20 minutos.
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Com sede em Los Angeles, a Real Graphene desenvolve baterias aprimoradas com grafeno. Não é à toa que o discurso de Samuel Gong, CEO da empresa, não é a do grafeno como tecnologia do futuro, mas do presente: “criamos uma bateria que pode ser recarregada muito rapidamente, é muito interessante e tem vida útil longa em termos de cargas por ciclo”, afirma.
O próprio executivo explica que a tecnologia da empresa permite que uma bateria de 3.000 mAh leve 20 minutos para ficar completamente recarregada com o uso de um carregador de 60 W enquanto a média no mercado é de 90 minutos.
Gong também destaca que a tecnologia da Real Graphene pode permitir que a bateria suporte 1.500 ciclos de carga contra uma média variando entre 300 e 500 ciclos nos padrões atuais. A companhia aponta mais uma vantagem: as baterias com grafeno geram menos calor, portanto, podem ser consideradas mais seguras.
Como isso é possível? Gong explica: “o grafeno é um incrível condutor de calor e eletricidade. O lítio não gosta quando muita energia é colocada e retirada dele. Aplicamos grafeno de dois modos diferentes. Nós o misturamos à solução com lítio e adicionamos uma camada composta, como uma folha, à bateria de lítio. Isso atua como condutor de eletricidade e não gera muito calor”.
Como ficou implícito, as baterias da empresa combinam grafeno e lítio, até por uma questão de custo: o grafeno ainda é um material caro. Apesar disso, os benefícios já podem ser colhidos. Pelo menos é o que a Real Graphene sugere ao abordar a bateria G-100.
O dispositivo terá 10.000 mAh de capacidade, três conexões USB e poderá ser completamente recarregado em 20 minutos se usado com um carregador de 100 W. O kit deverá custar por volta de US$ 100 quando for lançado.
Para quem precisa de ainda mais capacidade, a Real Graphene deve lançar o modelo G-100 Max, que terá capacidade de 20.000 mAh e tempo de recarga completa estimado em 40 minutos. As duas versões devem anunciadas em uma campanha de crowdfunding.
Mas o que mais interessa para Samuel Gong e sua turma é o uso de baterias com grafeno em smartphones e afins. A companhia entende que esse cenário não está longe da realidade. Já há até empresas testando a tecnologia da Real Graphene, embora nomes não tenham sido revelados.
De todo modo, a Real Graphene diz que, hoje, é capaz de disponibilizar 100 mil baterias baseadas em grafeno se algum fabricante precisar de um pedido pequeno. Se necessário, em cerca de um ano, a companhia será capaz de atender a volumes maiores. Já é um começo.
Com informações: Digital Trends.
Comentários da Comunidade
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Tenho preconceito com empresas de nicho que PROMETEM lançar uma tecnologia que nenhuma empresa grande teve a ousadia…
Cara, se fossem lançar algo, lançaram e fariam barulho depois!
Deviam ter escrito “crowdfunding” antes, já tinha parado de ler.
Desacredito, ainda mais em soluções mais complexas.
O título da matéria está click bait, eles tem uma bateria de 10.000 mah e conseguem carregar uma de 3.000 mah em 20 minutos, chato isso, tecnoblog não precisa.
“O dispositivo terá 10.000 mAh de capacidade, três conexões USB e poderá ser completamente recarregado em 20 minutos se usado com um carregador de 100 W.”
Dez anos atras só escutava grafeno. Ta na hora de surgir algo…
Façam suas apostas de quem chega primeiro: o ano do grafeno ou ano do Linux no desktop?
O grafeno ao menos é útil.
Prometer é uma coisa… só fico animado quando ver essa bateria ser aplicada em algum produto comercializado. Já ouvimos falar de bateria de grafeno há algum tempo, vamos aguardar e ver se sai do papel dessa vez…
No resumo uma bateria de grafeno meia boca.
Ou seja, ainda não é uma bateria propriamente de grafeno, grafeno continua sendo um material difícil e caro de ser fabricado em grande escala e é um produto que não vai se beneficiar tanto assim dos benefícios do grafeno. Quero dispositivos com bateria de grafeno, não uma Power bank.
“ O dispositivo terá 10.000 mAh de capacidade, três conexões USB e poderá ser completamente recarregado em 20 minutos se usado com um carregador de 100 W.“
O tempo de carga depende da potência do carregador.
Sem dinheiro pra fazer o treco é difícil lançar.
De 2018 pra cá virou o nióbio XD
Branding ta confuso G-100 tem 10kmAh, a G-100 MAX tem 20kmAh, não era mais simples chamar de G10 e G20?
Pois é!
Lembro que logo quando surgiram os smartphones o problema era a bateria (e isto ainda é um problema atual). Tinha dezenas de estudos de melhores baterias e um dos motivos de nunca lançar q eu ouvia era: bateria é algo crítico precisamos testar mais.
Pô, já tem uns 10 anos q a gente ouve milagres nas baterias e nunca melhora! Sinceramente, o Breno de 10 anos atrás acreditava q hoje já teríamos baterias decentes.
Minha reclamação aqui n é a bateria em si, é mais a promessa, saca? 1 década ouvindo baterias melhores e nunca surgiu nada, hahaha!
Essa nossa bateria tem tudo de ruim:
esquenta muito dura pouco morre rápido (menos de 1 ano já perde uma porcentagem considerável de retenção de carga)E a melhor solução q dão é: criar outros componentes mais econômicos.
bateria boa não vende smartphone todo ano.
Até onde li as baterias sólidas de “vidro” estão pra ser lançadas ao longo desse ano e dos próximos e são mais seguras e baratas que essas. Não sei se o grafeno vai ser a resposta pras baterias, acredito que ao longo dos próximos anos essa vai ser uma briga interessante de se acompanhar.