O que é Starlink? Entenda como funciona a internet de Elon Musk

Desenvolvida pela SpaceX, a Starlink promete oferecer internet mais eficiente e abrangente por todo o mundo através de satélites

Victor Hugo Felix
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• Atualizado há 3 meses
Antena Starlink (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)
O que é Starlink? (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Criado pela SpaceX, o serviço fundado por Elon Musk tem o objetivo de oferecer internet banda larga de alta potência, mesmo em regiões mais remotas. Para isso, a ambiciosa empreitada planeja lançar cerca de 12 mil satélites no espaço. Entenda o que é a Starlink e como funciona o seu serviço.

Como funciona

O serviço criado por Elon Musk, fundador da SpaceX, tem como meta oferecer internet rápida e abrangente via satélite. O Starlink usa tecnologias que garantem redução de custos para os clientes e maior abrangência na prestação do serviço.

Cada satélite tem quatro antenas de alto desempenho. Agindo de forma combinada, os sinais são transmitidos rapidamente e com custos reduzidos. Os milhares de satélites que serão colocados em órbita formarão uma rede ampla e alta capacidade, atingindo regiões que as operadoras atuais de telecomunicação ainda não alcançam.

Os satélites do Starlink têm formato de painel plano, pesam 260 kg e estarão em baixas altitudes, de 550 km, para que possam se desintegrar na atmosfera mais rapidamente quando entrarem em desuso. Eles contam com um único painel solar para alimentar o aparelho, o facilita o funcionamento dos satélites no consumo de energia.

Internet via satélite é melhor?

Em um mundo tão conectado, ficar sem internet parece impossível né? Mas essa é a realidade de áreas rurais e pequenos vilarejos. É aí que entra a importância (e o diferencial) da internet via satélite, já que ela consegue levar sinal a esses lugares.

Quando se fala em velocidade, quem tem opção de escolher, acaba optando por operadoras que oferecem banda larga terrestre. Mas é esse o jogo que Musk quer virar.

Satélite Starlink, da SpaceX
Satélite Starlink, da SpaceX. (Imagem: Divulgação/SpaceX)

A atual tecnologia de internet via satélite tem latência de 600 milissegundos, que é o tempo que um bit ou pacote de dados leva para chegar de um computador a outro. Já a Starlink promete oferecer internet de longo alcance e rápida, com transferência de até 1GB por segundo e latência de 25 milissegundos — tornando a empresa de Musk a promessa de evolução nessa categoria.

Como os satélites têm sistemas inteligentes de funcionamento, as operações têm custo reduzido e podem ser adquiridos por número amplo de usuários. Pessoas físicas e empresas poderão ter benefícios com os serviços da Starlink.

A SpaceX recebeu, em 2018, autorização para lançar seus satélites. Desde então, a empresa vem expandindo seus serviços. Em 2022, o número chegou a 32 países, incluindo Estados Unidos, Portugal, Espanha, França e Brasil.

Até agosto de 2022, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, eram os estados nacionais que já tinham acesso à internet da Starlink.

Mapa de disponibilidade da rede Starlink (imagem: reprodução/Starlink)
Mapa de disponibilidade da rede Starlink (imagem: reprodução/Starlink)

 A expectativa é que, até 2025, 40 milhões de usuários façam uso da banda larga com a nova tecnologia.

Quanto custa a Starlink no Brasil?

Não é um serviço barato. Para saber quanto pagaria pela internet via satélite da Starlink, é necessário acessar o site da empresa para calcular o valor, de acordo com a região que mora. Em uma simulação feita para a cidade de São Paulo, a mensalidade ficou em R$ 530, sem contar o kit de instalação e frete.

É possível ver os satélites da Starlink?

Sim! Alguns brasileiros já conseguiram visualizar as constelações de satélites, visíveis a olho nu especialmente nas semanas em que foram lançados. Além disso, existe um site e aplicativo que mostra quando os satélites estarão visíveis na sua cidade.

Com informações: Starlink

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Victor Hugo Felix

Victor Hugo Felix

Ex-redator

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, escritor com três obras publicadas, pós-graduado em gestão cultural e técnico em produção de áudio e vídeo, Victor Hugo Felix foi redator freelancer no Tecnoblog em 2020. Também atuou como produtor na Record News e, atualmente, trabalha como assistente de comunicação.

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