Nokia 5800 XpressMusic não desaponta no fator multimídia

Rafael Silva
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• Atualizado há 11 meses

Prometi a mim mesmo que faria o máximo possível para evitar compará-lo ao iPhone, tarefa na qual falhei miseravelmente. Falhei porque o Nokia 5800 XpressMusic quer, obviamente, ser o iPhone. Foi o celular da Apple que obrigou a Nokia e várias outras fabricantes de celulares a usarem telas sensíveis ao toque nos seus aparelhos. Porém ele entrega tantas funcionalidades melhores e deixa a desejar em algumas outras que ele acaba não sendo melhor nem pior do que o iPhone. Ele é apenas bastante diferente.

Ok, isso foi uma enorme prosopopéia flácida para acalentar bovinos. Eu achei o 5800 infinitamente melhor, mas eu nunca tive um iPhone para poder comparar. O mais perto que cheguei de um dispositivo de internet móvel da Apple foi ter um iPod Touch. Então, aí está. Apple fanboys, joguem as pedras. Pessoas normais, sigam adiante para ler o review mais detalhado do Nokia 5800 XpressMusic disponível na internets.

Embalagem

A primeira comparação com iPhone é essa. A caixa não é tão compacta quanto à do aparelho da Apple, ela tem quase o dobro do tamanho. Talvez por isso, a Nokia tenha conseguido colocar três vezes mais acessórios dentro dela, em comparação com os réles carregador de tomada e fones de ouvido que vem com o iPhone.

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Eu colocaria uma foto da caixa feita por mim, mas na ansiedade de tirar o aparelho da embalagem e usar, acabei não tirando nenhuma foto. Heh :P. Mas usei duas que achei no flickr sob licença Creative Commons 2.0 e que é praticamente a mesma coisa. Bônus: não tem o adesivo gigante da Tim.

Design e conectores

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Ao pedir o aparelho à Tim, não me disseram que podia escolher a cor. Então eles giraram a roleta e me mandaram um vermelho. Indiferente à isso, o 5800 é um aparelho gordo. E não no sentido “fica sentado na frente do computador o dia inteiro” gordo. Esse sou eu. Mas no sentido “venho com um monte de chips e circuitos dentro de mim” gordo. Por um instante, quando o tirei da caixa, tentei abrir um teclado imaginário, forçando a tela para todos os lados e não consegui. E me senti um idiota logo depois. O máximo que tirei do aparelho foi uma caneta stylus, mas vou falar dela um pouco mais adiante.

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O design elegante e polido presente no 5800 XpressMusic já virou marca da Nokia. Não posso pensar em um lugar melhor para os botões, slots e plugs do que onde eles estão, o que me leva a concluir que eu seria um péssimo designer de celulares. De um lado, ficam os controles de volume, a chave de travar/destravar a tela e o botão da câmera. Do outro, slots para o cartão SIM e o chip de memória microSD, convenientemente protegidos por palhetas de plástico que só podem ser acessados por alguém com unhas. Na parte de baixo há um buraco microscópico para o microfone, e na parte de cima a entrada padrão para fone de ouvido de 3,5 mm, o botão de liga/desliga, saída para mini-USB e carregador. Os dois últimos são proprietários da Nokia.

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A tela tem no canto superior direito uma câmera frontal de 0,3 megapixel para realizar chamadas de vídeo. Ou seja, ela ainda é inútil no Brasil. Próximo a ela estão dois sensores (de proximidade e de luz) e abaixo da tela ficam três botões (para atender/iniciar uma chamada, abrir o menu e desligar uma chamada). A traseira do aparelho conta com uma câmera de 3.2 megapixels (que ostenta uma lente Carl Zeiss com foco automático), dois leds para flash e a caneta stylus, que fica convenientemente guardada na capa que protege a bateria e não no aparelho. Uma ótima ideia para um péssimo objeto. Com exceção desse último item, tudo está onde deveria estar.

Nas fotos abaixo, uma comparação com os aparelhos Nokia 6710, meu Nokia 5800 XpressMusic e o Nokia 5220 XpressMusic de um parente.

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Acessórios

“Uau, como esse troço vem com acessórios!” foi o primeiro pensamento que passou pela minha cabeça ao abrir a caixa. Acho que há um cabo para encaixar em cada um dos buracos do 5800. Aliás, testei se havia mesmo e tirei uma foto. O resultado? Uma imagem consideravelmente macarrônica. E faltaram buracos.

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O Nokia 5800 XpressMusic vem com fones de ouvido, cabo para conexão com TV, um apoio plástico para o telefone, uma tira de pulso com palheta e um mini-cabo mini-USB, que considero o acessório mais genial no conjunto e que deveria ser um padrão da indústria de telefonia móvel. Santo Jobs, por que você precisa de um cabo de 2 metros quando um de 5 centímetros vai servir o mesmo propósito e diminuir a confusão de cabos na mesa do usuário? Que tipo de fabricante de celulares é esse que manda cabos enormes junto com seus aparelhos?

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Oops. O da esquerda é o cabo de um Nokia 5220 XpressMusic comprado em dezembro do ano passado por um parente e o da direita é o meu. Como pode-se perceber pela imagem acima, a Nokia demorou para perceber que o cabo poderia ser diminuído. Mas finalmente perceberam e se redimiram, para o bem dos clientes.

A brilhante idéia, no entanto, é estraçalhada em mil pedacinhos quando o mini-DVD contendo os programas para sincronização é inserido. Mais na frente relato o motivo.

Os fones de ouvido são do tipo earbuds, que encaixam no ouvido sem muita dificuldade. Podem causar um desconforto se forem usados sem as espumas (eu detesto espumas, mas aqui elas se fazem necessárias). A qualidade do som é perfeita e não muda durante uma chamada. O interlocutor vai ouvir em alto e bom som tanto pelo microfone do aparelho quanto pelo microfone do acessório extra. Além do botão de atender/encerrar chamadas, ele conta com controles de música e uma trava para evitar toques acidentais.

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O cabo para conexão com TV usa o sistema de vídeo composto RCA, compatíveis com várias TVs atuais (existe algum modelo de TV sem entrada para vídeo composto?). A resolução mostrada na tela não é a das melhores, visto que o tamanho máximo que o celular suporta em arquivos de vídeo é 640 x 480 pixels. O cabo só tem a utilidade de mostrar alguma foto ou vídeo gravado sem precisar ligar o computador, ele não vai substituir um DVD player ou um media center.

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Aquele que se chuta

Em matéria de hardware, como já disse anteriormente, esse modelo de Nokia está muito bem servido, obrigado. Ele conta com GPS, suporte a redes 3,5G, Wi-Fi nos padrões 802.11b e g e Bluetooth 2.0. Por baixo dos panos, ele também tem um sensor de proximidade, sensor de luz ambiente e um acelerômetro embutido. Diferente de mim, ele é um gordo útil.

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A tecla de travamento da tela é um recurso bem melhor do que os métodos anteriores, que usavam uma combinação de dois ou mais botões do teclado alfanumérico. Ela encaixa exatamente em cima do dedão da mão direita. A chance da tela ser destravada com o celular do bolso existe, mas a possibilidade do chamado butt-dial (ato de fazer uma ligação com o celular no bolso de trás da calça ao sentar) é nula.

O GPS demora um pouco para se comunicar com os satélites, mas como bem disse Louis C.K. em uma entrevista à Conan O’Brien, espere um pouco, o sinal está indo pro espaço! Você pode esperar ele voltar do espaço? Eu posso, sem problema. Ele fica mais preciso e rápido quando o GPS assistido é ativado. Ele utiliza o mesmo princípio da primeira geração do iPhone, tentando localizar o usuário baseado no sinal de torres celular. A precisão é assutadora.

A tela aceita entrada tanto dos dedos quanto da palheta plástica que vem junto com a tira de pulso e deveria parar por aí. A caneta stylus não deveria ser um dos métodos de entrada, mas é. Nesse ponto, concordo com o CEO da Apple quando ele diz que usar uma stylus é um saco. Ela tem alto fator de perdibilidade (índice que acabei de inventar e já dei nota máxima para a caneta) e, no caso do 5800, só serve mesmo para ajudar a tirar o cartão SIM. Se fizessem uma adaptação da interface do sistema e do tamanho da fonte, talvez até a palheta fosse desnecessária.

Não é que ela não seja útil. O problema é que a caneta carrega um status de “executivo exibido” com ela. Homens que usam gadgets com stylus automaticamente se colocam, querendo ou não, nessa categoria. E eu sou um mero estudante que não trocou de celular por 2 anos e conseguiu esse aparelho de graça em troca de dois rins e um fígado 12 meses de fidelidade! A última coisa que me cairia bem é o status de executivo exibido. Mulheres, por outro lado, sofrem o efeito contrário. Elas pegam a stylus e num piscar de olhos são bem-sucedidas na vida. A Bia Kunze, por exemplo, se ela perder toda a grana, o emprego, não tiver onde morar e estiver no meio do Avenida Paulista embaixo de chuva usando uma stylus no HTC Touch a aparência será a de uma empresária de sucesso checando seu email.

Para dar uma ideia de como eu odeio canetas stylus, eis uma lista de alguns dos objetos que eu preferiria usar no lugar dela:

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Uma pedra não vai me dar status de executivo, vai? Enfim, repito o que disse no twitter: Nokia, o ano 1999 ligou e eles pediram a stylus de volta. DEVOLVA. Obrigado.

A bateria de íon de lítio foi a parte de hardware que mais me surpreendeu. Num determinado dia, depois de uma carga completa, decidi converter vários videocasts no formato próprio do 5800 para ver em quanto tempo a bateria pediria arrego. Além disso, nos intervalos, usei o WiFi para acessar o Twitter. Consegui tirar 6 horas e 30 minutos, 1 hora e 10 minutos a mais do que consta no site da Nokia.

Aquele que se xinga

Já o software do 5800 XpressMusic pode ser comparado a uma deliciosa salada de frutas de dados, se estivéssemos na Matrix. O sistema operacional que roda no aparelho é o Symbian S60 versão 5, mas ele também tem partes da API do Netscape (para o navegador, provavelmente), roda Java ME e tem algum suporte a Flash através do Flash Lite 3.0.

A melhor combinação, no entanto, está nos pequenos detalhes. A tela sensível ao toque vem com algo chamado haptic feedback, que faz o celular tremer cada vez que a tela é tocada, seja com o dedo, palheta ou a stylus.

O navegador é o que funciona com menos agilidade, dentre todos os programas nativos. Já consegui travar o celular por uns bons 30 segundos por causa de erro de javascript de uma página. Em compensação, o recurso de guardar logins e senhas de sites já me salvou bastante tempo. Ele é bom o suficiente para não me dar motivos para instalar o Opera Mobile, como fiz com quase todos os Nokias que já tive.

A Nokia não economizou nos métodos de entrada de texto. Diferente do iPhone, que só conta com um teclado QWERTY na vertical ou horizontal, o 5800 permite entrada de texto através de teclado alfanumérico, teclado QWERTY em tamanho normal na horizontal, teclado QWERTY em tamanho compacto na vertical ou através de escrita com a stylus. O meio com o qual estou acostumado (teclado alfanumérico com T9) é o que me serviu melhor.

Qualidade de chamada e tráfego de dados

A qualidade de chamada é muito boa, dependendo da rede em que você se conecta. Nenhuma das ligações recebidas ou feitas caíram comigo em Vitória, mas em Belo Horizonte, quando recebi chamadas no trânsito, duas vezes ela desconectou-se sem motivo. Durante a chamada, um ícone verde fica piscando na parte superior da tela, então é possível navegar livremente pelos menus do celular. Só encontrei um problema para voltar à tela da ligação pelo fato do ícone ficar piscando.

O fato do 5800 suportar redes 3,5G não garante que o sinal vai estar forte em qualquer lugar. De fato, as poucas vezes que vi a marca 3,5G do lado do marcador de barras da antena foram em alguns pontos específicos de Vitória. Quando viajei para Belo Horizonte, só consegui sinal EDGE. E não muito estável.

Se você quer comprar o aparelho mais pelo uso da rede de dados do que a de voz e exige que ele use seu total potencial em se tratando de tráfego da internet, talvez seja melhor checar se outras operadoras além da Tim tenham o 5800. E cheque a cobertura na área que você vive também. Em Vitória, por exemplo, a suposta cobertura 3G é de 98%, mas passei por vários ‘pontos brancos’ (sem sinal de 3G) ao redor da cidade.

Nokia Ovi Suite

Baixatudo | Nokia Ovi Suite

Se a quantidade de programas necessários para rodar a Ovi Suite fosse proporcional ao tamanho do disco, o Nokia 5800 deveria vir com um CD de mesmo diâmetro de um disco de vinil. Acha que é exagero? As imagens a seguir dizem que não.

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Foi necessário mais de meia hora para que todos os programas fossem instalados. E antes que alguém comente “AH, MAS NUM NOTEBOOK LERDO DEMORA MESMO” deixe-me esclarecer que o meu processador é um Celeron de 1,73 GHz e tenho 768MB de RAM. Não é um dos melhores, mas é decente. O mínimo recomendado na caixa é um processador de 1,5 GHz e 512MB de RAM. E sim, na tela de seleção eu poderia escolher quais programas gostaria de ter instalado, porém, como quero ter a experiência completa para fazer uma resenha mais justa, deixei tudo como estava: marcado.

35 minutos de download, 15 instalações, 500 MB a menos no meu HD e uma reinicialização depois, estava com os programas prontos. Pluguei o aparelho na USB, selecionei o modo PC Suite e testei algumas das ferramentas disponíveis.

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O Nokia Map Loader serve para carregar o mapa do Brasil no aparelho, para evitar que ele precise ser baixado usando a rede celular, ajudando assim a economizar no tráfego de dados. Qualquer coisa que me evite usar a terrível rede de dados da Tim já me agrada.

O Nokia Photos é um gerenciador de fotos, como o nome já diz, mas que é indiscutivelmente inútil. Indo na direção contrária, há o Nokia Video, que converte e transfere vídeos para o celular. Esse sim, tem alguma utilidade e vem com bônus: quando está convertendo algum vídeo, ele me permite continuar trabalhando com dezessete abas abertas no Firefox sem travar.

O Nokia Music foi o que me deu mais trabalho. E não deveria ser, já que o slogan sugere que o Nokia 5800 “Comes with Music”. Mas para ser verossímil mesmo, ele deveria ser mudado para “Comes with Music and Problems”. Explico: quando recebi o aparelho, meu computador estava no reparo. E como sou ansioso para testar tudo, cadastrei-me na loja Nokia Music pelo 5800, usando o PIN da Nokia Store que veio com ele e que me dá direito a baixar “milhões de músicas grátis”. Tentei baixar um álbum do U2 por ele e não consegui, por isso deixei de lado e continuei a explorar outras funções do telefone.

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Quando finalmente instalei o Nokia Music no computador, ele não me deixou baixar as músicas gratuitamente, mesmo que eu tenha logado com o usuário e o PIN já estivesse ativado. Foi preciso deslogar e reiniciar várias vezes para ele indentificar meu computador e meu telefone e me permitir o direito de baixar as músicas que eu queria. Bônus: sem perguntar, ele se tornou o programa padrão para tocar músicas em MP3 e WMA. Coisa linda.

Quando finalmente consegui baixar uma música, não havia nenhuma pista de que elas estavam protegidas. Ao terminar o download da primeira delas, entretanto, apareceu a mensagem abaixo.

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“Comes with Music, Problems and DRM” é o slogan mais verdadeiro possível. Não vai vender celulares, mas é honesto.

Não custa dizer que nesse aspecto a culpa não é 100% da Nokia. Eles tem sim uma parcela de responsabilidade pela má implementação da ferramenta que controla o DRM. Mas boa parte da culpa são das grandes gravadoras que *exigem* a presença de DRM nesse tipo de serviço aqui no Brasil especificamente. Lá fora, já não dá mais pra contar nos dedos em quantos países serviços como a iTunes Music Store e a Amazon MP3 Store estão disponíveis totalmente livre do monstro que é a proteção digital. Aqui, ainda estamos engatinhando. Nem a gravação de CD é ativada nos arquivos protegidos, logo, o DRM é permanente.

A transferência de músicas provavelmente usa o mesmo sistema de transferência de arquivos do Windows. Como sei isso? Quando mandei transferir 68 músicas (5 álbuns do Sister Hazel), o marcador mostrava 1 hora e 10 minutos para concluir a cópia. Pulou para 21 minutos. E quando ainda marcava 7 minutos para terminar todas as transferências, ela terminou. Levou não mais que 5 minutos.

Funções multimídia

Eis uma característica que, em relação à Apple, a Nokia conseguiu imitar bem. Vídeos são tocados no modo horizontal e os controles fica espalhados nas laterais tela e não ocupado boa parte dela como ocorre no iPod Touch ou no seu primo com funções de celular. A reprodução de mídia é feita por uma versão do RealPlayer.

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A câmera tem vários modos de fotografia e uma gama de características ajustáveis como ISO, exposição, flash redutor de olhos vermelhos, modo de captura macro, retrato, paisagem, esportes ou noturno, captura em sequência, definições de tom de cor sepia, preto e branco, normal ou negativo, ajuste de contraste e ajuste de nitidez.

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É aqui que fica claro que o telefone foi fabricado na China: não é possível desligar o som de clique da foto. Só é possível mudá-lo. Isso ocorre porque na China existe uma lei que obriga os fabricantes de celulares a não permitirem que o som do clique ser desligado. A qualidade das fotos, porém, pode ser escolhida. Abaixo estão três fotos tiradas, respectivamente, em baixa (0,3 megapixels), média (2 megapixels) e alta (3,2 megapixels) qualidade.

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Foto 1 Med
Foto 1 High

Aplicativos de terceiros

A Nokia Ovi Store não tem um aplicativo próprio para ela na Nokia Ovi Suite ou no celular, é necessário acessar o site store.ovi.com para baixar os programas. Antes, é claro, é necessário um cadastro. Você pode escolher a loja do país que mais lhe agrada, não há verificação de IP ou bloqueio por localização. Mas também não vi muita diferença entre as lojas do Brasil e do EUA. Links para baixar os programas são enviados por SMS.

Os aplicativos também podem ser baixados pelo computador e instalados através do instalador do Ovi Suite. Foi assim que instalei a maioria deles.

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Os aplicativos que instalei foram: Qik, que permite fazer transmissão de vídeo para a internets através da rede celular ou WiFi; Fring, para fazer chamadas VoIP através do Skype pela rede WiFi ou celular; Gravity, o melhor cliente de Twitter para plataformas S60; BrightLight, que transforma o flash da câmera em lanterna; Seismograph, que serve para mostrar terremotos; e PhotoSnap, para tirar as screenshots publicadas neste review.

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Os dois primeiros aplicativos citados são duas boas razões para colocar o Nokia 5800 XpressMusic dois passos acima do iPhone. Usuários do celular da Apple precisam passar pelo semi-árduo processo de jailbreak para conseguir as mesmas funcionalidades. A terceira razão é essa:

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Yep. Ter programas rodando no background é uma função nativa do aparelho. Precisa dizer mais?

Avaliação final

Como um todo, o Nokia 5800 XpressMusic é um ótimo celular, perfeito para minhas necessidades, incluindo algumas que eu nem sabia que teria, como o GPS. Ele peca em alguns aspectos, como a pouca sensibilidade da tela à dedos, o que gera uma enorme quantidade de toques errados. Em outros, como as funções multimídia e nas características extras da câmera, ele acerta na mosca e não desaponta. Os programas para sincronização também não são os melhores, mas por ainda serem relativamente novos, acho que há espaço para melhora.

O principal problema do aparelho (se você comprar com a TIM, ao menos) é sofrer de uma doença chamada iPhonilite estadunidense aguda, quando um aparelho celular é muito bom mas a operadora que o vende não tem uma rede muito confiável. A cura seria o desbloqueio, mas nós já sabemos como isso funciona por aqui.

O Nokia 5800 XpressMusic é vendido por um preço médio de R$ 1.800,00 desbloqueado, R$ 1.499,00* à vista no plano pós-pago mais barato e R$ 549,00* à vista no plano pós-pago mais caro. A lista completa de especificações técnicas está aqui.

* – Valores para compra online no site da operadora Tim para a cidade de Vitória, ES

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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