Exclusivo: TIM Beta será reformulado em agosto com “mais conteúdo”

TIM Beta terá adesão mais flexível e níveis intermediários de pontuação; pré-pago TIM Pré Top também será reformulado em agosto

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses

Usuários do TIM Beta devem ficar de olho no próximo mês. A operadora irá reformular o portfólio em agosto, com a promessa de mais benefícios ao cliente e de continuar sendo uma opção agressiva para o público digital. A adesão ao plano também será flexibilizada, mas continuará com a estratégia member get member, com convites por usuários da base.

O Tecnoblog conversou com João Stricker, Head de Marketing Consumer da TIM. O executivo afirma que o TIM Beta continua tendo alta procura no portfólio da operadora e mantém uma clientela fiel, mas entende que o produto precisa evoluir. Além do TIM Beta, a operadora também irá reformular o pré-pago TIM Pré Top no mês de agosto.

Atualmente, o TIM Beta é um dos planos com melhor custo-benefício considerando a quantidade de internet: por R$ 55, o pacote mensal entrega 10 GB de internet (ou 20 GB para quem cumprir desafios), além de minutos de ligações e assinatura premium do Deezer.

Por muito tempo, o plano foi a melhor opção de quem precisa de muita internet móvel: quando foi lançado o pacote mensal, era comum encontrar planos de no máximo 500 MB por mês no pré-pago, enquanto um plano com 10 GB custava mais de R$ 250 no pós-pago. O tempo passou e outras operadoras apresentaram opções que também se adequam ao mesmo perfil de uso, como Vivo Easy ou Claro Flex.

TIM Beta deve incluir mais conteúdo

Para que o TIM Beta continue relevante, Stricker promete mais conteúdo embutido no plano: “A ideia é que o TIM Beta continue sendo um plano agressivo, mas sem competir no custo por gigabyte. Incluímos o Babbel [app para aprender idiomas] em fevereiro, os feedbacks foram positivos e devemos seguir nesse caminho”, diz o CMO em entrevista exclusiva ao Tecnoblog.

A competição no custo por gigabyte é um dos principais pontos descartados na reestruturação da TIM Brasil. Tentando se posicionar como uma operadora premium, foram diversas as vezes em que executivos da empresa revelaram ao mercado que não querem mais competir pela quantidade de internet, mas sim pelo serviço com foco no atendimento ao cliente.

TIM irá flexibilizar adesão ao Beta

Questionamos o executivo sobre a estratégia de convites e até que ponto ela é vantajosa para a TIM. O Beta é um produto com custo médio por usuário alto, já que a mensalidade é de R$ 55 e supera o pré-pago tradicional e até alguns planos controle.

Stricker diz que haverá uma flexibilização para adesão, mas que a TIM quer manter o Beta como um plano restrito para o público mais digital, jovem, com interesses específicos e que continuará sendo uma opção que não atende a expectativa de todos os usuários de celular: “O Beta não é um plano pra todo mundo. Faz pouco sentido que um usuário não-digital utilize o plano, já que tem todo o gaming baseado em missões”.

Uma possível abertura nas adesões poderia causar migração em massa, o que atrapalharia as finanças da operadora: “Tenho muito cliente pré querendo virar Beta, mas tenho cliente do pós-pago que quer virar Beta também”, disse o executivo.

Na reestruturação do plano, a operadora revela que serão lançadas mais categorias na pontuação no TIM Beta. Atualmente, existem três níveis no Blablablâmetro: Beta Basic, Beta e Beta Lab. A primeira opção é aberta para qualquer adesão, sem necessidade de convite; quem conquistar os pontos necessários evolui para as categorias restritas, que incluem mais internet e outros benefícios.

A remoção das chamadas de voz no WhatsApp

A TIM foi a primeira empresa a não descontar os dados de ligações do WhatsApp, em 2018. Na ocasião, a operadora afirmou que a utilização do VoIP traria economia em R$ 0,05 por chamada por conta dos custos de interconexão. No entanto, a empresa alterou os regulamentos e removeu o benefício de todos os planos.

Perguntei o que mudou de 2018 para cá. Stricker diz que “muita coisa”: os custos mudaram e a voz tradicional também evoluiu, com VoLTE com qualidade superior ao serviço tradicional. Ele também afirma que a operadora leva em conta a utilização de dados do aplicativo na formulação dos planos, e que prefere dar ao usuário a opção de usar a internet como preferir.

Por sinal, essa mudança já pode ser encontrada no pós-pago, que foi reformulado e acabou com a franquia exclusiva de vídeos. “Prefiro que o cliente utilize o pacote como quiser”, afirma. Por R$ 109,90, o pós-pago de entrada tem 15 GB de internet livres para qualquer utilização; anteriormente, o plano com mesmo valor entregava 8 GB de dados e 8 GB exclusivos para usar com Netflix, YouTube, Looke, Cartoon Network Já e Esporte Interativo Plus.

Ainda assim, o portfólio continua incluindo dados ilimitados para redes sociais, como Facebook, Instagram e Twitter. Questionamos se a operadora pretende seguir com o mesmo caminho, removendo o zero rating e aumentando a franquia de dados principal: “É possível que no futuro tenhamos mais gigas e deixe o cliente usar como quiser”, afirma.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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