TIM lucra R$ 164 milhões ao crescer no pós-pago e internet fixa

TIM tem crescimento na receita e chega a 500 mil clientes no pós-pago TIM Black Família, mas sente efeitos negativos da pandemia

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
TIM e iPhone 7 Plus (Foto por Erbs Jr)

A TIM Participações divulgou os resultados financeiros do 1º trimestre de 2020: a operadora registrou aumento de 8,3% no lucro líquido em relação ao mesmo período do ano passado; ela teve aumento na receita líquida e expandiu a base de clientes na banda larga fixa TIM Live e em linhas do pós-pago. No entanto, a empresa sofreu queda nas recargas do pré-pago.

Veja os destaques financeiros e o comparativo com o mesmo período do ano anterior:

Indicador 1º trimestre de 2020 1º trimestre de 2019 Variação
Lucro líquido normalizado R$ 164 milhões R$ 152 milhões +8,3%
EBITDA normalizado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) R$ 1,926 bilhão R$ 1,784 bilhão +8%
Margem EBITDA normalizada 45,7% 42,6% +3,1 p.p.
Receita líquida R$ 4,215 bilhões R$ 4,191 bilhões +0,7%
Custo normalizado de operação R$ 2,289 bilhões R$ 2,406 bilhões -0,6%
Capex (investimentos) R$ 904 milhões R$ 650 milhões +39,1%

TIM cresce 5,3% no pós-pago em um ano

O serviço móvel responde por R$ 3,8 bilhões na receita da TIM, com crescimento de 1,2%. A operadora registrou déficit de 4,1% na base total de clientes: a queda está relacionada ao desligamento de linhas pré-pagas (-9,7%), que é um movimento natural do mercado de telefonia pelo fim do efeito clube.

O pós-pago, que é mais rentável, teve alta de 5,3% no ano. A TIM comemora a marca de 500 mil clientes nos planos TIM Black Família. Com o crescimento de linhas pós-pagas, a operadora conseguiu elevar o ARPU móvel (gasto médio por usuário) em 4,8%, atingindo a marca de R$ 23,90.

No total, a TIM terminou o trimestre com 52,8 milhões de clientes móveis, dos quais 31,1 milhões utilizam plano pré-pago e 21,6 milhões estão no pós-pago.

TIM Live aumenta base de clientes em 20%

A banda larga fixa TIM Live ainda é tímida no balanço: dos R$ 251 milhões de receita com serviços fixos, apenas R$ 144 milhões correspondem à internet cabeada da operadora.

A rede do TIM Live está presente em 27 cidades, atingindo 2,5 milhões de domicílios com tecnologia FTTH (fibra óptica até o cliente) e 3,6 milhões de casas com banda larga via cobre. A empresa registrou crescimento de 29,1% na receita do serviço e terminou o trimestre com 584 mil clientes (+20,2% no ano).

A fibra ainda é a tecnologia menos utilizada pela companhia, com 35,2% dos acessos conectados via FTTH. Apenas 32% da base possui velocidades acima de 100 Mb/s, enquanto 68% se concentram nos planos de menor velocidade.

A operadora também se prepara para o lançamento do serviço nos municípios de Contagem e Betim, ambos pertencentes à região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Recentemente, a TIM lançou um novo plano de 200 Mb/s, com velocidade em dobro durante um ano.

TIM sofre impacto por conta da pandemia

A TIM já registra efeitos colaterais da pandemia de coronavírus (COVID-19). Ainda que o isolamento social no Brasil tenha começado na segunda quinzena de março, a TIM observou redução no número de clientes que fizeram recarga por conta do fechamento dos canais físicos. A queda foi de aproximadamente 10% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse impacto foi minimizado pelo fato de que o pós-pago representa 63% da receita móvel da TIM.

Mesmo com alguns números negativos, a operadora comemora que as recargas em canais digitais subiram 35% se comparadas com o ano anterior. Ela espera que esse comportamento se estenda para o cenário pós-pandemia, já que o comissionamento dos canais digitais chegam a ser 3 vezes menor que nos pontos físicos.

Além disso, houve aumento de 19% no número de usuários únicos do app Meu TIM. Na parte de rede, a operadora identificou aumento de 6% no uso de dados móveis, 25% no uso de dados na rede fixa e aumento de 15% no tráfego de voz móvel.

A TIM afirma que 100% das lojas próprias estão fechadas desde 31 de março, e que tem reforçado a cobertura em áreas residenciais, hospitalares e demais instituições de saúde. A empresa também colocou o call center próprio em regime de home-office, além de todos os funcionários cujo serviço possa ser feito de forma remota.

Com informações: TIM Brasil.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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