Google proíbe extensões para Chrome repetidas ou com spam

Google muda regras para evitar spam no Chrome: desenvolvedores não podem enviar mais de uma extensão com mesmo propósito

Lucas Lima
Por
• Atualizado há 5 meses
Chrome Web Store

O Google publicou novas regras para o envio de extensões para a Chrome Web Store, a loja de apps para o navegador da empresa. Agora, desenvolvedores não podem enviar diferentes extensões com o mesmo propósito ou que só direcionam o usuário para outro site. A medida busca conter não só o spam, mas também atividades maliciosas como a coleta de dados do navegador.

Quando eu penso em instalar uma extensão no Google Chrome sempre me ocorre aquele sentimento de apreensão quanto ao conteúdo que vou encontrar por lá. Esse cenário deve começar a mudar daqui até 27 de agosto, data em que a empresa iniciará a remoção de conteúdo repetitivo. Até lá, os desenvolvedores devem se enquadrar nas novas políticas da Chrome Web Store.

Novas regras englobam uso de keywords e falsas análises

O Google preparou um FAQ das novas políticas para extensões da Chrome Web Store. Em resumo, os desenvolvedores estão proibidos de:

  • Conteúdo repetitivo: como dito, o Google não aceitará extensões que cumprem o mesmo propósito, mesmo que os metadados ou códigos estejam diferentes. A exemplo: extensões de papéis de parede distintos, mas que façam a busca na mesma base de dados — para o usuário, é o mesmo resultado;
  • Spam de palavras-chave: o mesmo vale para as redundâncias nos metadados da extensão na loja. O Google aponta aquelas com conteúdo ilusório, mal-formatadas, sem descrição, irrelevantes, excessivas ou com conteúdo inapropriados (título, descrição, nome do desenvolvedor, ícone, capturas de tela e imagens promocionais). O número máximo de repetição de uma palavra-chave é de cinco vezes; a regra também vale para a citação de marcas na descrição — se for necessário, a empresa recomenda direcionar o usuário para uma página de suporte com todos os demais dados da extensão;
  • Falsas avaliações, análises e instalações: essa é uma regra que nem deveria existir, a princípio. Nada de usar robôs para estufar o número de instalações, avaliações ou escrever análises do produto;
  • Funcionalidades: as extensões deverão fazer algo além de iniciar outro aplicativo, tema, página da web ou, ironicamente, outra extensão;
  • Abuso de notificações: extensões que fazem spam de propagandas, promoções ou tentativas de phishing também estão proibidas da loja;
  • Spam de mensagens: essa regra vale para extensões que enviam mensagens em nome do usuário sem o consentimento dele — isso deve conter, principalmente, páginas de golpe do WhatsApp que enviam mensagens para os contatos, a fim de ganhar dinheiro com adware.

No fim de agosto, o Google começará a remover da Chrome Web Store os conteúdos que não se encaixam nessas novas regras. Os desenvolvedores têm esse tempo para se enquadrar nos novos requisitos e consolidar a base de usuários das suas extensões. A recomendação da empresa é:

  • Escolher uma das instâncias da loja (apagar a redundante);
  • Atualizar a extensão e informar aos usuários como migrar para a ferramenta principal.

Com informações. Google, Naked Security.

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Lucas Lima

Lucas Lima

Editor-assistente

Lucas Lima trabalha no Tecnoblog desde 2019 cobrindo software, hardware e serviços. Pós-graduando em Data Science, formou-se em Jornalismo em 2018 e concluiu o técnico em Informática em 2014, mas respira tecnologia desde 2006, quando ganhou o primeiro computador e varava noites abrindo janelas do Windows XP. Teve experiências com comunicação no poder público e no setor de educação musical antes de atuar na estratégia de conteúdo e SEO do TB.

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