O WhatsApp Pagamentos foi suspenso enquanto o Banco Central “avalia eventuais riscos”. Agora, as bandeiras Visa e Mastercard tentam convencer o BC a liberar o serviço, associado à carteira Facebook Pay, que se encaixaria em uma nova modalidade chamada “arranjo de transferências”. Segundo as duas empresas, isso não afeta a competitividade nem a segurança do sistema de pagamentos brasileiro.
Recapitulando: o serviço de pagamentos do WhatsApp seria um intermediário para o envio e recebimento de dinheiro entre amigos e familiares usando cartões de débito; e para compras em empresas do WhatsApp Business no crédito e débito.
Inicialmente, o recurso de pagamentos exigia contas bancárias de algumas instituições financeiras (Banco do Brasil, Nubank, Sicredi, Woop), e dependia da Cielo para processar transações. Pessoas físicas não pagavam taxa; empresas arcavam com 3,99% sobre as vendas. Além disso, Visa e Mastercard eram os arranjos de pagamento compatíveis; havia planos de adicionar mais bancos e bandeiras.
WhatsApp Pagamentos será arranjo de transferências
Na quarta-feira (8), Visa e Mastercard protocolaram no BC o modelo de “arranjo de transferências”. Isso significa que, basicamente, o WhatsApp vai gerar tokens mas não vai processar as transações: isso será responsabilidade dos parceiros do aplicativo, como a Cielo, que enviam esses tokens para as bandeiras de cartão.
“A Visa protocolou junto ao BC proposta que detalha o arranjo de pagamento, incluindo a modalidade de transferência, solicitada pelo órgão”, explica a empresa ao Correio Braziliense. “O documento busca responder à todas as preocupações do regulador e assegura o cumprimento das novas disposições, garantindo todos os protocolos de segurança e interoperabilidade das soluções.”
João Pedro Paro Neto, presidente da Mastercard, afirma ao Valor que “existe sim competitividade no negócio e que o WhatsApp vai aceitar novas empresas”. Um dos receios era que o serviço tivesse exclusividade com a Cielo, uma das maiores no setor de pagamentos.
Caso o BC aceite essa explicação, o WhatsApp teria que fazer dois registros no órgão: um como arranjo de transferências; e outro como arranjo de pagamentos para participar do PIX, sistema de transações instantâneas que deve ser lançado em novembro.
Comentários da Comunidade
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Claro! Porque ter tudo controlado pelo Facebook é muito melhor, exemplo de empresa!
Vamos alugar o Brasil, o dólar dele paga o nosso mingau
Sem contar a incoerência de seu comentário, se o Facebook Pay prioriza a Cielo que é uma empresa dos grandes bancos (Caso não saiba, os donos da Cielo são o Bradesco e Banco do Brasil), logo quem você quebraria seriam as pequenas soluções, como as fintechs (PagSeguro, Stone, PicPay, Ame e assim por diante) e entregaria todo o mercado, novamente, para as mãos dos grandes bancos e uma empresa estrangeira que não é sinônimo de nada, nem de respeito ao consumidor e nem de controles de segurança.
Não entendo essa tara por livre mercado.
Não existe livre mercado em nenhuma economia capitalista de grande porte hoje.
Existem economias com níveis de regulação diferentes em diferentes setores, mas não existe nenhuma economia onde a bendita “mão invisível” do AS de fato empurra os atores pra suposta eficiência.
O “livre mercado” estadunidense, por exemplo, impede que as empresas vendam e lucrem em Cuba. Apenas por questão ideológica. Os Estados Unidos taxam vários alimentos para evitar concorrência. A “mão do Estado” ianque.
Mercado Livre existe sim. Claro todo o país do mundo tem Estado e eles interferem na economia. Mas isso não significa que não existe Mercado Livre, apenas que como provado quanto menos regulado é o Estado, mais rico é o país.
Não, acho que você não entendeu.
Hoje o mercado financeiro está bem diversificado, a chegada de diferentes fintechs ameaçou os grandes bancos, que tiveram que correr atrás e investir não só em tecnologia, como também criarem fintechs próprias para concorrem com as menores. Talvez você não saiba, mas o setor financeiro brasileiro é um dos mais avançados tecnologicamente falando.
Hoje vivemos uma “guerra” de maquininhas, uma “guerra” de soluções de pagamento e os grandes bancos tiveram todos os seus segmentos ameaçados por fintechs, seja na parte de pagamento, na de investimentos e até cartões.
Ai tu acha que não existe competição dentro do nosso setor financeiro e o que resolveria é colocar o controle nas mãos de uma empresa estrangeira, que é mal vista em todo o mundo, prejudicando players locais que tem se destacado mundialmente?
Realmente, alugar o Brasil para o Facebook é a melhor solução, vamos garantir nosso mingau, né meu querido.
Não sou contra liberar a porcaria do Facebook para competir também, mas precisa ser, SIM, muito bem analisado para que a empresa não aproveite-se de seu forte posicionamento com o WhatsApp e poderio financeiro para fazer acordos e parcerias nocivas que derrubem os concorrentes menores e acabar causando um monopólio ou pior, voltando para o antigo cenário, onde dependíamos de duas ou três empresas para todo o processo de pagamento (Cielo, Redecard e GetNet).
Entenda uma coisa, a total ausência de regulamentação é uma utopia como o anarquismo, nada na sociedade funciona sem um minimo de regras. Um mercado sem uma devida regulamentação, abre espaço para empresas agirem de forma anti competitiva e utilizarem de poder econômico ou certo posicionamento no mercado para forçarem um monopólio.
E veja, regulamentação não significa burocracia e monopólio coercivo, como alguns confundem. Um mal exemplo é nossa regulamentação em telefonia, essa sim é uma regulamentação que impede a livre concorrência.
Você tem absoluta razão não sabem o mau que o Facebook pode fazer na nossa economia, a práticas deles são sujas Snapchat é um exemplo, agora imagina o que o Facebook fez com Snapchat fazendo com alguma fintech financeira que tá crescendo, processadora de pagamentos e até bancos tradicionais… da autonomia ao Facebook e o mesmo que pedi por um monopólio que pode fazer o que quiser quando estiver consolidado.
Entendendo a preocupação de todos, mas proibir o Facebook Pay não é a solução.
A solução é regular o funcionamento, que é o que estão fazendo, e não proibir.
OK.
Aí você leva um golpe de 200 mil reais e vai reclamar em qual lugar e com quem ?
Não vi ninguém dizendo que tem que proibir…
E você não me viu dizer que alguém disse que tem que proibir…
Sim, vi, sim…
Pra alguém que usa a alcunha de Sherlock Holmes, a sua capacidade de interpretar texto é limitada.
Acho que sua capacidade de expressar-se que é limitada.
Vamos refletir sobre seu texto?
Entendendo a preocupação de todos, mas proibir o Facebook Pay não é a solução.
Se você diz que entende a preocupação de todos, mas diz que proibir não é a solução, sugere que essa solução foi dada. Considerando que você inicia sua frase, apontando a preocupação dos envolvidos, deixa claro que esta seria a solução pensada pelos que comentaram. A outra possível opção seria que o governo ou Bacen teriam tomado essa decisão, porém sabemos que não é o que ocorreu e temos a segunda parte de seu comentário:
A solução é regular o funcionamento, que é o que estão fazendo, e não proibir.
Em seguida você diz que a solução é regular, como já está sendo feito, portanto deixa claro que a suposta solução de bloqueio não veio do governo, mas sim dos que aqui comentam, reforçando sua frase inicial.
Portanto seu texto deixa bem claro que você sugere que os que estão preocupados, desejam a proibição como solução e como lhe disse, ninguém sugeriu a proibição.
É colega, acho que você não sabe se expressar ou sofre de amnésia e esqueceu o que escreveu.
Aqui você admite que eu não disse, visto que faz uma dedução.
Sherlock Holmes, sua capacidade dedutiva é fraca.
Sherlock Holmes, entenda, eu não sou responsável por o que você deduz que eu sugeri.
Você é responsável pelo que diz, e o que foi dito está aí, por mais que tente negar. Abraços.
Isso. Eu sou responsável por o que digo, não por o que você deduz que eu sugeri. Abraços!
O sentido do discurso não se resume apenas aos elementos explícitos. Todo discurso também contém elementos implícitos em diferentes graus e que são entendidos a partir de diversos elementos do discurso, incluindo contexto.
No caso, eu concordo com o Holmes. Na sua mensagem está implícito que, pra você, as pessoas acham que proibir é a solução.
Entendo seu ponto, mas discordo quanto à conclusão.
Não adianta amigo, não sei se ele faz por falta de informação ou por sacanagem, mas nega o que escreveu e tenta até mudar a língua portuguesa para negar o que foi dito. Esse tá pior que politico, vemos, temos a prova, mas continua negando até o fim.
Acho que o problema aqui já não é nem mais o fato de acusar-nos de algo que não falamos, mas sim de estarmos vendo o que foi dito e a pessoa continuar negando, é tão irritante quanto uma criança que quebra o vaso na sua frente e nega a todo custo.