No final de maio, a ARM anunciou o núcleo Cortex-A78 com uma finalidade muito clara: atender à demanda por processamento de alto desempenho em smartphones e tablets. Mas a companhia também tenta fazer a sua tecnologia ganhar espaço em PCs. É por isso que, nesta semana, a ARM revelou uma variação direcionada a notebooks “always on”: o núcleo Cortex-A78C.
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Estande da ARM (imagem: Facebook/ARM)
Repare que, a não ser em situações excepcionais, deixamos nossos smartphones sempre ligados. Por outro lado, notebooks ficam desligados ou “hibernam” quando fora de uso, principalmente se não houver tomadas por perto. A expressão “always on” aponta justamente para a possibilidade de o usuário manter o seu laptop permanentemente ligado, a exemplo do seu celular.
Isso nos leva ao principal apelo da tecnologia ARM em PCs: proporcionar mais autonomia de bateria. O núcleo Cortex-A78C chega com a proposta de combinar esse fator com alto desempenho, inclusive para jogos.
É aqui que as diferenças entre o Cortex-A78 e o Cortex-A78C aparecem. O primeiro é baseado na tecnologia big.LITTLE, que combina núcleos potentes com núcleos mais econômicos. É o caso do Qualcomm Snapdragon 865, que conta com quatro núcleos Cortex-A77 (potentes) e outros quatro Cortex-A55 (econômicos).
Por sua vez, o novo núcleo foi preparado para seguir a abordagem “big core”: um fabricante pode projetar um processador hexa-core ou octa-core cujos núcleos são exclusivamente Cortex-A78C.
Outro diferencial está na capacidade de o novo núcleo trabalhar com cache L3 de até 8 MB (no Cortex-A78, o padrão é 4 MB), o que deve ajudar a CPU a lidar principalmente com cargas de trabalho multithread.
Entre as demais características do novo núcleo estão a GPU Mali-G78 (com desempenho até 25% maior na comparação com a Mali-G77), a NPU Ethos-N78 (núcleo para processamento neural), processo de fabricação de 5 nanômetros e recursos de segurança que mitigam invasões ou acesso remoto não autorizado.
A expectativa é a de que os primeiros processadores baseados no Cortex-A78C cheguem ao mercado em 2021.
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Agora resta esperar os testes de testes de desempenho em uso cotidiano, será que agora vai aquele windows em arm?