Fitbit e Stanford se unem para detectar doenças com wearables

Stanford está desenvolvendo algoritmo capaz de detectar doenças, como a COVID-19, com dados coletados por wearables

Bruno Gall De Blasi
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Fitbit Charge 4

A Universidade Stanford, dos Estados Unidos, está construindo um algoritmo capaz de detectar doenças com ajuda de wearables, inclusive a COVID-19, causada pelo novo coronavírus. O projeto, anunciado nesta terça-feira (14), será desenvolvido em parceria com a Fitbit e o Instituto de Pesquisa Scripps (Scripps Research).

 

O projeto de pesquisa será liderado pelo professor Michael Snyder, da Escola de Medicina de Stanford. Outras entidades também participarão da empreitada, como a Fitbit, que doará 1.000 smartwatches para o desenvolvimento do algoritmo em colaboração com o Instituto de Pesquisa Scripps.

“Smartwatches e outros wearables fazem muitas, muitas medições por dia – pelo menos 250.000, o que os torna em dispositivos de monitoramento poderosos. Meu laboratório visa aproveitar esses dados para ver se conseguimos identificar quem está ficando doente o mais cedo possível – potencialmente antes que eles saibam que estão doentes”, afirma o professor.

Este é o principal objetivo do algoritmo, que irá analisar dados coletados por smartbands e smartwatches de marcas distintas. A partir dessas informações, será possível verificar se uma pessoa está doente ou não de acordo com o comportamento dos sintomas.

Coronavírus

A metodologia do projeto, porém, é alvo de questionamentos quando o assunto é a evolução do novo coronavírus. De acordo com pesquisadores ouvidos pela WIRED, o algoritmo pode até ajudar a detectar os sintomas da COVID-19, mas isto não significa que os resultados serão completamente precisos.

As limitações técnicas dos wearables podem ser outra barreira para o algoritmo. Ainda conforme o site, não há uma uniformidade de sensores e recursos presentes em todos os gadgets. O Apple Watch, por exemplo, ainda não possui ferramentas nativas para acompanhar o sono de usuários, diferentemente de dispositivos da Fitbit e Xiaomi.

A baixa adesão a esses dispositivos pode ser outra barreira para detectar o novo coronavírus.

Alemanha desenvolve app para combater coronavírus

O uso de wearables para combater o coronavírus não é bem uma novidade. A Alemanha apresentou, na semana passada, um aplicativo para rastrear a COVID-19 também capaz de coletar dados de smartbands e smartwatches para acompanhar sintomas da doença.

O aplicativo é gratuito e já está disponível para os alemães na App Store (iPhone) e Play Store (Android). O uso é opcional.

Com informações: Stanford, Mashable e Wired

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.

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