Twitter remove 70 mil contas e Facebook apaga posts com “Stop the Steal”

Segundo o Twitter, as contas foram removidas porque incitavam violência ao propagar a teoria da conspiração QAnon

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Twitter no iPhone (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

Depois do ataque ao Capitólio dos Estados Unidos, o Twitter informou nesta terça-feira (12) que removeu mais de 70 mil contas por violações de suas regras. Segundo a empresa, elas foram banidas porque se dedicaram a propagar conteúdo prejudicial em larga escala sobre a teoria da conspiração QAnon.

Apesar do número expressivo, o Twitter afirma que muitas das pessoas que foram afetadas pela medida tinham mais de uma conta. A companhia explica que removeu os perfis para proteger a discussão na plataforma das tentativas de incitar a violência, organizar ataques e compartilhar informações enganosas sobre a eleição presidencial de 2020 nos EUA.

“Deixamos claro que adotaremos medidas de execução rigorosas sobre o comportamento que tem o potencial de causar danos offline. Devido aos eventos violentos em Washington, D.C. e ao aumento do risco de danos, começamos a suspender permanentemente milhares de contas que eram dedicadas principalmente ao compartilhamento de conteúdo QAnon na tarde de sexta-feira”.

Em seu comunicado, o Twitter explicou que a remoção das contas pode fazer alguns perfis perderem milhares de seguidores. A mudança foi observada por alguns perfis conservadores na rede social, que reclamaram da medida. Um exemplo é a deputada republicana Marjorie Taylor Greene. Conhecida por promover a teoria da conspiração QAnon, ela perdeu mais de 40 mil seguidores desde sexta-feira (8), segundo o SocialBlade.

Deputada republicana perdeu 40 mil seguidores (Imagem: Reprodução/The Verge)

Deputada republicana perdeu 40 mil seguidores (Imagem: Reprodução/The Verge)

O Twitter destacou ainda uma mudança nos tweets sinalizados por violações de sua política de integridade cívica. Desde quinta-feira (7), eles não podem receber respostas, curtidas ou retweets. A plataforma ainda permite que eles tenham citações para que o conteúdo seja compartilhado com um contexto.

Além disso, certos termos foram proibidos de surgirem entre os assuntos mais comentados. A plataforma afirmou que deseja promover conversas saudáveis e, por isso, passou a impedir na semana passada o destaque para termos que violam regras sobre violência, integridade cívica e conteúdo sensível.

Facebook remove posts com “Stop the Steal”

O Facebook, por sua vez, afirmou que removerá posts com a expressão “stop the steal” (ou “pare o roubo”). Ela costuma ser usada por apoiadores de Donald Trump que acreditam na vitória do republicano sobre Joe Biden na eleição de 2020, algo que foi negado algumas vezes pela Justiça americana.

A medida valerá para posts que possam criar danos no mundo real e não afeta os que condenam ou abordam com neutralidade a expressão. Em novembro, após a eleição americana, a plataforma já havia removido o grupo “Stop The Steal”, que tinha cerca de 360 mil membros e os convocava para protestos para questionar a vitória de Biden.

Com informações: The Verge, Mashable.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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