Mercado Pago agora oferece Pix com taxa zero para pequenos negócios

Para o Mercado Pago, isenção de taxa no Pix vale para autônomos, MEI e lojistas que não fazem parte de redes ou grande varejo

André Fogaça
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Máquina de cartão do Mercado Pago (Imagem: Divulgação)
Máquina de cartão do Mercado Pago (Imagem: Divulgação)

O Mercado Pago anunciou nesta segunda-feira (12) a isenção da taxa cobrada a pequenos negócios, quando a venda é concretizada com pagamento via Pix. A novidade vale tanto para lojistas em estabelecimentos que recebem de seus clientes por QR code em um placa, como para as maquininhas de cartão tradicionais da empresa e que são chamadas de Point.

Se por um lado o Pix é uma forma de pagamento sem custos para os consumidores e clientes, na outra ponta as empresas e lojistas são cobrados e o valor repassado depende de cada instituição financeira. O Mercado Pago utiliza uma taxa de 0,99% para a quantia total de qualquer venda, que a partir desta semana deixa de ser cobrada para autônomos de pequenos negócios, MEIs e microempreendedores.

A fintech esclarece que para ser considerado pequeno negócio, o comerciante não pode fazer parte de uma rede e nem estar inserido em um grande varejista.

“Ao zerar a taxa, potencializamos o poder do Pix de gerar mais eficiência de caixa, incremento das vendas e maior rentabilidade para os negócios. Essa decisão irá apoiar milhares de pequenos empreendedores brasileiros que precisam manter seus negócios ativos e a renda de suas famílias em meio à pandemia”, comenta Rodrigo Furiato, responsável pela carteira digital do Mercado Pago.

Para o lojista, receber por Pix pode ser interessante para evitar o tempo necessário para o dinheiro entrar na conta. Nesta modalidade o valor fica imediatamente disponível dentro do perfil, pronto para qualquer tipo de uso e rendendo 100% do CDI enquanto estiver parado.

Pix terá custos se o ponto deixar de ser pequeno negócio

Ao Tecnoblog, o Mercado Pago afirma que, se durante o período da isenção o comerciante deixar de ser enquadrado como pequeno negócio, ele retorna automaticamente para a cobrança de 0,99% para o valor total da transação, mas poderá ter 30 recebimentos antes do custo começar a aparecer no extrato.

Para transações realizadas entre contas da carteira digital da fintech, continua em vigor a isenção para a taxa de 0,99%. O Mercado Pago também afirma que a queda no valor arrecadado com a tarifa deve ser compensado com outros serviços fornecidos pela fintech.

Segundo dados levantados pelo Banco Central, o Pix já movimentou mais de R$ 500 bilhões desde seu lançamento, no final do ano passado. Ao todo, o serviço passa de 73 milhões de usuários utilizando o sistema nas mais 900 instituições financeiras cadastradas para efetuar os pagamentos e transações.

Mesmo com grandes números, ainda faltam alguns pontos importantes para o Pix funcionar por completo, como o saque no comércio, registro de recebíveis e o Pix por aproximação. Outra ferramenta ainda ausente e que pode ajudar na popularização deste meio de pagamento é a cobrança com vencimento, já adiada duas vezes.

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.

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