A Motorola estava indo bem financeiramente: sob o comando do brasileiro Sergio Buniac, presidente global da divisão mobile da Lenovo, a fabricante teve cinco trimestres consecutivos de lucro com celulares após anos no vermelho. No entanto, ela voltou ao prejuízo devido à pandemia do novo coronavírus, causador da COVID-19.
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No segundo trimestre de 2020, a Motorola teve prejuízo de US$ 60 milhões. A receita foi de US$ 824 milhões, quase a metade do faturamento obtido no mesmo período do ano passado.
A pandemia do coronavírus afetou forte a Motorola porque ela tem fábrica em Wuhan, região que foi fechada por ordem do governo para reduzir o contágio do coronavírus. “A interrupção temporária da produção na China causou um déficit de oferta que impediu o potencial de novas melhorias nas margens de lucro”, diz a Lenovo na apresentação dos resultados financeiros.
No Brasil, as fábricas da Flextronics — que respondem pela produção de celulares da Motorola — tiveram suas atividades paralisadas em fevereiro e março devido à escassez de peças vindas da China.
Lucro (prejuízo) da Motorola a cada trimestre
Motorola aposta em celulares mais caros como Edge+
A Lenovo afirma que tomou ações rápidas para reduzir custos e evitar um prejuízo maior na divisão móvel. Além disso, a Motorola “gerou rentabilidade saudável em seus dois maiores mercados principais, América Latina e América do Norte”.
Daqui para a frente, o objetivo da fabricante “é conduzir uma recuperação lucrativa, dada a demanda reprimida e os estoques baixos de canal [de produtos que vão para as lojas]”. Ela também espera conseguir vender celulares mais caros: ela lançou o Edge+ com Snapdragon 865, além do dobrável Razr.
A Motorola representa cerca de 8% do faturamento da Lenovo, que depende bastante da venda de PCs e servidores. A chinesa teve receita total de US$ 10,6 bilhões no trimestre e lucro de US$ 77 milhões, queda de 57% em um ano.
Comentários da Comunidade
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Se não mudar a política porca de atualizações vai continuar no prejuízo
Motorola era referência em atualização, mas agora parece marca genérica.
O prejuízo não teve nada a ver com esse fator. E depois que pioraram nesse quesito e começaram a fazer um monte de lançamentos que o lucro veio… Então vão continuar assim.
Reintegra o NFC nos lançamentos que eu volta a comprar Motorola, mas capando recursos, não garantindo mais que uma atualização e ainda cobrando mais que a concorrência fica difícil.
Motorola (como marca de celular) já não existe desde o início dos anos 2000. O Google levantou a marca na época do Moto G1, mas a Lenovo fez o favor de estragar tudo.
Infelizmente só nos nos importamos com atualização. Isso nao fez com que caísse o lucro. os mais nerds que somos nos ficamos putos mais nao representamos nem 2% desse pessoal…
A Motorola já não convencia ninguém com a família Moto Z ou qualquer aparelho top (e as famílias RAZR e Edge não devem alterar muito esse panorama, assim como o Moto X4 também não ajudou muito), mas atualmente também não está convencendo tanto alguém a investir em um Moto E (não é que se vê poucos Moto E por aí, mas pela proposta, era pra se ver muito mais) sendo que um Moto G Play é muito mais interessante.
E tem essa também do NFC e de insistir em não colocar o Wi-Fi ac, que já é uma tecnologia até ultrapassada que ainda é tratada como se fosse uma novidade. Um usuário que seja só um pouco mais exigente do que a média já reconsidera a compra na hora.
Pois é, a 7ª geração do Moto G acho que todos os modelos tinham WiFi 5GHz, mas a Motorola por algum motivo achou que era algum item de luxo e inexplicavelmente removeu o recurso da geração seguinte.
NFC idem, até o Plus perdeu, absurdo. E na 8ª geração capou até resolução, sem noção demais a Motorola. Espero que a 9ª geração seja menos ordinária que a atual, essa foi só decepção.