Com a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais americanas e com a vantagem política do Partido Democrata que agora toma controle do Senado dos Estados Unidos, os planos econômicos do país devem mudar. Uma das novas propostas é a implementação de um estímulo à economia diante da pandemia de COVID-19, no valor total de US$ 3 trilhões. Especialistas afirmam que o pacote provavelmente impulsionaria o preço do bitcoin e de outros ativos.
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Bitcoin e dólar (imagem: David McBee/Pexels)
Plano de Biden deve desvalorizar dólar e gerar inflação
Conforme anunciado por Biden nesta última sexta-feira (8), um plano de duas frentes para reaquecer a economia está em andamento. Seriam pagamentos de US$ 2.000 para os americanos, a prorrogação do seguro-desemprego, e bilhões em ajuda aos governos municipais e estaduais para lidar com a deterioração da condição econômica do país e com a pandemia crescente, somando US$ 3 trilhões. Contudo, a injeção direta de dólares deverá desvalorizar a moeda americana e impulsionar a inflação.
Bitcoin traria proteção contra dólar fraco
Alex Melikhov, CEO e fundador da corretora Equilibrium e da moeda digital EOSDT, disse em entrevista ao Coindesk que o estímulo extra injetaria mais liquidez nos mercados e provavelmente geraria novas altas no preço do bitcoin. Investidores buscariam em ativos como criptomoedas e ouro um refúgio contra a desvalorização.
Esse efeito já vem acontecendo nos últimos 10 meses frente às medidas de contenção da pandemia de coronavírus tomadas pelo governo americano. Como consequência inevitável da desaceleração econômica, a inflação no país ganhou força. Agora, as novas políticas de Biden devem fortalecer a influência que os efeitos negativos na economia americana têm no preço do bitcoin.
Outro especialista ouvido pelo Coindesk é Jehan Chu, sócio-gerente da firma de investimentos em criptoativos Kenetic Capital, que acredita que o estímulo de Biden apenas “empurraria um trem já em movimento” que é o preço do bitcoin, gerando apenas um “fator extra” para a valorização da criptomoeda.
Preço do bitcoin desaba após máximo histórico
Em 2021 o bitcoin chegou a se valorizar cerca de 40% desde o início do ano, atingindo seu máximo em dólares na sexta-feira, encostando nos US$ 42 mil. Contudo, nesta segunda a criptomoeda também bateu outro recorde – a mais alta desvalorização diária já registrada, caindo cerca de US$ 9 mil e atingindo o mínimo de US$ 30 mil.
Com informações: The Washington Post,Coindesk
Comentários da Comunidade
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Oba, desvalorizar dólar? Faça esse plano urgente então, quero dólar a 1 real.
lembra de cobrar o Guedes tb rs
Selic vai aumentar (pelo menos os economistas preveem), então isso vai ajudar tb. PG de utilidade tem 0, quem mexe nisso é o Copom.
Acho 3 trilhões pouco, o dólar é altamente demandado, teria que ser 10 Trilhões, ai sim o Real ia se valorizar bem.
Não subestime a capacidade do político brasileiro arruinar um país. Porém como os políticos são reflexo e parte de uma sociedade, o problema do Brasil, é o brasileiro.
Se eles vão desvalorizar o dólar… será que o dólar sobe no Brasil? hahaha
Para ajudar a reduzir a inflação, o EUA vai precisar importar mais de países com moedas fracas como o Brasil. Isso ajuda tanto a reduzir a força do dólar como a crescer a economia local. Nada contra o Trump, ele era bom para o americano. Para o Brasil o Biden será excelente.
O Dólar vai perder muita pouca força no Brasil com isso, já tem temos uma reserva grande da grana dos americanos e nossa moeda está fraca temporariamente por causa dos juros baixos. Porém terá um certo alivio.
Tem que combinar com o Guedes, que prefere SELIC baixa pra desvalorizar o real e assim ajudar exportadores de commodities e a bancada ruralista.
Reformas não serão feitas, a dívida pública aumentará cada vez mais e país continuará inóspito para investidores estrangeiros, então a única coisa que pode ajudar um pouco é elevar a taxa básica de juros.
Selic abaixou por conta da pandemia, e quem modifica a selic é o Copom a cada 45 dias.
Selic baixou para ajudar o agronegócio, mesmo antes da pandemia o Guedes já deixou claro que pra ele, o dólar tem que permanecer valorizado, vide as asneiras que ele falou. Baixou e não resolveu nada, os juros dos bancos continuaram altos devido à pouca concorrência, inflação só aumenta e o os investidores correram do Brasil com a baixa rentabilidade. Mas é o objetivo do governo, transformar o país no celeiro do mundo.
É verdade que a taxa é definida pelo Banco Central, mas sabemos que o órgão não tem autonomia e na prática quem dita as regras é o ministro da Fazenda/Economia. Se o ministro quer dólar alto para ajudar seus amigos da bancada ruralista, assim será feito.
Vc tá superestimando mto o PG. Os economistas já previam selic baixa com a covid. E já estão prevendo selic maior esse ano.
Uma coisa q ele realmente terá influência será na reforma tributária. Se diminuirem a lerdeza, claro. Isso ajudaria mto o dólar, fora a selic.
Além de combinar com o Paulo Guedes, precisa combinar com a Selic e inflação.
Adianta nada ter 1 dólar a 1 real com inflação de 100% ao ano.
Juros baixos é uma das consequências do dólar alto, a principal é a falta de governo (sem reforma tributária, sem ajuste fiscal, briga com líderes mundiais). Essa desvalorização no dólar afetará pouco perante ao real.
Esse é o meu medo!
Sim, o Bolsonaro e o Guedes (“Liberal” de Taubaté/arque) são duas antas.