Brecha no Spotify hospedou remixes piratas como podcasts

Versões não oficiais de músicas de Kali Uchis, Juice WRLD e outros eram facilmente encontradas como episódios de podcasts

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Spotify no celular (Imagem: Unsplash)
Spotify no celular (Imagem: Unsplash)

O Spotify proíbe a publicação de versões remix sem autorização dos detentores dos direitos autorais da música original. No entanto, isso não impede que versões não oficiais sejam compartilhadas na plataforma. Para contornar as barreiras do serviço de streaming, alguns usuários aproveitaram uma brecha e hospedaram seus remixes piratas como podcasts.

Até pouco tempo, era possível encontrar facilmente os remixes não oficiais como episódios de podcasts no Spotify. Para que suas produções fossem encontradas, os autores usavam termos como “slowed”, “remix” e “mashup” ao lado dos títulos de músicas de Kali Uchis, Juice WRLD, XXXTentacion, entre outros.

A ideia era evitar o bloqueio por violação de direitos autorais que seria facilmente aplicado caso os remixes fossem publicados como faixas convencionais. Os “episódios” em que as produções eram apresentadas não continham nada além de uma versão alternativa da música, sem qualquer elemento que justificasse a publicação como podcast.

Os remixes puderam ser facilmente encontrados até a publicação na terça-feira (29) de uma reportagem da Variety que deu destaque à prática. Depois dela, o Spotify removeu versões não oficiais citadas no texto e afirmou que pretende melhorar suas ferramentas de detecção de conteúdos que não possuem autorização.

Spotify proíbe remixes piratas

Nos termos de uso para podcasters, o Spotify destaca que a plataforma usada para publicar episódios “não se destina a ser uma ferramenta de distribuição de música”. A plataforma explica que, em vez disso, há uma plataforma própria para o envio de músicas: o Spotify for Artists.

À Variety, o Spotify afirmou que leva casos de violação de propriedade intelectual a sério e que conta com medidas para detectar, investigar e lidar com essas situações. “Continuamos a investir pesadamente no refinamento desses processos e na melhoria dos métodos de detecção e remoção, e na redução do impacto dessa atividade inaceitável sobre criadores legítimos, detentores de direitos e nossos usuários”, afirmou a plataforma.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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