Jogo entre Fluminense e Flamengo quebra recorde de live no YouTube

Durante a disputa dos pênaltis, clássico entre Fluminense e Flamengo chegou ao pico de 3,59 milhões de visualizações simultâneas

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Partida entre Fluminense e Flamengo quebra recorde de live no Youtube (Foto: Mailson Santana/Fluminense)

A partida entre Fluminense e Flamengo pela final da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca, quebrou recorde para uma transmisssão ao vivo no YouTube. Marcado por uma disputa judicial, a live do clássico foi exibida no canal do Fluminense e chegou ao pico de 3,59 milhões de acessos simultâneos durante a disputa dos pênaltis.

O Fla-Flu no YouTube superou as lives de Marília Mendonça, que atingiu 3,31 milhões de visualizações simultâneas em 8 de abril, e Jorge & Mateus, que chegou a 3,24 milhões em 4 de abril. A partida ainda ultrapassou as transmissões ao vivo de Andrea Bocelli, que teve pico de 2,86 milhões em 12 de abril, e da banda BTS, que alcançou 2,31 milhões em 8 de abril.

Até então, o recorde de uma live esportiva no YouTube era do Flamengo, que exibiu em seu canal o jogo contra o Boavista, em 1º de julho. A partida chegou à marca de 2,1 milhões de acessos simultâneas e, no momento, totaliza 12 milhões de visualizações. O clássico de quarta-feira (8) já possui, ao todo, mais de 14,5 milhões de visualizações e rendeu um salto no número de inscritos no canal do Fluminense, que passou de 222 mil para 425 mil.

O recorde aconteceu no dia em que um levantamento apontou que o streaming — YouTube, Netflix, Amazon Prime Video e Globoplay, por exemplo — teria a segunda maior audiência se fosse uma emissora na TV aberta. A audiência somada das plataformas supera Record, SBT, Band e RedeTV, e perde apenas para a Globo. A marca considera o uso dos serviços em televisões e deixa de fora computadores, tablets e celulares.

Por que o Fla-Flu foi exibido no YouTube?

O clássico entre Fluminense e Flamengo foi centro de um imbróglio jurídico em torno dos direitos de transmissão. A disputa envolve uma medida provisória 984/2020, publicada pelo presidente Jair Bolsonaro em junho. O documento dá ao mandante da partida o direito de decidir onde ela será transmitida. Antes, o jogo só poderia ser exibido com a autorização dos dois clubes.

Com a mudança, o Flamengo exibiu a partida contra o Boavista em seu canal no YouTube. A Globo, que tinha direito sobre jogos do Boavista (e não do Flamengo), entendeu que houve uma violação do acordo e decidiu rescindir os contratos que mantinha com clubes cariocas e a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).

Um dos clubes era o Fluminense, que retomou o direito de decidir onde suas partidas seriam exibidas e foi sorteado como mandante da final da Taça Rio. No entanto, o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) acatou o pedido de sua Procuradoria para garantir o direito aos dois clubes. A alegação, defendida por Flamengo e Ferj, era de que ambos poderiam transmitir a partida porque ela seria realizada em jogo único, sem a possibilidade de uma compensação para o visitante.

Em seguida, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) garantiu a exclusividade ao Fluminense. O órgão alegou que a Justiça Desportiva não pode interferir em direitos de transmissão e que o regulamento do campeonato deveria ser respeitado. A MP ainda precisa ser aprovada pelo Congresso para se tornar definitiva, mas pode tornar o streaming um meio cada vez mais comum para transmissões esportivas.

Com informações: UOL, Lance.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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