Licitação do governo cita celulares da Xiaomi e barra iPhones

Claro fornecerá linhas fixas, enquanto TIM fica responsável por telefonia móvel; celulares em comodato não poderão ser iPhones

Lucas Braga
Por
• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Mi 9 Lite (Imagem: Divulgação/Xiaomi)
Mi 9 Lite (Imagem: Divulgação/Xiaomi)

As operadoras TIM e Claro venceram a licitação do governo federal para fornecimento de serviços de telecomunicações. Os contratos preveem plano de dados 4G com franquia de 20 GB, além de smartphones em comodato – são mencionadas as fabricantes Samsung, Motorola, Xiaomi, Asus e Huawei. Na prática, o contrato não permite o fornecimento de iPhones.

Governo menciona celulares da Xiaomi

O Tecnoblog apurou que o governo quer que os smartphones em comodato tenham as seguintes especificações mínimas:

  • processador de no mínimo 8 núcleos (octa-core) com 1,7 GHz;
  • pelo menos 4 GB de memória RAM;
  • tela com resolução mínima Full-HD e pelo menos 6 polegadas;
  • bateria com pelo menos 4.000 mAh;
  • carregador bivolt incluso;
  • cores predominantes preto, prata, cinza escuro ou azul escuro.

O contrato também diz que o sistema operacional pode ser Android ou iOS, mas os requisitos mínimos não permitem a compra de um smartphone da Apple, já que nenhum iPhone tem processador octa-core. Além disso, a fabricante deixou de incluir o adaptador de tomada na caixa.

O governo ainda lista alguns aparelhos encontrados no mercado, homologados pela Anatel e que obedecem às especificações técnicas. São eles:

  • Samsung: Galaxy A30, Galaxy A30s, Galaxy A51, Galazy A71, Galaxy S10 Lite, Galaxy S10, Galaxy Note 10 Lite
  • Motorola: One Zoom, One Vision, One Action, G7 Plus
  • Xiaomi: Mi 9T, Redmi K20, Mi 9 Lite, Mi A3
  • Huawei: P30 Lite, Nova 3i, Nova 5 Pro
  • Asus: Zenfone Max Shot

TIM fica responsável por telefonia móvel do governo

Samsung Galaxy A51

Samsung Galaxy A51 é um dos modelos aceitos pelo governo (Imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

A TIM vai fornecer os celulares, assim como modems 4G e tablets, em regime de comodato. A licitação envolve uma solução completa com chip, linha e aparelho.

As linhas para celular deverão ter pelo menos 20 GB de internet, ligações ilimitadas para qualquer operadora, 2.000 SMS e uso liberado em roaming internacional. Enquanto isso, para modems 4G e tablets, o chip terá franquia mínima de 10 GB.

A estimativa do governo era que o valor do contrato chegasse a R$ 135,24 milhões. No entanto, o pregão foi firmado em R$ 62,18 milhões, com redução obtida de 46%.

Claro venderá telefonia fixa para governo federal

A licitação do governo também procurava um fornecedor para telefonia fixa, e a Claro ganhou no pregão eletrônico. A tele deverá fornecer linhas com ligações para telefones fixos e móveis, incluindo chamadas locais, de longa distância e internacionais.

O preço inicial estimado pelo governo era de R$ 107,37 milhões, e a Claro foi a vencedora com a proposta de R$ 11,81 milhões, redução de 89%.

No total, o país pagará R$ 74 milhões pelo funcionamento durante 12 meses com telefonia fixa e móvel.

Receba mais notícias do Tecnoblog na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

Relacionados