Amazon Echo Studio: o maior e melhor som com Alexa

O Echo Studio oferece cinco falantes apontados para (quase) todos os lados, além de muita potência e presença de graves em um só conjunto

André Fogaça
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• Atualizado há 11 meses

O Echo Studio é o suprassumo da Amazon para quem quer uma caixa de som inteligente com Alexa. Na verdade é o smart speaker mais potente que existe oficialmente no Brasil, já que o Google Home Max não tem sequer previsão de chegar em terras tupiniquins e o mesmo vale para o HomePod, da Apple.

Ele é uma evolução bastante grande do Echo intermediário e que também é uma evolução do pequenino Echo Dot. Por aqui são cinco falantes, sendo um deles um woofer potente. Tem som que promete preencher a sala mesmo com um só Echo Studio e tudo isso custa R$ 1.699. Será que vale a pena escolher este Echo, que é o modelo mais caro que a Amazon vende no Brasil? Vem comigo que eu sou usuário desta caixa de som desde novembro de 2019, quando trouxe uma da minha viagem de férias no exterior, e te conto se ela vale a pena ou não.

Análise do Echo Studio em vídeo

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Design e conectividade

Se você pegar um Echo Dot e esticar bastante para cima e um pouco para os lados, você tem o visual do Echo Studio. Ele segue exatamente o mesmo padrão de outros modelos, isso significa que todo o entorno da parte vertical é feito em tecido cinza escuro, que acompanha a tonalidade também escura de todo o restante da caixa.

amazon echo studio topo botoes melhor

Na parte de cima ficam os mesmos quatro botões de outros Echo, que aumentam ou diminuem o volume, chama a Alexa e outro que desliga os microfones. São sete deles e este é o primeiro ponto de evolução, já que os outros Echo contam com quatro nos dois Dots vendidos e dois nos Echo Show. Mais microfones significa maior sensibilidade aos comandos de voz e isso realmente acontece.

Em muitos momentos, mesmo com volume perto do máximo, falar “Alexa” funciona sem pedir duas vezes e a caixa de som te entende. E olha que este teste nem foi próximo do Echo Studio, mas sim com ele em uma parede da sala e eu no sofá, do lado oposto e em uma distância de mais ou menos três metros dos microfones.

amazon echo studio buraco entradas

A segunda e maior diferença está na linha aberta que fica quase que na base do Echo Studio. Este é o único ponto de falante exposto e é do woofer de 5,25 polegadas, que ganha espaço livre pra movimentar melhor o ar. Fechando a parte visual, atrás estão conectores e por aqui você tem um cabo pra energia, um micro-USB que ainda não serve para nada e um conector P2 que liga o Echo Studio em outra fonte, que também pode ser por um cabo óptico com ajuda de um adaptador vendido separadamente, claro.

O Echo Studio é pesado e fica clara a diferença de tamanho dele pro Echo Dot, que faz o Dot parecer uma caixinha de brinquedo perto dele.

amazon echo studio com echo dot

Som tenta preencher a sala

A Amazon promete duas coisas com o Echo Studio: potência sonora e áudio em 360 graus. Ele entrega bem o primeiro e fica quase lá no segundo.

Potência é o mais fácil de cumprir pela fabricante. Ela precisa dos falantes certos, junto de materiais de qualidade para não distorcer ou perder graves e pronto. A Amazon seguiu essa receita e o áudio que sai do Echo Studio é sim forte, mesmo que com uma caixa de som pequena para quem está acostumado com sistemas completos de som.

Num canto, sozinho e na minha sala que tem pouco mais que 18 metros quadrados, colocar o volume no quatro, em uma escala de zero até 10, preenche muito bem todo o ambiente. Os graves são sentidos com facilidade de qualquer ponto e a presença deles não ofusca médios e nem agudos. Em uma música com bateria é fácil sentir cada instrumento, seja o bumbo em frequências baixas, indo para os tons que ficam na frente do baterista, passando pela caixa e até o prato de condução ou ataque. Tudo é reproduzido sem uma parte do instrumento atrapalhar a outra – essa uma das vantagens de ter um falante para graves, três para médios e um para agudo, cada um faz uma coisa.

amazon echo studio frente

E essa é a deixa para o segundo detalhe: áudio em 360 graus. Além do woofer, estão presentes três falantes de duas polegadas para os médios, sendo um no meio e para cima, com dois nas laterais para o som estéreo. Mesmo com tecido cobrindo tudo, o falante da frente fica posicionado na mesma direção dos botões de cima e é por isso que este é o único Echo sem tela que não tem botões dando a volta no topo.

Junto destes três, fica um tweeter de uma polegada mirado pra frente. Esse conjunto todo trabalha com a ajuda dos microfones, que medem o som em intervalos de poucos segundos para compensar a posição da caixa. Este detalhe é crucial, já que o ideal seria colocar o Echo Studio no meio da sala em uma das paredes, com quem escuta do lado oposto. Como nem sempre isso é possível, o Echo Studio calibra cada um dos falantes nestes testes.

No fim isso funciona. Mesmo na configuração da minha sala, que é o Echo Studio no meu canto direito e o sofá mais pro meio da sala, dá para sentir que alguns instrumentos tocam mais do lado esquerdo e outros mais na direita, com alguns que parecem soar de cima, principalmente os agudos.

Nos Estados Unidos existe uma variação do Amazon Music, chamado Amazon Music HD, que tem músicas criadas justamente para tirar proveito deste som ambiente, mas ele não foi lançado no Brasil. Mesmo sem este serviço, músicas convencionais que chegam pela Alexa, por Bluetooth ou por cabo, tocam bem e envolvem, mas sinto que poderiam envolver mais, já que som em 360 graus é a maior proposta do Echo Studio. De forma rápida: o Echo Studio não vai substituir nenhum sistema com múltiplas caixas de som espalhadas no ambiente, nem mesmo com ajuda do suporte pro Dolby Atmos que vem no pacote, mas ele se esforça bastante.

Vale a pena?

Bem, o Echo Dot é o modelo mais simples e ele custa mais ou menos a metade do que custa o Echo intermediário, que já é uma evolução e tanto em termos de som, aumentando a potência e a projeção. O Echo Studio custa 2,4 vezes mais que o Echo do meio, entregando muito mais volume, muito mais grave e um esforço forte na hora de tentar preencher a sala com som tridimensional, e que se ajusta sozinho. É muito mais recurso, indo além de apenas aumentar o som.

fim

É raro ver este cenário, mas a diferença de preço faz sentido. Se você quer o maior e melhor Echo que existe neste momento, o Echo Studio é uma escolha muito acertada. Ele custa muitas vezes menos do que o valor de um sistema de som que consegue fazer uma imersão de verdade, além de vir pronto em um pacote só, sem a necessidade de aprender como e onde deixar cada falante.

Se você quiser e puder, ainda é possível comprar dois Studio e deixar um para sons da direita e outro da esquerda, aumentando ainda mais a potência sonora e a imersão, já que o estéreo fica bem separado fisicamente. Infelizmente no Brasil ainda não é possível comprar uma Fire TV ou um Fire Stick 4K de forma oficial, que permitem utilizar as caixas Echo para fazer o som da TV ir para elas por Bluetooth, possibilidade que aumenta ainda mais o valor agregado, tudo com Dolby Atmos no meio. Quem sabe um dia.

Então, sim. Se você quer uma caixa de som inteligente, potente e que preenche ambientes médios e até grandes, o Echo Studio é a melhor opção que existe no Brasil. Ah, ele tem Alexa e por aqui é exatamente a mesma Alexa de todos os outros Echo sem tela, com as mesmas funções, respostas e integrações com dispositivos de casa conectada, tá?

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.

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