A Loon, divisão da Alphabet (empresa-mãe do Google) que oferece internet por meio de uma infraestrutura baseada na estratosfera, está celebrando um feito notável: um de seus balões bateu o recorde de tempo de voo. Foram 312 dias seguidos no ar. O recorde anterior era de 223 dias.
O balão iniciou seu voo em Porto Rico no mês de maio de 2019. Depois, seguiu para o Peru, onde realizou um teste de serviço durante três meses. Em seguida, o balão seguiu pelos oceanos Atlântico Sul, Índico e Pacífico até ser recolhido na região da Baixa Califórnia, México, em março de 2020. Foram 10 meses de voo e 217 mil quilômetros percorridos.
Esse recorde não foi buscado por mero capricho. Maiores períodos de voo simplesmente indicam que os balões podem prestar serviço para acesso à internet por mais tempo sem aumento expressivo de custo.
Para Salvatore Candido, CTO da Loon, o recorde de 312 dias é fruto de uma busca contínua da empresa para aperfeiçoar a sua tecnologia. Nesse sentido, o executivo destaca que a Loon tem a vantagem de recuperar quase todos os balões lançados e, com isso, poder avaliar os detalhes que possibilitam os melhores desempenhos.
Desde que o projeto foi anunciado, quando a Loon ainda era uma iniciativa do Google, vários avanços foram obtidos, não só com a análise dos balões após o período de voo, mas também durante a operação — a empresa tem um sistema de telemetria que permite a avaliação de vários parâmetros na prestação do serviço.
O aperfeiçoamento envolve todas as etapas, inclusive o pré-voo. Nos últimos anos, a Loon descobriu, por exemplo, como embalar os balões de modo que eles possam ser enviados com segurança para os locais de lançamento, a enchê-los em apenas 45 minutos e a protegê-los do vento durante esse procedimento.
Teste de resistência do balão (imagem: divulgação/Loon)
Graças a esses fatores, a empresa tem conseguido cumprir a missão de oferecer acesso à internet via balões em locais remotos ou com infraestrutura precária de telecomunicações. Os serviços da Loon já estão presentes no Quênia, por exemplo.
Comentários da Comunidade
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Está no ar, então deve ter fundamento…
Mas realmente não consigo ver algo maduro nisso…
Um balão… é refém do vento…
Como fazer uma cobertura de uma região metropolitana completa ??? Garantir que os balões fiquem precisamente uma X distância um do outro, precisamente naquela região, garantindo que toda área esteja sincronizadamente coberta pelo sinal ?!?!?!
Pra mim, os balões vão sair aleatoriamente, daqui a pouco se embolarem tudo numa região, seria um fracasso de controle…
Muito pé atrás com isso.
Esses balões não são pra regiões metropolitanas
Não importa, não faz diferença se é uma região rural ou metropolitana…
Segue a mesma premissa do que falei…
Eu vejo como uma solução para lugares sem nenhuma outra opção de comunicação, então mesmo que não confiável é melhor que nada.
Fora que não precisam manter a distancia exata, redes mesh estão ai pra isso, é só eles estarem mais pertos do que o limite de alcance de cada um e deixar a rede se rotear sozinha.