Motorola Razr tem reparo mais trabalhoso do que o Galaxy Fold

Apenas a remoção de uma das bateria exige o desmonte de quase todo o aparelho

André Fogaça
Por
• Atualizado há 2 anos e 4 meses
motorola razr desmonte

Smartphones com tela dobrável estão chegando aos poucos e o que chamou mais atenção foi o Motorola Razr, seja pela nostalgia da lembrança do saudoso V3 ou pelo visual de celular que dobra para ocupar menos espaço, no lugar de um celular que vira tablet. O problema é que estes aparelhos são complicados no reparo e o modelo da Motorola consegue ser mais trabalhoso do que o Galaxy Fold, da Samsung.

Começando pelo lado positivo: o reparo do Razr pode ser feito sem destruição de alguma parte do aparelho, ao menos é o que anotou o pessoal do iFixit. Além disso, o aparelho utiliza apenas um tipo de chave para remover os parafusos internos, que é uma Torx T3 – que pode ser encontrada sem muita dificuldade em lojas de ferramentas, aqui no Brasil mesmo.

Os problemas, que são a imensa maioria dos relatos do desmonte, começam por um detalhe que pode trazer um pesadelo para quem precisa abrir o Razr: há cabos pequenos que estão logo depois de desmontar alguma parte mecânica. Um deles, por exemplo, é o cabo que liga as placas do celular com o leitor de impressões digitais, que é curto e aparece quase esticado logo que a parte inferior é removida – remova sem cuidado e o cabo é rompido.

Outro ponto que mereceu destaque é a dificuldade para remover as duas baterias. A primeira, que fica do lado que está o leitor biométrico, sai fácil e é só remover a tampa do corpo para que ela saia. A segunda, do outro lado da dobradiça, exige que praticamente todos os componentes sejam removidos para a troca – cada um deles com uma espécie de cola, que deve funcionar como parte da resistência contra água.

Por fim a entrada USB é soldada na placa, isso significa que trocar este componente envolverá a troca de toda a placa mãe, o que certamente aumentará o custo da substituição em várias vezes. Por isso, por todo o conjunto de dificuldades e problemas, o Motorola Razr recebeu uma nota 1 de 10, onde o reparo mais complicado começa na nota 0 e o 10 é o mais fácil.

O Galaxy Fold, que é seu concorrente no mundo de aparelhos dobráveis, recebeu nota 2 e o ponto extra da Samsung fica na modularidade de muitos componentes internos.

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.

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