Uber teve prejuízo de mais de US$ 6 bilhões durante ano de pandemia

Divisão de entregas segue em forte crescimento, mas mobilidade ainda se recupera da crise provocada pelas restrições de 2020

Ana Marques
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• Atualizado há 6 meses
Uber Eats (Imagem: Robert Anasch/Unsplash)
Uber Eats (Imagem: Robert Anasch/Unsplash)

A Uber anunciou, na última quarta-feira (10), os resultados financeiros do último trimestre, bem como o balanço do ano completo de 2020. De acordo com o relatório, a empresa teve um prejuízo de US$ 6,7 bilhões no ano passado – menor do que o registrado em 2019 (US$ 8,5 bilhões) –, uma variação de 20%.

A pandemia atingiu a Uber de duas formas: por um lado, a empresa assistiu o crescimento acelerado de sua divisão de entregas, e adquiriu empresas como a Cornershop e a Postmates para reforçar sua atuação no setor.

Por outro, o segmento de mobilidade sentiu a retração em decorrência das medidas restritivas resultantes da pandemia de COVID-19, o que é especialmente ruim, já que as corridas já são lucrativas para a companhia.

O maior impacto do ano veio no primeiro trimestre de 2020, quando a Uber teve prejuízo de 2,9 bilhões. A empresa chegou a perder 70% do número de pedidos de corridas em algumas cidades, na época. O cenário foi totalmente contra as previsões da empresa no início do ano.

Cortando despesas

A Uber cortou gastos para evitar prejuízos maiores e para focar nos negócios principais. Ainda no primeiro semestre, mais de 3 mil funcionários foram demitidos. Em dezembro, sua divisão de carros autônomos ATG foi vendida para a Aurora Innovations. A companhia também abriu mão do Uber Elevate, segmento de táxi aéreo, que foi vendido para a Joby Aviation.

Essas decisões resultaram em uma empresa muito mais focada e, em última análise, mais forte. No quarto trimestre, continuamos a entregar desempenho de EBITDA Ajustado aprimorado, um aumento de $ 171 milhões em relação ao trimestre anterior, e permanecemos bem no caminho para atingir nossas metas de lucratividade em 2021.

Nelson Chai, CFO da Uber

No quarto trimestre, as reservas brutas da empresa subiram 16% em relação ao tri anterior, e tiveram queda de 5% ano a ano. As reservas brutas do setor de mobilidade foram de US$ 6,79 bilhões, uma queda de 50% em relação ao ano anterior. Já o segmento de entregas cresceu 140%, fazendo US$ 10,05 bilhões.

De acordo com o CEO Dara Khosrowshahi, “a Uber vê muitas e muitas oportunidades” no segmento de corridas, à medida que a crise provocada pela pandemia desacelera. Já o Eats segue forte com mais de 600 mil restaurantes ativos, um aumento de 75% contra 2019.

Com informações: Uber

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Ana Marques

Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e cobre o universo de eletrônicos de consumo desde 2016. Já participou de eventos nacionais e internacionais da indústria de tecnologia a convite de empresas como Samsung, Motorola, LG e Xiaomi. Analisou celulares, tablets, fones de ouvido, notebooks e wearables, entre outros dispositivos. Ana entrou no Tecnoblog em 2020, como repórter, foi editora-assistente de Notícias e, em 2022, passou a integrar o time de estratégia do site, como Gerente de Conteúdo. Escreveu a coluna "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Trabalhou no TechTudo e no hub de conteúdo do Zoom/Buscapé.

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