TIM e Claro negociam dívida e religam serviço de clientes

Na pandemia do coronavírus, Claro e TIM flexibilizam "religue em confiança" e parcelam dívidas; operadoras adotam home office

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Loja TIM (foto por Ismar Ingber)

Durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), TIM e Claro anunciaram medidas para flexibilizar o pagamento de clientes afetados pelas medidas de isolamento social: as operadoras manterão o serviço para usuários inadimplentes e parcelarão as dívidas.

TIM parcela fatura sem juros

Clientes da TIM em planos pós-pagos, controle, corporativo e TIM Live que entrarem em contato com a operadora em abril poderão negociar o parcelamento das faturas em aberto em até 10 vezes sem multa e sem juros.

Quem possui suspensão total na TIM poderá pedir o Religue em confiança: o cliente terá os serviços restaurados e poderá regularizar o pagamento em até 6 dias adicionais. E no caso de suspensão parcial no TIM Live, o usuário receberá um período adicional de conexão em velocidade reduzida.

Vale lembrar que a TIM vem oferecendo bônus na internet móvel: são até 100 MB por dia no pré-pago, 1 GB no controle e TIM Beta, e 2 GB no pós-pago. Ela não desconta o tráfego de dados do app Coronavírus SUS, algo que vale para todos os planos. Além disso, ela dobrou o pacote de internet de roaming internacional para clientes nos EUA e Europa.

Claro faz suspensão parcial em vez de total

Em caso de acúmulo de dívida e negociação, a Claro irá parcelar e estender o prazo de pagamento da primeira parcela por mais 10 dias para pessoa física e 20 dias para pessoa jurídica.

A operadora também negociará dívidas de pequenas empresas sofrendo grande impacto na pandemia, avaliando caso a caso. No entanto, a Claro não menciona nenhuma medida do tipo para clientes residenciais, ao contrário da TIM, Vivo e Oi, que parcelarão débitos em até 10 vezes sem multa.

No comunicado, a Claro afirma que fará esforço para manter os usuários inadimplentes no regime de suspensão parcial em vez de total. No caso da TV por assinatura, a suspensão parcial mantém acesso aos canais obrigatórios e aos de programadores que concordarem em liberar o sinal. No caso da internet fixa e móvel, trata-se de manter uma velocidade mínima de conectividade à rede.

Por sua vez, quem já está em suspensão total poderá pedir o Religue em confiança. O serviço será restaurado e poderá ser pago em até 10 dias adicionais.

Entre as medidas divulgadas anteriormente, a Claro aumentou a velocidade da banda larga fixa, liberou bônus de internet nos planos móveis e abriu o sinal de diversos canais na TV por assinatura.

Claro e TIM mantêm funcionários em home office

Durante a pandemia, a Claro implementou o regime de teletrabalho para mais de 40 mil colaboradores. Os terceirizados também são afetados, com 5,8 mil pessoas em home office. A operadora informa que redistribuiu o atendimento de outros segmentos da empresa, como da parte de cobrança e televendas, para aumentar a capacidade de atendimento.

A TIM, por sua vez, migrou 100% de seu call center próprio para o modelo de trabalho remoto. Além disso, todos os colaboradores cujas atividades possam ser feitas remotamente trabalham em casa.

Colaborou: Felipe Ventura.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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