Com dólar alto e preço Apple, iPhone 12 de R$ 10 mil é inevitável

Novos preços do iPhone XR, 11 e SE mostram taxa de dólar usada pela Apple; iPhone 12 Pro Max pode chegar por até R$ 13 mil

Felipe Ventura
Por
• Atualizado há 1 ano
iPhone 12 Pro Max (Imagem: Divulgação/Apple)
iPhone 12 Pro Max dourado (Imagem: Divulgação/Apple)

A Apple deve romper a barreira dos R$ 10 mil quando lançar o iPhone 12 no Brasil, especificamente nos modelos Pro e Pro Max. A empresa ainda não revela os preços no país, mas deixou o iPhone XR, 11 e SE mais caros — indicando quanto vai cobrar por seus novos celulares com 5G.

Apple aumenta preço do iPhone XR, 11 e SE

No mesmo dia em que foram anunciados o iPhone 12, 12 Mini, 12 Pro e Pro Max, a Apple aumentou os preços do novo iPhone SE, 11 e XR no Brasil. O conserto desses celulares também ficou mais caro.

Por exemplo, o iPhone 11 saltou para R$ 5.699, tendo sido lançado no ano passado por R$ 4.999. Nos EUA ele teve redução de preço, assim como o iPhone XR.

Isso significa que a Apple está trabalhando com uma nova taxa de conversão entre real e dólar, reajustando a cotação para incorporar a alta da moeda americana. Ela girava em torno de R$ 4,10 no ano passado, e ultrapassou R$ 5,60 nos últimos dias.

Como você pode ver na tabela abaixo, o “dólar Apple” passou a variar entre cerca de R$ 9 e R$ 10 para iPhones, levando em conta o reajuste recente.

ModeloEspaçoPreço no BrasilPreço nos EUADólar Apple
iPhone SE (2020)64 GBR$ 3.699US$ 399R$ 9,27
128 GBR$ 4.199US$ 449R$ 9,35
256 GBR$ 5.199US$ 549R$ 9,47
iPhone XR64 GBR$ 4.999US$ 499R$ 10,02
128 GBR$ 5.499US$ 549R$ 10,02
iPhone 1164 GBR$ 5.699US$ 599R$ 9,51
128 GBR$ 6.199US$ 649R$ 9,55
256 GBR$ 7.199US$ 749R$ 9,61

Por que o dólar Apple é mais caro? Em parte, é devido aos custos de importação, seja das peças para montagem local (caso do iPhone 11, XR e novo SE), seja de modelos fabricados no exterior. E, como o iPhone é tido como um celular de luxo por aqui, a empresa consegue cobrar um valor adicional, uma espécie de “lucro Brasil”.

Quais serão os preços do iPhone 12 no Brasil?

iPhone 12 (Imagem: Apple)
iPhone 12 (Imagem: Apple)

Em média, a Apple está convertendo os preços dos EUA a uma taxa de R$ 9,60 por dólar. Isso significa que podemos estimar quanto ela vai cobrar pelo iPhone 12 no Brasil, já que sabemos os preços nos EUA — os modelos padrão e Pro entraram em pré-venda por lá.

Então quais serão os preços do iPhone 12 no Brasil? Elaboramos a tabela abaixo com uma estimativa; vale lembrar que estes não são valores oficiais da Apple, mas devem chegar perto.

ModeloEspaçoPreço estimado no BrasilPreço nos EUA
iPhone 12 Mini64 GBR$ 6.999US$ 729
128 GBR$ 7.499US$ 779
256 GBR$ 8.399US$ 879
iPhone 1264 GBR$ 7.999US$ 829
128 GBR$ 8.399US$ 879
256 GBR$ 9.399US$ 979
iPhone 12 Pro128 GBR$ 9.599US$ 999
256 GBR$ 10.499US$ 1.099
512 GBR$ 12.499US$ 1.299
iPhone 12 Pro Max128 GBR$ 10.499US$ 1.099
256 GBR$ 11.499US$ 1.199
512 GBR$ 13.399US$ 1.399

Isso indica que um iPhone 12 de R$ 10 mil é inevitável, restringindo os modelos Pro e Pro Max a quem realmente é profissional e precisa das três câmeras com sensor LIDAR — ou a quem está de olho em ostentação.

Se alguém quiser comprar o iPhone 12 Pro Max mais caro nos EUA, terá que pagar US$ 1.399. Em conversão direta pelo dólar real, isso equivale a cerca de R$ 7.800. Some aí o imposto de importação — do qual a Apple não consegue escapar — e você chega a um preço oficial acima dos R$ 10 mil.

Vale observar que a Apple cobra US$ 30 a mais se você comprar o iPhone 12 ou 12 Mini desbloqueado nos EUA: clientes das operadoras Verizon, AT&T, Sprint ou T-Mobile pagam a partir de US$ 699, em vez de US$ 729. Enquanto isso, o iPhone 12 Pro e Pro Max custam a mesma coisa com ou sem desbloqueio.

Receba mais sobre iPhone 12 na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

Relacionados