LinkedIn (Pulse) ou Medium?

E aí, LinkedIn (Pulse) ou Medium? Veja os prós e contras das redes sociais famosas por dar espaço, bastante até, ao textão

Melissa Cruz Cossetti
Por
• Atualizado há 1 ano e 1 mês
LinkedIn Pulse ou Medium

Damos início a mais um textão para falar sobre onde publicá-los. LinkedIn (Pulse) ou Medium? A grande diferença entre ambos e um blog são as características de rede social que os apoiam. O Pulse, foi integrado pelo LinkedIn. O Medium não é do Twitter, mas foi fundado por Evan Williams, um dos criadores do microblog, e é popular por lá.

Se você quer oficialmente tirar os seus textos da gaveta ou ter mais uma opção além do seu blog pessoal ou da sua empresa, acompanhe o guia abaixo que compara LinkedIn e Medium nos seus recursos mais populares. Isso pode ajudá-lo a escolher um.

Um pouco de história…

O Pulse entrou para a família do LinkedIn em 2013. Desde então, a integração se deu como uma absorção completa dos recursos. Hoje, não se encontra mais a marca “Pulse” no LinkedIn, só na URL. Você sempre verá algo mais direto como “Escrever artigo”.

O Medium foi lançado em 2012 por Evan Willians, cofundador do Twitter e alçado ao resgate do textão e uma alternativa aos, na época, 140 caracteres do Twitter. De lá para cá, criou maneiras de monetizar artigos e dar um retorno financeiro aos autores.

Mas, e aí?

Qual deles escolher?

Layout

O Medium é uma plataforma de blog. Tudo nele lembra o WordPress, por exemplo, com muitos espaços em branco e bastante minimalista. Ainda assim, permite ao autor personalizar um ou outro detalhe, incluir links, fotos e vídeos e até outras mídias.

O Tecnoblog está no Medium (@Tecnoblog) e você pode conferir um artigo escrito por mim: “Como entregadores e apps de delivery trabalharam para manter você em casa“. Ou um texto pessoal: “Netflix deveria ter um filtro de conteúdo por tempo de duração“.

medium

Já a interface do LinkedIn tem cara de rede social, e por mais que você tente trabalhá-lo como um blog post, sempre se parecerá com um social post do próprio LinkedIn, ainda que longo e com mais recursos que um post original. E o seu textão vira um artigo.

Você pode ver como o mesmo texto sobre a Netflix ficou na interface dos Artigos do LinkedIn. Note que ambos geram permalinks únicos e são indexados pelo Google.

Eu prefiro o Medium, mas achei bem charmoso o resultado do LinkedIn.

Deixe a sua opinião nos comentários.

  • Vencedor: Medium

Plataformas

O Medium é uma plataforma de publicação mais parecida com uma revista digital em que as pessoas podem ler artigos sobre os tópicos que mais importam para elas (ou seja, seguir temas de interesse), assim como compartilhar as suas próprias ideias.

Criar a conta é gratuito, você pode seguir autores favoritos, interagir com os textos com comentários e palmas, marcá-los para mais tarde, além de publicar os de sua autoria. 

Membro Médium

O Médium é gratuito. Contudo, você pode tornar-se de um membro pagando U$5 por mês ou U$ 50 por ano, para ter acesso ilimitado à conteúdo de qualidade e exclusivo. De acordo com o Medium, são textos novos e publicados só para membros.

Membros Medium têm:

  • acesso ilimitado e sem anúncios a todos os textos do Medium;
  • uma revista mensal, com colunistas exclusivos e coleções temáticas;
  • milhares de versões em áudio de textos populares;
  • curadoria diária dos principais autores de conteúdo e revistas;

Os textos só para membros são as páginas marcadas com o ícone de estrela ⭐  na página. Não membros podem ler grátis até três textos marcados com estrela por mês.

LinkedIn

Se você tem uma conta de usuário no LinkedIn, tem acesso à ferramenta de artigos, simples assim. Até o momento, ela não está disponível para dispositivos móveis (no app do LinkedIn), mas você pode acessá-la via navegador na versão para computador.

Sendo assim, o seu conteúdo original passa a fazer parte do seu perfil profissional e é exibido na seção “Artigos”. Sempre que publicados (ou seja, que não forem mais rascunho) serão compartilhados nos feeds das suas conexões e seguidores e, às vezes, se a rede social julgar necessário, através de notificações como sugestão de leitura.

Linkedin Articles

Seu artigo pode ser encontrado quando as pessoas pesquisam dentro e fora do LinkedIn (ou do Medium), dependendo das configurações do seu perfil. 

Como se espera de uma rede social, você pode desativar a capacidade de deixar comentários nos artigos que você publicar. Recurso presente, também, no Medium.

Note que as versões pagas do LinkedIn não tem conexão com o seu recurso de artigos.

  • Vencedor: Medium

Requisitos técnicos

O editor de texto de ambos é muito parecido, vou compará-los, abaixo:

 LinkedInMedium
Foto de Abertura (topo)
Mídias dentro do texto
Gera um permalink
Apagar comentários
Trancar comentários
ReaçõesMais opções além de 👏👏
Agendamento
Tempo de leitura
Limite de posts Três posts p/ dia
Destaque no perfilPoucoMuito
  • Vencedor: Medium

Redes sociais

Aqui está o grande triunfo do Medium e do LinkedIn sobre os blogs tradicionais. 

Se você decidir publicar um conteúdo na plataforma do Medium, sua conta do Twitter pode ser conectada ao blog para que os seus contatos que já são seus seguidores do Twitter (e que também estão no Medium) se tornem seus seguidores lá também.

Você também pode conectar sua conta do Facebook (apesar do Medium só conseguir fazer a ligação com perfis pessoais e não com páginas de marcas) e sua conta Google. 

No LinkedIn, você precisa compartilhar esse artigo do Pulse com seus seguidores do Twitter manualmente, assim como faria em outras redes sociais. Contudo, se seu foco é profissional, o LinkedIn alerta toda sua rede de contatos que você escreveu um artigo.

  • Vencedor: a seu critério

Público-alvo

Neste aspecto, vale notar que o algoritmo do LinkedIn determina quais as “conexões fortes” ou que “podem se interessar pelo seu Pulse”, dentro de sua rede, serão notificadas sobre o artigo, mas também conta com editores que ajudam a fazer curadoria de conteúdo, em parte os que se destacam em seu alcance orgânico.

O Medium, com algoritmo e curadores, também entrega para os seus seguidores na plataforma (amplificados pelas listas de contatos) e, se achar digno, até na home.tec

Medium: uma rede ostensiva, mas também canalizadora

Não pense que você vai escrever um post no Medium e ele só será visto por sua meia dúzia de amigos que curtem um discurso prolixo. Com o Medium, você pode adicionar tags que permitirão que seu texto seja descoberto por pessoas que navegam por elas.

É comum ouvir dizer que o Medium é mais sobre qualidade (bons textos) do que pedigree (quantidade de seguidores e influencers), o que faz dele mais democrático. 

Se você tem uma boa história para contar — e fizer isso muito bem — o algoritmo do Medium pode ajudar o seu conteúdo a chegar ao topo. A plataforma tem uma home, medium.com, em que destaca, organizado por assunto (tags), os textos interessantes.

LinkedIn: uma rede com propósitos bem definidos

Por se tratar de uma rede social focada em relações profissionais, no LinkedIn, fazem parte da sua rede certamente pessoas que você conhece, já trabalhou junto ou tem interesse em realizar projetos — já falamos sobre (não) adicionar amigos por lá.

Publicar artigos para esta comunidade de contatos férteis e interagir com comentários nos artigos de outros usuários são dois ótimos caminhos para ganhar confiança e transformar essa simples conexão em parcerias ou mesmo atrair novos talentos. 

Em resumo, no LinkedIn, você se comunica principalmente com pessoas que já conhece. Contudo, ainda pode alcançar conexões de pessoas em sua rede se os seus contatos de primeiro grau compartilharem o artigo com a rede deles ou reagirem.

  • Vencedor: a seu critério

Métricas

Estatísticas de tráfego e visitantes estão disponíveis no Medium e também no LinkedIn. Porém, com métricas um pouco diferenciadas, mais ou menos detalhadas ao autor.

 LinkedInMedium
Visualizações✅ (com cargo e região)
Visualizações no feed
Leituras (estimativa)*
Compartilhamentos
Reações
Comentários
Fãs✅ Equivale a seguidores
Fonte de tráfego
Gráfico histórico
Interesses dos leitores
Leitores internos e externos

Note que o Medium trabalha da seguinte forma: Views são o número de visitantes que clicaram na página, enquanto Reads informa quantos dos espectadores leram até o final.

  • Vencedor: Medium

Monetização

O LinkedIn não monetiza o conteúdo dos artigos dos seus leitores. Porém, dá grande destaque aos artigos que considera indispensáveis em áreas específicas da plataforma. Para quem está em busca de exposição e apenas isso, é um retorno bastante válido.

Contudo, como escritor no Medium, você pode fazer parte do Medium Partner Program (ou Programa de Parceiros do Medium), publicando textos exclusivos para membros (pagantes) do Medium. Contudo, o programa é voltado ainda para os textos em inglês.

  • Vencedor: Medium

Conclusão: Medium, o rei do textão! 👑

O Medium é definitivamente a plataforma do textão. Mais democrática, abriga todo e qualquer assunto, assim como estilo de autores e também de público. É feita para texto, nada além. Por isso, todos os seus esforços estão concentrados nele. Funciona para negócios? Creio que sim, mas também funciona para qualquer outro assunto.

Menos flexível em termos de alcance, o LinkedIn (Pulse) pode ser uma ótima alternativa se você quer falar de negócios, para um público específico, ou compartilhar pensatas no seu meio profissional. É lá que está o seu público alvo, numa plataforma que, entre outras coisas (muito úteis para profissionais), oferece um ótimo editor de artigos.

Mas, não é lugar de romances, eu acho…

Se a intenção é substituir um blog pessoal, acho que o Medium se aproxima melhor da proposta. Se a intenção é substituir um blog profissional, o LinkedIn será um sucesso.

Como o Medium é mais versátil (funcionando para ambos os casos), levou o troféu. 🏆

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Melissa Cruz Cossetti

Melissa Cruz Cossetti

Ex-editora

Melissa Cruz Cossetti é jornalista formada pela UERJ, professora de marketing digital e especialista em SEO. Em 2016 recebeu o prêmio de Segurança da Informação da ESET, em 2017 foi vencedora do prêmio Comunique-se de Tecnologia. No Tecnoblog, foi editora do TB Responde entre 2018 e 2021, orientando a produção de conteúdo e coordenando a equipe de analistas, autores e colaboradores.

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