Apple paga US$ 113 milhões por reduzir velocidade de iPhones

Acordo feito nos Estados Unidos encerra investigação sobre a redução de desempenho para preservar a bateria de iPhones

Ana Marques
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
iPhone 6s (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

A Apple vai pagar uma multa de US$ 113 milhões nos Estados Unidos por reduzir a velocidade de iPhones – polêmica que veio à tona em 2017. Essa não é a primeira vez que a empresa é penalizada pelo caso, que ficou conhecido como “Batterygate” – a Apple já foi multada na Itália e na França sob acusação de obsolescência programada.

Em 2017, a empresa se retratou, confirmando que reduzia o desempenho do iPhones com o passar do tempo com o intuito de preservar a bateria dos celulares mais antigos, o que, em tese, contribuiria para aumentar a vida útil dos produtos e evitar desligamentos repentinos ou outros problemas.

No entanto, para as autoridades de mais de 30 estados dos EUA, a Apple estaria manipulando seus consumidores ao esconder tal prática por tanto tempo.

De acordo com as acusações, a redução na velocidade dos iPhones induzia os usuários a comprar smartphones mais novos (e mais caros). Como consequência, a empresa teria aumentando as vendas “potencialmente em milhões de dispositivos por ano”, de acordo com o procurador-geral do Arizona.

A investigação resultou em uma penalidade de US$ 113 milhões e um compromisso legal de transparência para a Apple, que esclareça as práticas adotadas em relação à integridade da bateria e o gerenciamento de energia em seus dispositivos.

A Apple não comentou o caso, mas em 2018 já havia ajustado suas configurações para tornar essas informações mais claras. Desde o iOS 11.3, a redução de desempenho pode ser desativada nos ajustes do iPhone para evitar lentidão.

Com informações: The Washington Post

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Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e cobre o universo de eletrônicos de consumo desde 2016. Já participou de eventos nacionais e internacionais da indústria de tecnologia a convite de empresas como Samsung, Motorola, LG e Xiaomi. Analisou celulares, tablets, fones de ouvido, notebooks e wearables, entre outros dispositivos. Ana entrou no Tecnoblog em 2020, como repórter, foi editora-assistente de Notícias e, em 2022, passou a integrar o time de estratégia do site, como Gerente de Conteúdo. Escreveu a coluna "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Trabalhou no TechTudo e no hub de conteúdo do Zoom/Buscapé.

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