Amazon perde US$ 19 milhões em fraude de quatro vendedores

Empresa apoiou investigação que prendeu réus por suposta fraude eletrônica e lavagem de dinheiro

Ana Marques
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses

Apesar de diversos esforços para combater golpes em sua plataforma, a Amazon foi vítima de uma fraude que custou US$ 19 milhões à empresa. A descoberta foi feita após uma investigação pelo Gabinete do Procurador dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, e resultou na prisão de quatro irmãos por suposta fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.

De acordo com o Departamento de Justiça, Yoel Abraham, Heshl Abraham, Zishe Abragam e Shmuel Abraham teriam montado um esquema de atacado para fraudar o sistema de fornecedores da Amazon, na tentativa de fazer a empresa pagar por produtos que não havia, de fato, encomendado. O plano inicial era obter, pelo menos, US$ 32 milhões – eles conseguiram arrecadar US$ 19 milhões.

O relatório informa que em agosto de 2018, a Amazon concordou em comprar dos irmãos 12 latas de um spray desinfetante por US$ 94,03 cada. Mas para lucrar em cima da empresa, os irmãos teriam manipulado o sistema e enviado 7.000 escovas de dente por US$ 94,03 cada, faturando cerca de US$ 658.210.

O agente especial Peter C. Fitzhugh, do Escritório de Campo de Investigações de Segurança Interna de Nova York (“HSI”), afirmou que “A fraude na fatura não é um crime sem vítimas. Milhões de dólares em receita perdida afetam negativamente a capacidade de uma empresa de fornecer serviços econômicos para clientes legítimos que usam a plataforma do fornecedor.”

Ao detectar a grande quantidade de envio de material, a Amazon suspendeu a conta utilizada pelos criminosos, que por sua vez ainda tentaram abrir outras contas com nomes falsos, e-mails diferentes e usando servidores privados.

Em comunicado, Cristina Posa, diretora da Unidade de Crimes de Falsificação da Amazon, disse que a empresa está ansiosa  “para trabalhar com as agências de aplicação da lei para responsabilizar esses malfeitores por suas atividades ilegais”. Caso sejam condenados, os infratores podem pegar pena máxima de 20 anos de prisão por fraude eletrônica e até 10 anos por lavagem de dinheiro.

Com informações: CNET

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Ana Marques

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Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e cobre o universo de eletrônicos de consumo desde 2016. Já participou de eventos nacionais e internacionais da indústria de tecnologia a convite de empresas como Samsung, Motorola, LG e Xiaomi. Analisou celulares, tablets, fones de ouvido, notebooks e wearables, entre outros dispositivos. Ana entrou no Tecnoblog em 2020, como repórter, foi editora-assistente de Notícias e, em 2022, passou a integrar o time de estratégia do site, como Gerente de Conteúdo. Escreveu a coluna "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Trabalhou no TechTudo e no hub de conteúdo do Zoom/Buscapé.

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