Google Play enfim tenta combater apps enganosos no Android

Alterações nas políticas da Google Play Store chegam para melhorar a qualidade e a descoberta de aplicativos para Android

Bruno Gall De Blasi
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
App da Google Play Store no Android (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)
App da Google Play Store no Android (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

O Google anunciou, nesta quinta-feira (29), medidas para combater a presença de aplicativos enganosos na Google Play Store. Nos próximos meses, os desenvolvedores terão de utilizar títulos mais objetivos e sem chavões como “grátis” e “melhor”. As regras relacionadas às demonstrações de apps para Android também serão atualizadas.

A mudança atende duas frentes. Em primeiro lugar, o Google pretende alterar a política para metadados de aplicativos. A companhia informa que passará a exigir títulos de até 30 caracteres. As demais mudanças ficam pelas limitações de palavras-chave que impliquem no desempenho da loja e promoção no ícone, título e nome do desenvolvedor e de elementos gráficos que podem enganar os usuários.

A responsável pela Google Play Store deu alguns exemplos a serem evitados. Em um deles, focado na performance do app, a empresa mostra que deve-se esquivar do uso de símbolos no ícone, como um troféu, para chamar a atenção. O uso da palavra “melhor” no título, além de “#1” para denotar a posição do ranking no nome do desenvolvedor também não são recomendáveis.

A outra amostra foca em preços e promoções. Neste caso, o ícone aparece com a tarja “oferta” enquanto o título traz a palavra “grátis”. A terceira demonstração trata de itens que reproduzam elementos de apps e possam enganar usuários, como os termos “baixe agora” e “atualize agora”, além de um contador de notificações no ícone.

Exemplo de prática não recomendada em títulos e ícones de apps no Google Play (Imagem: Reprodução/Google)

Exemplo de prática não recomendada em títulos e ícones de apps no Google Play (Imagem: Reprodução/Google)

Por fim, o quarto exemplo se refere ao uso de símbolos e afins nos textos. Neste caso, o Google aconselha a não utilizar palavras em caixa alta, a não ser que este elemento faça parte da marca do app. O uso de caracteres especiais, emojis e emoticons que são irrelevantes ao app também devem ser evitados.

“O título, o ícone e o nome do desenvolvedor do aplicativo que não atenderem às políticas futuras não serão permitidos no Google Play”, afirmaram. “Você pode esperar mais detalhes sobre esta mudança de política, incluindo datas de início de aplicação, ainda este ano”.

Google atualiza regras para a exibição de títulos, ícones e nome do desenvolvedor de apps na Google Play Store (Imagem: Reprodução/Google)

Google atualiza regras para a exibição de títulos, ícones e nome do desenvolvedor de apps na Google Play Store (Imagem: Reprodução/Google)

Google anuncia mudanças nas regras da Google Play Store

A segunda alteração foca em novas diretrizes sobre recursos de visualização de detalhes do app na loja. Neste caso, o Google visa melhorar a qualidade de demonstrações, como capturas de tela, vídeos e descrições curtas. Segundo o Google, as novas regras se concentram em quatro princípios:

  • “Os recursos de visualização representam com precisão o aplicativo ou jogo?”;
  • “As prévias fornecem informações suficientes para ajudar os usuários a decidir se devem instalar?;”
  • “Os recursos de visualização estão livres de chavões como ‘grátis’ ou ‘melhor’ e, em vez disso, concentram-se em fornecer informações significativas sobre os aspectos exclusivos de seu aplicativo ou jogo?”;
  • “Os recursos de visualização estão localizados corretamente e fáceis de ler?”.

Ainda de acordo com a companhia, os elementos que não atenderem às diretrizes podem não ser qualificados para promoção e recomendação em áreas como a página inicial de apps e jogos. A mudança entrará em vigor no segundo semestre de 2021.

Com informações: Android Developers e Android Police

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.

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