Amazon vai investir o lucro do segundo trimestre em resposta ao coronavírus

Esforços para o combate da COVID-19 estarão na produção de testes para detectar a doença, em casa para casos suspeitos

André Fogaça
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Amazon

Nesta quinta-feira (30), durante o anúncio dos resultados financeiros do primeiro trimestre de 2020, a Amazon afirmou que utilizará todo o lucro operacional gerado nos próximos três meses para combater a pandemia de coronavírus, causador da COVID-19. O valor total investido nesta empreitada está estimado em US$ 4 bilhões, o que dá mais ou menos R$ 22 bilhões.

O objetivo principal da destinação do lucro da empresa está no aumento de sua capacidade de testes da doença, com um cheque de US$ 1 bilhão garantido até o final deste ano. Brian Olsavsky, diretor financeiro, afirma que a Amazon já separou uma equipe de pesquisadores, engenheiros e outros funcionários para trabalhar nestes testes. Até mesmo um laboratório próprio está em construção e que um programa piloto de testes já foi iniciado.

Outra parte dos US$ 4 bilhões será destinada para aumentar o salário de empregados, entregar equipamentos de proteção individual e melhorar protocolos de limpeza, além de criar novos processos de trabalho interno que aumentam o distanciamento social entre as pessoas.

A gigante do varejo ainda comentou outras atitudes que tomou para combater o surto de coronavírus, como a compra de 100 milhões de máscaras e o aumento no valor pago por hora aos colaboradores. A empresa também prometeu entregar testes de COVID-19 que foram financiados pela fundação Bill & Melinda Gates. As entregas são feitas com o Amazon Care, que é um serviço de saúde para seus funcionários e dependentes – neste caso a entrega é feita para qualquer pessoa de Seatle.

Os testes são feitos em casa e os resultados são compartilhados com autoridades de saúde.

Números enormes na Amazon

Os resultados divulgados incluem faturamento de US$ 75,5 bilhões, valor quase 27% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. O número é animador para os acionistas, já que analistas esperavam um faturamento menor, em mais ou menos 2,5%.

No lado do serviços online da Amazon, o AWS, o negócio agora vale US$ 10,22 bilhões pela primeira vez no primeiro trimestre. Mesmo com o número chamativo, o crescimento da desta divisão da empresa vem caindo desde o segundo trimestre de 2018. Nele, o crescimento foi de 49%, depois 48%, seguido de 45%, 41% abrindo 2019, 37% no segundo trimestre, 35% e fechou o ano passado em 34%, para agora bater 33%.

Por outro lado, o número de assinantes do Prime subiu 28% e gerou US$ 5,56 bilhões.

Para o segundo trimestre, a Amazon espera que as vendas líquidas aumentem entre 18% e 28% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. O maior aumento notado por Olsavsky está em vendas de produtos de mercado, com alta de 8% em um ano.

Com informações: CNBC.

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.

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