TransferWise rebate acusações do MS Bank sobre envio ilegal de dinheiro

MS Bank havia acusado a TransferWise de promover transferências ilegais ao exterior com dados dos clientes

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos

A TransferWise (atual Wise) respondeu as acusações do MS Bank de que estaria fazendo transferências ilegais de dinheiro para o exterior. Em comunicado, a fintech afirmou que as alegações são “falsas e infundadas” e sugeriu que o banco teria apontado uma suposta prática indevida para promover o seu próprio serviço de transferências.

TransferWise (Imagem: Divulgação)

TransferWise (Imagem: Divulgação)

De acordo com a TransferWise, o MS Bank deixou de ser seu correspondente cambial em fevereiro sem aviso prévio. O comunicado aponta que, depois disso, o banco entrou em contato com os clientes da corretora para divulgar seu novo serviço de transferência e fazer acusações falsas sobre uso indevido de dados pessoais.

“O MS Bank encerrou nosso relacionamento comercial por conta própria e, em seguida, iniciou uma campanha de difamação. Fique tranquilo, nunca usamos seus dados de maneira ilegal. Somos uma empresa regulada que conta com a confiança de milhões de clientes em todo o mundo, e que nunca colocaria esta confiança em risco”, afirmou a TransferWise.

O trecho se refere à acusação feita pelo MS Bank sobre supostas transferências ilegais ao exterior. O banco apontou que havia inconformidades nos valores de algumas operações realizadas por meio da TransferWise e afirmou que uma investigação do Banco Central e da Receita Federal confirmou envios ilegais junto a remessas lícitas feitas por clientes.

TransferWise e MS Bank discutem sobre valores

Em sua acusação, o MS Bank apresentou um exemplo de como as operações ilegais teriam acontecido. Segundo o banco, um cliente que comprasse 1.000 euros pagava um valor um pouco maior, como 1.005 euros. A diferença, de acordo com este exemplo, servia para a TransferWise enviar dinheiro ao exterior sem pagar impostos.

A TransferWise alega que a discrepância é de responsabilidade do MS Bank. A corretora usou um exemplo em que o cliente envia R$ 1.000 para a Europa. Neste caso, o valor era enviado para uma conta do MS Bank, que descontava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e registrava o valor restante no Banco Central em reais e em dólares americanos.

Segundo a TransferWise, o MS Bank usa o dólar como moeda padrão qualquer que seja o destino da transferência. A corretora afirma que, após essa etapa, deduzia as suas tarifas, convertia dólares em euros e liberava a quantia na conta indicada pelo cliente. A empresa afirma que, como o banco parceiro registrava a operação em dólar, o valor do relatório do BC não correspondia com o liberado na conta.

No comunicado, a TransferWise afirmou que, apesar de parecer confuso, “nada que você tenha feito se qualifica como ilegal ou irregular”. A empresa afirmou que encerrou sua parceria com o MS Bank e que, após autorização do Banco Central, vai operar como corretora de câmbio licenciada, o que retira a necessidade de um parceiro e permite que o serviço seja mais barato.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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