Moto G7 ou G8; qual a diferença?

Comparativo de ficha técnica mostra o que muda do Moto G7 para o Moto G8 em termos de desempenho, câmeras, design e bateria

Ana Marques
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• Atualizado há 4 meses
moto g7 vs moto g8

O Moto G8 é um celular da Motorola lançado no Brasil em março de 2020, com o objetivo de substituir o Moto G7 no mercado de smartphones intermediários. Como era de se esperar, o modelo mais recente trouxe alguns avanços em ficha técnica e design, com destaque para desempenho, câmera tripla traseira e bateria, mas há algumas baixas nas especificações em relação à geração anterior. Veja quais são elas a seguir.

O que muda do Moto G7 para o Moto G8?

Tela com menor resolução

A tela do Moto G8 perdeu o notch em formato de gota – na oitava geração, o smartphone conta com um pequeno furo no canto superior esquerdo do display para a abrigar a câmera frontal. A solução é mais discreta e pretendia contribuir para maior imersão na hora de assistir a filmes e séries pelo celular, mas não funciona bem em alguns aplicativos como Netflix e YouTube.

A resolução também mudou. Só que, nesse caso, para pior. Enquanto o Moto G7 contava com um painel de 6,2” Full HD+ (2270 × 1080 pixels), o Moto G8 chegou com display maior (6,4”), mas com resolução HD+ (1560 × 720 pixels).

Motorola Moto G8
Moto G8 com “furo” para câmera frontal

Na prática, é possível que o Moto G8 entregue imagens embaçadas ou com serrilhados em algumas situações, por conta da perda de definição, o que pode incomodar os usuários mais exigentes.

Design

O Moto G7 ainda contava com aquela moldura circular para a câmera traseira (e que não era exatamente um sucesso entre os fãs da marca). O Moto G8, por sua vez, já se adequa ao padrão seguido pela maioria dos smartphones chineses, com câmeras dispostas na vertical, em molduras mais discretas, alinhadas à esquerda.

Ambos contam com modelos em branco, mas o Moto G8 tem uma versão na cor Azul Capri (que traz detalhes em uma espécie de textura com linhas verticais), enquanto o Moto G7 também está disponível em preto (Ônix).

Motorola
Moto G7 com moldura circular para câmera

Processador e sistema operacional

O Moto G8 conta com um processador mais eficiente do que seu antecessor, trata-se do Snapdragon 665 (em vez do SD 632). Esse chip tem menor consumo de energia e promete maior velocidade para execução de tarefas.

Para quem gosta dos números, ficamos assim:

 Moto G7 – Snapdragon 632 (14 nm)Moto G8 – Snapdragon 665 (11 nm)
CPU(4 x 1,8 GHz Kryo 250 Gold & 4 x 1,8 GHz Kryo 250 Silver)4 x 2 GHz Kryo 260 Gold & 4 x 1,8 GHz Kryo 260 Silver
GPUAdreno 506Adreno 610

O Moto G8 também chega de fábrica com uma versão mais recente do sistema operacional do Google, o Android 10. Lançado no início de 2019, o Moto G7 ainda trazia o Android 9 Pie, mas já conta com atualização para o Android 10.

Câmeras traseiras

Enquanto o Moto G7 ainda contava com câmera dupla traseira, o Moto G8 chegou ao mercado com três lentes na parte de trás: o sensor principal tem 16 megapixels (f/1,7), e conta ainda com duas lentes auxiliares: uma ultra-wide (8 MP, f/2,2) e outra macro, com sensor de 2 MP, para fotografar detalhes muito próximos.

Esta última, que tinha tudo para ser um diferencial bem bacana, deixou a desejar nos testes do Tecnoblog pela baixa resolução. Veja alguns exemplos abaixo:

O Moto G7 tinha um conjunto menos versátil, com câmera principal de 12 MP e um sensor de 5 MP para auxiliar em modo retrato. Os resultados são decentes para a faixa de preço e época de lançamento.

Ah, e não espere bons resultados à noite – nenhum dos dois modelos deste comparativo traz tecnologia Quad Pixel para melhorar a sensibilidade à luz.

Bateria

A capacidade de bateria do Moto G8 recebeu melhorias – de 3.000 mAh, na versão anterior, para 4.000 mAh. Na prática, você terá fôlego para pouco mais de um dia de uso moderado, sem grandes problemas. No Moto G7, usuários que passam bastante tempo longe de tomadas podem ter alguma dificuldade ao fim do dia.

O carregador de 10 W que acompanha o Moto G8 leva cerca de 2h10min para realizar uma recarga completa. O Moto G7 se sai melhor nesse quesito, com um carregador TurboPower de 15 W que leva apenas 40 minutos para entregar 60% de carga.

Motorola
Entrada USB-C do Moto G8

Preço

O Moto G7 foi anunciado por R$ 1.599, e o Moto G8 – por incrível que pareça – custa menos: R$ 1.299. É claro que alguns fatores decisivos justificam essa movimentação: o modelo mais recente tem tela com resolução inferior e não traz carregamento rápido TurboPower, uma das marcas da Motorola. Ainda assim, R$ 1.299 é um preço “ok” considerando os lançamentos mais recentes de 2020.

O que se mantém igual entre as duas gerações?

Memória RAM e armazenamento

Nem tudo muda de uma geração para outra: é o caso da memória RAM, que se mantém com 4 GB. Em tese, essa quantidade proporciona fluidez para abertura de apps em segundo plano e evita engasgos durante a execução de jogos. Na prática, porém, percebemos que falta um pouco de otimização no sistema para que tudo funcione realmente muito bem no Moto G8.

No armazenamento, também, tudo igual: 64 GB, com expansão via cartão de memória de até 512 GB.

Câmera frontal (selfies) e gravação de vídeo em 4K

A Motorola mantém a câmera frontal com sensor de 8 MP e abertura de lente f/2,2. Ela teve desempenho honesto no Moto G7, proporcionando bons recortes no modo retrato e nível de detalhes satisfatórios para o segmento. A escolha também recebeu elogios nos testes que fizemos com o Moto G8, especialmente em locais bem iluminados.

Por fim, ambos os smartphones são capazes de filmar em 4K @ 30 fps com a câmera traseira – o que é bacana, considerando que são celulares intermediários. Em 60 fps, eles conseguem a resolução máxima de 1080p.

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Ana Marques

Ana Marques

Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e cobre o universo de eletrônicos de consumo desde 2016. Já participou de eventos nacionais e internacionais da indústria de tecnologia a convite de empresas como Samsung, Motorola, LG e Xiaomi. Analisou celulares, tablets, fones de ouvido, notebooks e wearables, entre outros dispositivos. Ana entrou no Tecnoblog em 2020, como repórter, foi editora-assistente de Notícias e, em 2022, passou a integrar o time de estratégia do site, como Gerente de Conteúdo. Escreveu a coluna "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Trabalhou no TechTudo e no hub de conteúdo do Zoom/Buscapé.

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