Google agora é dono da Fitbit após concluir aquisição bilionária

Compra da Fitbit pelo Google é avaliada em US$ 2,1 bilhões; negócio ainda é analisado pelo governo dos EUA

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Fitbit Versa 2 (Imagem: Divulgação)

Fitbit Versa 2 (Imagem: Divulgação)

O Google anunciou nesta quinta-feira (14) que, depois de pouco mais de um ano, concluiu a aquisição da Fitbit. Avaliada em US$ 2,1 bilhões, a compra da fabricante de wearables foi anunciada no final de 2019. Agora, as empresas sinalizam que já têm autorização de reguladores para oficializar o negócio.

O anúncio ocorre após a Comissão Europeia aprovar o acordo, em dezembro de 2020. Para receber o sinal verde, o Google teve de se comprometer a não utilizar por 10 anos dados de localização, saúde e bem-estar dos usuários da Fitbit para direcionar anúncios. A empresa também garantiu que o negócio não afetará concorrentes da Fitbit que usam Android.

Além disso, a compradora indicou que não vai interferir no funcionamento de dispositivos da Fitbit em outros sistemas operacionais. O regulador europeu também exigiu que os usuários tivessem como desativar o compartilhamento de dados com outros serviços do Google. As medidas envolviam apenas usuários no Espaço Econômico Europeu, mas o Google afirmou que elas serão estendidas para todos os países.

Em comunicado, o vice-presidente do Google para dispositivos e serviços, Rick Osterloh, disse que a privacidade e a segurança dos usuários são fundamentais para ajudá-los a ter mais saúde. O executivo afirmou ainda que a empresa está comprometida em proteger as informações de saúde e dar aos usuários mais controle sobre seus dados:

“Este acordo sempre foi sobre dispositivos, não dados, e deixamos claro desde o início que protegeremos a privacidade dos usuários da Fitbit. Trabalhamos com reguladores globais em uma abordagem que protege as expectativas de privacidade dos consumidores, incluindo uma série de compromissos vinculativos que confirmam que os dados de saúde e bem-estar dos usuários da Fitbit não serão usados para anúncios do Google e esses dados serão separados de outros dados de anúncios do Google.”

O CEO da Fitbit, James Park, afirmou que os dispositivos da empresa seguirão compatíveis com Android e iOS. Ele também destacou a atenção das duas empresas com os dados dos usuários. “A confiança de nossos usuários continuará sendo fundamental, e manteremos a proteção à privacidade de dados e à segurança, dando a você o controle de seus dados e mantendo a transparência sobre o que coletamos e por quê”.

EUA ainda analisam compra da Fitbit

Apesar do anúncio feito por Google e Fitbit, o negócio ainda não foi aprovada por todos os reguladores. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Departamento de Justiça (DOJ) informou que ainda analisa a aquisição. O órgão anunciou ainda em 2019 que investigaria a compra para avaliar se ela viola leis antimonopólio ou cria problemas de privacidade.

“A investigação da divisão antitruste sobre a aquisição da Fitbit pelo Google continua em andamento. Embora a divisão não tenha chegado a uma decisão final sobre se deve prosseguir com uma ação de execução, a divisão continua a investigar se a aquisição da Fitbit pelo Google pode prejudicar a concorrência e os consumidores nos Estados Unidos”, afirmou o DOJ nesta quinta-feira.

Segundo a Bloomberg, o Google afirma ter fechado negócio porque o prazo de investigação se encerrou e o governo dos EUA não apresentou nenhuma restrição. “Cumprimos a extensão revisão do DOJ nos últimos 14 meses e o período de espera combinado expirou sem sua objeção”, disse a companhia.

Com informações: The Verge, TechCrunch.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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