“Nós não queremos mais apps de flatulência”. Essa é uma das frases publicadas hoje num documento que muitos achavam que não existia: as orientações para review de aplicativos pela Apple. É com base nesse documento que uma equipe de funcionários da firma de Cupertino aprova ou não uma app na AppStore. A frase citada aí é uma das orientações que a Apple criou e que resume a ideia por trás das regras de análise.


Dentre as demais orientações estão também “se seu aplicativo não faz nada de útil ou fornece uma forma de entretenimento, ele pode não ser aprovado” e “se seu aplicativo for rejeitado e você for para a imprensa falar mal de nós, isso não vai ajudar”. A empresa também aconselha que o desenvolvedor não envie aplicativos ‘amadores’ ou que contenham conteúdo ofensivo. Caso ele seja rejeitado, o desenvolvedor poderá recorrer ao “Review Board“, quadro de funcionários específico para reavaliar as rejeições.

Além de publicar as regras de aprovação de apps, a Apple também modificou significativamente os termos de desenvolvimento de programas. Agora os desenvolvedores podem usar aplicativos de terceiros para criar suas apps. Aplicativos como o Creative Suite 5 da Adobe, que inclui uma ferramenta específica para migrar programas feitos em Flash para a plataforma da Apple. Depois do anúncio, o preço das ações da Adobe subiu em 13%.

O que a empresa espera com a publicação de tais regras é tornar claro o processo de aprovação pelo qual todos os aplicativos precisam passar, e assim aliviar um pouco as críticas que constantemente são dirigidas a ela por causa de uma ou outra discrepância que acaba caindo na mídia. Eu duvido que a Apple vá conseguir inibir tais críticas e impedir que desenvolvedores recorram a blogs em busca de atenção, mas nada a impede de tentar.

Com informações: Engadget 1, 2

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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