WhatsApp é visto como fonte pouco confiável sobre coronavírus

Pesquisa do Datafolha aponta que apenas 12% confiam em informações compartilhadas via WhatsApp

Emerson Alecrim
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
WhatsApp (imagem: Pixabay)

Para o espanto de ninguém, o WhatsApp se transformou em um antro de informações falsas ou duvidosas sobre o novo coronavírus (Covid-19). Um levantamento conduzido pelo Datafolha mostra, no entanto, que apenas 12% das pessoas confiam nas informações compartilhadas a partir do serviço de mensagens ou via Facebook.

A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 20 de março com o intuito de identificar o nível de confiança dos brasileiros nas informações divulgadas sobre o coronavírus em jornais impressos, programas jornalísticos de TV ou rádio, sites de notícias e plataformas como WhatsApp e Facebook.

Para tanto, o Datafolha ouviu, via telefone (por razões óbvias), 1.558 pessoas. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou menos.

A pesquisa mostra que programas jornalísticos de TV são considerados confiáveis por 61% dos entrevistados. Jornais impressos aparecem na sequência com 56%. Programas jornalísticos de rádios e sites de notícias registram índice de confiança de 50% e 38%, respectivamente.

Com relação ao WhatsApp e Facebook, apenas 12% disseram confiar nas informações compartilhadas por esses meios. O índice dos que não confiam é de 58% para o WhatsApp e 50% para o Facebook (os demais entrevistados estão nas faixas dos que confiam parcialmente ou não acessam as plataformas).

O Datafolha também apontou que pessoas com mais de 60 anos ou com nível de escolarização mais baixo estão entre as que mais acreditam em compartilhamentos feitos via WhatsApp e Facebook. Curiosamente, esses grupos também estão entre os que mais confiam nos meios de comunicação profissionais.

12% de confiança é uma proporção relativamente baixa. Apesar disso, o número de notícias falsas propagadas por serviços de mensagens e redes sociais é altíssimo. O que explica esse fenômeno?

Essa não é uma pergunta de resposta única ou trivial. Contudo, pesquisas apontam que uma das explicações está no fato de que muita gente compartilha fake news movida pela sensação de alarme ou prazer que aquele conteúdo causa. Nessas circunstâncias, a preocupação com a checagem da informação é secundária ou inexistente.

Com informações: Folha de S.Paulo.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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