Greve dos Correios deve terminar nesta terça (22), decide TST

Greve dos Correios começou em agosto; funcionários terão metade do salário descontado e receberão reajuste salarial de 2,6%

Felipe Ventura
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• Atualizado há 2 anos

O TST (Tribunal Superior do Trabalho) determinou que a greve dos Correios, iniciada há mais de um mês, acabe nesta terça-feira (22): os funcionários terão metade do salário descontado, e vão receber o restante sob a condição de compensarem metade dos dias parados. Também será concedido um reajuste salarial de 2,6%.

Um dos motivos para a greve foi o processo de privatização dos Correios. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirma que há cinco empresas interessadas na estatal, incluindo Amazon, Magazine Luiza, DHL e FedEx.

Além disso, a FENTECT (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares) menciona a “perda de direitos” e a “negligência com a saúde dos trabalhadores em relação à COVID-19”.

O TST considerou que a paralisação não foi abusiva, portando não deve haver um desconto integral das horas não-trabalhadas. Para a ministra Kátia Arruda, relatora do processo, a empresa “retirou praticamente todos os direitos dos empregados” e adotou uma “conduta negacionista” nas negociações.

Greve deve acabar sob pena de multa

A greve começou no dia 17 de agosto, pouco após a revogação de um acordo coletivo que deveria valer até 2021. Para os Correios, era necessário “discutir benefícios que foram concedidos em outros momentos e que não condizem com a realidade atual de mercado”.

O TST manteve as cláusulas oferecidas pelos Correios durante a negociação salarial, incluindo plano de saúde e auxílio-alimentação. Os funcionários devem retomar suas atividades sob pena de multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento.

Com informações: G1, Congresso em Foco.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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